Algumas reflexões sobre a condição da mulher brasileira da colônia às primeiras décadas do século XX
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://seer.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/3495 http://hdl.handle.net/11449/124957 |
Resumo: | This article, about reflections on the condition of Brazilian women from the Colony to the first decades of the twentieth century, reveals the historical position of them and the attitudes and behaviors related to gender and sexuality. Subdued, it was treated as a sexual object, arousing all sorts of misogyny by men. Rebel, veiled or ostensibly, could serve their own desires. Throughout history, the Church and medical institutions which jointly accounted for, significantly, established the meaning and place of women. In Colony period, the woman is a ward from the Catholic ideology, but from the nineteenth century, after Independence, this power control arises to Medicine. The physician submits the religious discourse, naturalizing the status of women as one that breeds, namely the insertion of the medical issues of family scientifically legitimate colonial patriarchy. This is accentuated in the early twentieth century, when medicine consolidated setting standards and rules for marriage, to motherhood and family life. We note how the feminine universe was (and it is nowadays) ambivalent, with "one foot" in virtue and another in sin, with a tendency to contain and another to trespass. On the one hand we have the home and motherhood, validated in marriage, in which the woman is cared for and dependent on her husband. Reflecting on the motherhood of Virgin Mary, comes to the sacred dimension of the idealized woman saint by the Church. At the same time, however, feels the need for freedom, identity and independence, needing to give a voice to the desire to have their sexuality and all that it is due in full. The manifestation of the desire and the call for sexual satisfaction, and put in permanent conflict personal, psychological and social split between moral entrenched across generations and cultural transformations resulting from decades of the 20th Century. |
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Algumas reflexões sobre a condição da mulher brasileira da colônia às primeiras décadas do século XXSome reflections about the condition of brazilian women from colony to the first decades of the twentieth centuryHistory of sexualityHistory of sexual educationWomen studiesBrazilHistória da sexualidadeHistória da educação sexualEstudos sobre a mulherBrasilThis article, about reflections on the condition of Brazilian women from the Colony to the first decades of the twentieth century, reveals the historical position of them and the attitudes and behaviors related to gender and sexuality. Subdued, it was treated as a sexual object, arousing all sorts of misogyny by men. Rebel, veiled or ostensibly, could serve their own desires. Throughout history, the Church and medical institutions which jointly accounted for, significantly, established the meaning and place of women. In Colony period, the woman is a ward from the Catholic ideology, but from the nineteenth century, after Independence, this power control arises to Medicine. The physician submits the religious discourse, naturalizing the status of women as one that breeds, namely the insertion of the medical issues of family scientifically legitimate colonial patriarchy. This is accentuated in the early twentieth century, when medicine consolidated setting standards and rules for marriage, to motherhood and family life. We note how the feminine universe was (and it is nowadays) ambivalent, with "one foot" in virtue and another in sin, with a tendency to contain and another to trespass. On the one hand we have the home and motherhood, validated in marriage, in which the woman is cared for and dependent on her husband. Reflecting on the motherhood of Virgin Mary, comes to the sacred dimension of the idealized woman saint by the Church. At the same time, however, feels the need for freedom, identity and independence, needing to give a voice to the desire to have their sexuality and all that it is due in full. The manifestation of the desire and the call for sexual satisfaction, and put in permanent conflict personal, psychological and social split between moral entrenched across generations and cultural transformations resulting from decades of the 20th Century.O presente artigo, a partir de reflexões sobre a condição da mulher brasileira do período compreendido entre a Colônia e as primeiras décadas do século XX, desvela a construção histórica de sua posição frente ao homem e a sociedade e das atitudes e comportamentos ligados ao gênero e à sexualidade. Subjugada, era tratada como objeto sexual, despertando todo tipo de misoginia por parte dos homens. Rebelde, velada ou ostensivamente, conseguia atender seus próprios desejos. Ao longo da história, a Igreja e a medicina representaram conjuntamente as instituições que, de modo significativo, estabeleciam o sentido e o lugar da mulher. Na Colonia, a mulher é tutelada a partir da ideologia católica, mas a partir do século XIX, após a Independência, surge o controle e o poder médico. O discurso médico sustenta o religioso, naturalizando a condição da mulher como aquela que procria, ou seja, a inserção do médico nas questões da família legitima cientificamente o patriarcalismo colonial. Isto é acentuado no início do século XX, quando a medicina consolidada estabelece normas e regras para o casamento, para a maternidade e para a vida familiar. Verificamos o quanto o universo feminino foi (e é) ambivalente, com “um pé” na virtude e outro no pecado, com uma tendência à contenção e outra à transgressão. Por um lado temos o lar e a maternidade, convalidados no matrimônio, em que a mulher é cuidada e dependente do marido. Espelhando-se na maternidade de Maria, aproxima-se da dimensão sagrada da santa mulher idealizada pela Igreja. Ao mesmo tempo, porém, sente a necessidade de liberdade, de identidade e de independência, precisando dar vasão ao desejo, ter sua sexualidade e tudo o que dela é decorrente em plenitude. A manifestação do desejo e o apelo para a satisfação sexual a colocam em permanente conflito pessoal, psicológico e social, dividida entre a moral introjetada ao longo das gerações e as transformações culturais advindas a partir das últimas décadas do século XX.Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Departamento de Psicologia da Educação, Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara, Araraquara, Rodovia Araraquara/Jaú - KM 01, Campus de Araraquara, CEP 14800901, SP, BrasilUniversidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Departamento de Psicologia da Educação, Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara, Araraquara, Rodovia Araraquara/Jaú - KM 01, Campus de Araraquara, CEP 14800901, SP, BrasilUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Mendonça, João Guilherme Rodrigues [UNESP]Ribeiro, Paulo Rennes Marcal [UNESP]2015-07-15T18:28:04Z2015-07-15T18:28:04Z2010info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://seer.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/3495Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, v. 5, n. 1, 2010.1982-5587http://hdl.handle.net/11449/124957ISSN1982-5587-2010-05-01-01-12.pdf716379160358808442839107575268540000-0002-1552-5702Currículo Lattesreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporRevista Ibero-Americana de Estudos em Educaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-06-11T14:25:00Zoai:repositorio.unesp.br:11449/124957Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T14:36:10.773930Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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