A presença militar do Reino Unido no Atlântico Sul: os interesses geoestratégicos britânicos na região (1990-2016)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Tossini, João Vitor [UNESP]
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/204212
Resumo: O trabalho visa analisar os interesses geoestratégicos do Reino Unido no Atlântico Sul considerando seu histórico como grande potência. Além disso, será analisada a natureza da presença militar britânica na região, as capacidades expedicionárias do Reino Unido no pós-Guerra Fria e a projeção de poder nesse período de 1990 a 2016. Apesar de um período de declínio relativo, o Reino Unido continua a ser tradicionalmente caracterizado como uma grande potência, com significativo peso militar, econômico e político no sistema internacional, sendo um dos membros permanentes do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), um dos membros mais ativos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e o aliado mais próximo dos Estados Unidos. Esses fatores possibilitam ao país uma liberdade relativamente significativa de ação no Atlântico Sul onde é a única grande potência militar estrangeira além dos Estados Unidos a possuir uma presença permanente no Atlântico ao sul do Equador. Ademais, o Reino Unido manteve um sistema de projeção de poder militar aeronaval baseado em seus Territórios Ultramarinos localizados em regiões de grande relevância geoestratégica. Entende-se que as Ilhas Malvinas/Falklands e Ascensão no Atlântico Sul, Gibraltar na entrada oeste do Mediterrâneo, Diego Garcia no Oceano Índico, dentre outras possessões, são pilares essenciais para a capacidade de projeção de poder britânico, para o controle relativo das áreas vizinhas e, consequentemente, para a posição do Reino Unido como uma grande potência militar. Logo, o Atlântico Sul, região que possui uma concentração relevante desses territórios, está no centro das considerações estratégicas do Reino Unido, especialmente durante e após a Guerra das Malvinas/Falklands quando esse sistema de projeção de poder esteve ameaçado. Dessa forma, ao analisar os interesses geoestratégicos do Reino Unido no Atlântico Sul, considera-se o histórico conflituoso do país na região, suas capacidades expedicionárias e a natureza da sua presença militar na região. Com isso, espera-se contribuir para o melhor entendimento do entorno geoestratégico que os países regionais estão inseridos, da relação das capacidades expedicionárias de Londres com os territórios britânicos e expandir a literatura nacional sobre a presença do Reino Unido no Atlântico Sul para além da disputa de soberania das Ilhas Malvinas/Falklands.
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spelling A presença militar do Reino Unido no Atlântico Sul: os interesses geoestratégicos britânicos na região (1990-2016)The military presence of the United Kingdom in the South Atlantic: the british geostrategic interests in the region (1990-2016)Projeção de poderReino UnidoInteresses geoestratégicosAtlântico SulPower projectionUnited KingdomGeostrategic interestsSouth AtlanticProyección de poderIntereses geoestratégicosAtlántico SurO trabalho visa analisar os interesses geoestratégicos do Reino Unido no Atlântico Sul considerando seu histórico como grande potência. Além disso, será analisada a natureza da presença militar britânica na região, as capacidades expedicionárias do Reino Unido no pós-Guerra Fria e a projeção de poder nesse período de 1990 a 2016. Apesar de um período de declínio relativo, o Reino Unido continua a ser tradicionalmente caracterizado como uma grande potência, com significativo peso militar, econômico e político no sistema internacional, sendo um dos membros permanentes do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), um dos membros mais ativos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e o aliado mais próximo dos Estados Unidos. Esses fatores possibilitam ao país uma liberdade relativamente significativa de ação no Atlântico Sul onde é a única grande potência militar estrangeira além dos Estados Unidos a possuir uma presença permanente no Atlântico ao sul do Equador. Ademais, o Reino Unido manteve um sistema de projeção de poder militar aeronaval baseado em seus Territórios Ultramarinos localizados em regiões de grande relevância geoestratégica. Entende-se que as Ilhas Malvinas/Falklands e Ascensão no Atlântico Sul, Gibraltar na entrada oeste do Mediterrâneo, Diego Garcia no Oceano Índico, dentre outras possessões, são pilares essenciais para a capacidade de projeção de poder britânico, para o controle relativo das áreas vizinhas e, consequentemente, para a posição do Reino Unido como uma grande potência militar. Logo, o Atlântico Sul, região que possui uma concentração relevante desses territórios, está no centro das considerações estratégicas do Reino Unido, especialmente durante e após a Guerra das Malvinas/Falklands quando esse sistema de projeção de poder esteve ameaçado. Dessa forma, ao analisar os interesses geoestratégicos do Reino Unido no Atlântico Sul, considera-se o histórico conflituoso do país na região, suas capacidades expedicionárias e a natureza da sua presença militar na região. Com isso, espera-se contribuir para o melhor entendimento do entorno geoestratégico que os países regionais estão inseridos, da relação das capacidades expedicionárias de Londres com os territórios britânicos e expandir a literatura nacional sobre a presença do Reino Unido no Atlântico Sul para além da disputa de soberania das Ilhas Malvinas/Falklands.This research aims