Estudo do fluxo de prótons em Saccharomyces cerevisiae sob estresse etanólico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pinto, Camila Moreira
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/235167
Resumo: Saccharomyces cerevisiae é amplamente utilizada na produção de bioetanol e as elevadas concentrações de etanol durante a fermentação representam um dos estressores mais comuns que afetam inicialmente a membrana citoplasmática. Entretanto, o conhecimento acerca da dinâmica dos compartimentos da membrana plasmática em S. cerevisiae sob estresse etanólico é incipiente. Aqui, objetivou-se buscar por características que contribuam para a melhor compreensão da dinâmica dos compartimentos eisossoma e MCP em resposta ao estresse etanólico em S. cerevisiae. Durante 240 min, células da linhagem BY4741 foram expostas a diferentes concentrações de etanol e analisou-se a acidificação do meio extracelular, taxa de crescimento, sublocalização celular de proteínas e análises da expressão gênica e proteica. Os resultados mostraram que o etanol tem influência na interação entre os compartimentos MCP e eisossoma, afetando diretamente o fluxo de prótons entre a célula e o meio externo e o nível de interferência é norteado pelo percentual de etanol. Adicionalmente, a redução da Pma1p (MCP) em células sob estresse por etanol corrobora a baixa atividade de fluxo de prótons. O aumento de eisossomas juntamente com o aumento de Can1p e Xrn1p sugerem um papel protetor e regulador do eisossoma durante o estresse por etanol. Por fim, demonstramos o aumento de grânulos de estresse vinculado ao aumento de eisossomas durante o estresse por etanol. Em suma, reportamos algumas características-chave para a compreensão da dinâmica dos compartimentos eisossoma e MCP em resposta estresse etanólico, evidenciamos a importância da interação entre os compartimentos de membrana plasmática com vias regulatórias responsáveis pelo homeostase iônica intracelular e degradação de mRNA e sugerimos que eisossomas podem representar uma importante resposta celular adaptativa ao estresse por etanol.
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