Hipertrofia ventricular e mortalidade cardiovascular em pacientes de hemodiálise de baixo nível educacional

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martin, Rosana dos Santos e Silva [UNESP]
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Martin, Luis Cuadrado [UNESP], Franco, Roberto Jorge da Silva [UNESP], Barretti, Pasqual [UNESP], Caramori, Jacqueline Socorro Costa Teixeira [UNESP], Castro, João Henrique [UNESP], Antunes, Aline de Araújo [UNESP], Zanati-Basan, Silméia Garcia [UNESP], Matsubara, Beatriz Bojikian [UNESP], Martins, Antonio Sérgio [UNESP]
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://dx.doi.org/10.1590/S0066-782X2012005000004
http://hdl.handle.net/11449/11104
Resumo: FUNDAMENTO: A hipertrofia ventricular esquerda é potente preditor de mortalidade em renais crônicos. Estudo prévio de nosso grupo mostrou que renais crônicos com menor escolaridade têm hipertrofia ventricular mais intensa. OBJETIVO: Ampliar estudo prévio e verificar se a hipertrofia ventricular esquerda pode justificar a associação entre escolaridade e mortalidade cardiovascular de pacientes em hemodiálise. MÉTODOS: Foram avaliados 113 pacientes entre janeiro de 2005 e março de 2008 e seguidos até outubro de 2010. Foram traçadas curvas de sobrevida comparando a mortalidade cardiovascular, e por todas as causas dos pacientes com escolaridade de até três anos (mediana da escolaridade) e pacientes com escolaridade igual ou superior a quatro anos. Foram construídos modelos múltiplos de Cox ajustados para as variáveis de confusão. RESULTADOS: Observou-se associação entre nível de escolaridade e hipertrofia ventricular. A diferença estatística de mortalidade de origem cardiovascular e por todas as causas entre os diferentes níveis de escolaridade ocorreu aos cinco anos e meio de seguimento. No modelo de Cox, a hipertrofia ventricular e a proteína-C reativa associaram-se à mortalidade por todas as causas e de origem cardiovascular. A etiologia da insuficiência renal associou-se à mortalidade por todas as causas e a creatinina associou-se à mortalidade de origem cardiovascular. A associação entre escolaridade e mortalidade perdeu significância estatística no modelo ajustado. CONCLUSÃO: Os resultados do presente trabalho confirmam estudo prévio e demonstram, ademais, que a maior mortalidade cardiovascular observada nos pacientes com menor escolaridade pôde ser explicada por fatores de risco de ordem bioquímica e de morfologia cardíaca.
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MÉTODOS: Foram avaliados 113 pacientes entre janeiro de 2005 e março de 2008 e seguidos até outubro de 2010. Foram traçadas curvas de sobrevida comparando a mortalidade cardiovascular, e por todas as causas dos pacientes com escolaridade de até três anos (mediana da escolaridade) e pacientes com escolaridade igual ou superior a quatro anos. Foram construídos modelos múltiplos de Cox ajustados para as variáveis de confusão. RESULTADOS: Observou-se associação entre nível de escolaridade e hipertrofia ventricular. A diferença estatística de mortalidade de origem cardiovascular e por todas as causas entre os diferentes níveis de escolaridade ocorreu aos cinco anos e meio de seguimento. No modelo de Cox, a hipertrofia ventricular e a proteína-C reativa associaram-se à mortalidade por todas as causas e de origem cardiovascular. A etiologia da insuficiência renal associou-se à mortalidade por todas as causas e a creatinina associou-se à mortalidade de origem cardiovascular. A associação entre escolaridade e mortalidade perdeu significância estatística no modelo ajustado. CONCLUSÃO: Os resultados do presente trabalho confirmam estudo prévio e demonstram, ademais, que a maior mortalidade cardiovascular observada nos pacientes com menor escolaridade pôde ser explicada por fatores de risco de ordem bioquímica e de morfologia cardíaca.FUNDAMENTO: La hipertrofia ventricular izquierda es potente predictor de mortalidad en renales crónicos. Estudio previo de nuestro grupo mostró que renales crónicos con menor escolaridad tienen hipertrofia ventricular más intensa. OBJETIVO: Ampliar estudio previo y verificar si la hipertrofia ventricular izquierda puede justificar la asociación