to analyse the United Kingdom’s geostrategic interests in the South Atlantic, taking into account the country’s history as a great power. Beyond that, the research will be analysing the nature of the British military presence in the region, the expeditionary capabilities of the United Kingdom in the post-Cold War years and power projection of this period from 1990 to 2016. Despite a period of relative decline, the United Kingdom remains characterised as a great power, bearing significant military, economic and politic power in the international system, being one of the permanent members of the United Nations’ Security Council, one of the most proactive members of the North Atlantic Treaty Organisation (NATO) and the closest ally of the United States. These factors enable the country to have relatively meaningful freedom of action in the South Atlantic. The United Kingdom is the only foreign great power beyond the United States with a permanent presence south of the Equator. Additionally, the United Kingdom kept a power projection system based on its Overseas Territories, located on significant geostrategic relevant areas. It is supported that the Malvinas/Falklands and Ascension in the South Atlantic, Gibraltar in the western Mediterranean, Diego Garcia in the Indian Ocean, amongst other territories, are essential pillars for the British power projection capabilities, relative control of surrounding areas and, consequently, for the position of the United Kingdom as a great military power. Therefore, the South Atlantic, a region with an appropriate amount of those territories, is in the centre of the British strategic considerations, especially during and after the Malvinas/Falklands War that threatened this power projection system. Thus, analysing the United Kingdom’s geostrategic interests in the South Atlantic, the past conflicts, and the expeditionary capabilities and military presence in the region of the country are going to be taken into consideration. It is expected that this dissertation might contribute to the studies concerning the strategic environment that surrounds the regional countries, to the links between the British expeditionary warfare and the British Overseas Territories in the South Atlantic, in addition to expanding the national studies about the United Kingdom in the region to areas beyond the Falklands/Malvinas sovereignty dispute.Esta investigación pretende analizar los intereses geoestratégicos del Reino Unido en el Atlántico Sur, teniendo en cuenta la historia del país como gran potencia. Además, la investigación analizará la naturaleza de la presencia militar británica en la región, las capacidades expedicionarias del Reino Unido en los años posteriores a la Guerra Fría y la proyección de poder de este período de 1990 a 2016. A pesar de un período de relativa disminución de su poder, el Reino Unido sigue caracterizado como una gran potencia, que tiene un importante poder militar, económico y político en el sistema internacional, siendo uno de los miembros permanentes del Consejo de Seguridad de las Naciones Unidas, Uno de los miembros más activos de la Organización del Tratado del Atlántico del Norte (OTAN) y el aliado más cercano de los Estados Unidos. Estos factores permiten que el país tenga una libertad de acción relativamente significativa en el Atlántico Sur. El Reino Unido es la única gran potencia extranjera después de los Estados Unidos con una presencia permanente al sur del Ecuador. Además, el Reino Unido mantuvo un sistema de proyección de poder basado en sus Territorios de Ultramar, cerca de importantes zonas geoestratégicas. Se afirma que las Malvinas/Falklands y la Ascensión en el Atlántico Sur, Gibraltar en el Mediterráneo occidental, Diego García en el Océano Índico, entre otros territorios, son pilares esenciales para la capacidad de proyección de poder británico, el control relativo de las zonas circundantes y, en consecuencia, por la posición del Reino Unido como una gran potencia militar. Por lo tanto, el Atlántico Sur, una región con una cantidad significativa de esos territorios, está en el centro de las consideraciones estratégicas británicas, especialmente durante y después de la Guerra Malvinas/Falklands que amenazó este sistema de proyección de poder. Así pues, se van a tener en cuenta los intereses geoestratégicos del Reino Unido en el Atlántico Sur, los conflictos pasados, las capacidades expedicionarias y la presencia militar en la región del país. Se espera que esta investigación contribuya a la investigación científica nacional con una comprensión completa del entorno estratégico que rodea a los países regionales, una mejor comprensión de la relación entre la guerra expedicionaria británica y los Territorios británicos de Ultramar en el Atlántico Sur, además de ampliar los estudios sobre el Reino Unido en la región con cuestiones que superan la disputa de soberanía de las Malvinas/Falklands.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)FAPESP: 2019/04474-3CAPES: 001Universidade Estadual Paulista (Unesp)Soares, Samuel Alves [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Tossini, João Vitor [UNESP]2021-03-27T00:18:09Z2021-03-27T00:18:09Z2021-03-04info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/20421233004110044P0porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2023-11-23T06:10:53Zoai:repositorio.unesp.br:11449/204212Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T18:29:02.305203Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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