entre escolaridad y mortalidad cardiovascular de pacientes en hemodiálisis. MÉTODOS: Fueron evaluados 113 pacientes entre enero de 2005 y marzo de 2008 y seguidos hasta octubre de 2010. Fueron trazadas curvas de sobrevida comparando la mortalidad cardiovascular, y por todas las causas de los pacientes con escolaridad de hasta tres años (mediana de la escolaridad) y pacientes con escolaridad igual o superior a cuatro años. Fueron construidos modelos múltiples de Cox ajustados para las variables de confusión. RESULTADOS: Se observó asociación entre nivel de escolaridad e hipertrofia ventricular. La diferencia estadística de mortalidad de origen cardiovascular y por todas las causas entre los diferentes niveles de escolaridad ocurrió a los cinco años y medio de seguimiento. En el modelo de Cox, la hipertrofia ventricular y la proteína-C reactiva se asociaron a la mortalidad por todas las causas y de origen cardiovascular. La etiología de la insufiCiência renal se asoció a la mortalidad por todas las causas y la creatinina se asoció a la mortalidad de origen cardiovascular. La asociación entre escolaridad y mortalidad perdió significación estadística en el modelo ajustado. CONCLUSÓN: Los resultados del presente trabajo confirman estudio previo y demuestran, además, que la mayor mortalidad cardiovascular observada en los pacientes con menor escolaridad puede ser explicada por factores de riesgo de orden bioquímico y de morfología cardíaca.BACKGROUND: Left ventricular hypertrophy is a strong predictor of mortality in chronic kidney patients. A previous study of our group has shown that chronic kidney patients with low educational level has more severe ventricular hypertrophy. OBJECTIVE: To extend a previous study and to assess whether left ventricular hypertrophy can explain the association between schooling and cardiovascular mortality in hemodialysis patients. METHODS: This study assessed 113 patients from January 2005 to March 2008 and followed them up until October 2010. Survival curves were built to compare all-cause and cardiovascular mortality of patients with up to three years of schooling (median schooling) and those with schooling of four years and over. Cox multiple models were built and adjusted to confounding variables. RESULTS: Association between educational level and ventricular hypertrophy was observed. Statistical difference in all-cause and cardiovascular mortality between the different educational levels was observed at 5.5 years of follow-up. In the Cox model, ventricular hypertrophy and C-reactive protein associated with all-cause and cardiovascular mortality. The etiology of kidney failure associated with all-cause mortality, and creatinine associated with cardiovascular mortality. The association between educational level and mortality lost statistical significance in the adjusted model. CONCLUSION: The results of this study confirm those of a previous study. In addition, they show that the higher cardiovascular mortality observed in patients with low educational level can be explained by risk factors of biochemical and cardiac morphological origin.UNESP Faculdade de Medicina de Botucatu Departamento de EnfermagemUNESP Faculdade de Medicina de Botucatu Departamento de Clínica MédicaUNESP Faculdade de Medicina de Botucatu Departamento de Cirurgia e OrtopediaUNESP Faculdade de Medicina de Botucatu Departamento de EnfermagemUNESP Faculdade de Medicina de Botucatu Departamento de Clínica MédicaUNESP Faculdade de Medicina de Botucatu Departamento de Cirurgia e OrtopediaSociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Martin, Rosana dos Santos e Silva [UNESP]Martin, Luis Cuadrado [UNESP]Franco, Roberto Jorge da Silva [UNESP]Barretti, Pasqual [UNESP]Caramori, Jacqueline Socorro Costa Teixeira [UNESP]Castro, João Henrique [UNESP]Antunes, Aline de Araújo [UNESP]Zanati-Basan, Silméia Garcia [UNESP]Matsubara, Beatriz Bojikian [UNESP]Martins, Antonio Sérgio [UNESP]2014-05-20T13:32:34Z2014-05-20T13:32:34Z2012-01-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/article52-61application/pdfhttp://dx.doi.org/10.1590/S0066-782X2012005000004Arquivos Brasileiros de Cardiologia. 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