Função simbólica e desenvolvimento da noção temporal em surdos e ouvintes: análise na perspectiva de Jean Piaget
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://www.unesp.br/portal#!/prograd/e-livros-prograd/ http://hdl.handle.net/11449/141568 |
Resumo: | Em pesquisa realizada anteriormente, constatou-se que são as trocas simbólicas estabelecidas entre o sujeito e o meio que possibilitam a ele interagir com os outros, levando-o a reorganizar suas estruturas cognitivas internas, alcançando estágios mais elaborados. No caso da pessoa com surdez, esse processo de troca pode ficar comprometido, e o conhecimento a respeito da construção da noção temporal com base na teoria de Piaget, parece ser essencial para explicar tais dificuldades. Assim, o estudo pretendeu compreender como a noção temporal se constitui e possibilita ao sujeito o processo de construção do real verificando, por meio de avaliação empírica, se a dificuldade em estabelecer trocas simbólicas provocadas pela surdez, comprometeria o desenvolvimento desta noção. Foi realizada pesquisa bibliográfica e empírica, por meio da avaliação comparativa entre 3 sujeitos surdos e 3 ouvintes, com idade entre 10 e 12 anos, quanto a construção da noção temporal com base em experimento criado por Piaget. Os resultados demonstraram que os sujeitos ouvintes apresentaram respostas de nível operatório, compatíveis com sua faixa etária. Diferentemente, os sujeitos surdos manifestaram respostas de nível de transição, apontando uma situação de atraso do pensamento. Conclui-se que o possível comprometimento lingüístico apresentado pelo surdo, pode dificultar o exercício da atividade representativa provocando atraso na construção da noção temporal e, consequentemente, no desenvolvimento cognitivo. Isso demonstra que a Língua de Sinais pode se constituir num importante instrumento para os surdos, pois viabilizaria as trocas simbólicas que favorecem o desenvolvimento cognitivo. |
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Função simbólica e desenvolvimento da noção temporal em surdos e ouvintes: análise na perspectiva de Jean PiagetNoção temporal e surdezTroca simbólicaJean PiagetEm pesquisa realizada anteriormente, constatou-se que são as trocas simbólicas estabelecidas entre o sujeito e o meio que possibilitam a ele interagir com os outros, levando-o a reorganizar suas estruturas cognitivas internas, alcançando estágios mais elaborados. No caso da pessoa com surdez, esse processo de troca pode ficar comprometido, e o conhecimento a respeito da construção da noção temporal com base na teoria de Piaget, parece ser essencial para explicar tais dificuldades. Assim, o estudo pretendeu compreender como a noção temporal se constitui e possibilita ao sujeito o processo de construção do real verificando, por meio de avaliação empírica, se a dificuldade em estabelecer trocas simbólicas provocadas pela surdez, comprometeria o desenvolvimento desta noção. Foi realizada pesquisa bibliográfica e empírica, por meio da avaliação comparativa entre 3 sujeitos surdos e 3 ouvintes, com idade entre 10 e 12 anos, quanto a construção da noção temporal com base em experimento criado por Piaget. Os resultados demonstraram que os sujeitos ouvintes apresentaram respostas de nível operatório, compatíveis com sua faixa etária. Diferentemente, os sujeitos surdos manifestaram respostas de nível de transição, apontando uma situação de atraso do pensamento. Conclui-se que o possível comprometimento lingüístico apresentado pelo surdo, pode dificultar o exercício da atividade representativa provocando atraso na construção da noção temporal e, consequentemente, no desenvolvimento cognitivo. Isso demonstra que a Língua de Sinais pode se constituir num importante instrumento para os surdos, pois viabilizaria as trocas simbólicas que favorecem o desenvolvimento cognitivo.Universidade Estadual Paulista, Departamento de Educação Especial, Faculdade de Filosofia e Ciências de MaríliaUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Pró-Reitoria de Graduação (PROGRAD UNESP)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Poker, Rosimar Bortolini [UNESP]2016-07-19T12:59:32Z2016-07-19T12:59:32Z2014info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObject9215-9227application/pdfhttp://www.unesp.br/portal#!/prograd/e-livros-prograd/CONGRESSO NACIONAL DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES, 2.; CONGRESSO ESTADUAL PAULISTA SOBRE FORMAÇÃO DE EDUCADORES, 12., 2011, Águas de Lindóia. Anais 2. Congresso Nacional de Professores 12. Congresso Estadual sobre Formação de Educadores... São Paulo: UNESP; PROGRAD, 2014. p. 9215-92272357-7819http://hdl.handle.net/11449/141568ISSN2357-7819-2014-9215-9227.pdf44529088248713630000-0001-8019-6506porCongresso Nacional de Formação de ProfessoresCongresso Estadual Paulista sobre Formação de Educadoresinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2023-10-06T06:01:25Zoai:repositorio.unesp.br:11449/141568Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-05-23T11:36:42.069363Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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Em pesquisa realizada anteriormente, constatou-se que são as trocas simbólicas estabelecidas entre o sujeito e o meio que possibilitam a ele interagir com os outros, levando-o a reorganizar suas estruturas cognitivas internas, alcançando estágios mais elaborados. No caso da pessoa com surdez, esse processo de troca pode ficar comprometido, e o conhecimento a respeito da construção da noção temporal com base na teoria de Piaget, parece ser essencial para explicar tais dificuldades. Assim, o estudo pretendeu compreender como a noção temporal se constitui e possibilita ao sujeito o processo de construção do real verificando, por meio de avaliação empírica, se a dificuldade em estabelecer trocas simbólicas provocadas pela surdez, comprometeria o desenvolvimento desta noção. Foi realizada pesquisa bibliográfica e empírica, por meio da avaliação comparativa entre 3 sujeitos surdos e 3 ouvintes, com idade entre 10 e 12 anos, quanto a construção da noção temporal com base em experimento criado por Piaget. Os resultados demonstraram que os sujeitos ouvintes apresentaram respostas de nível operatório, compatíveis com sua faixa etária. Diferentemente, os sujeitos surdos manifestaram respostas de nível de transição, apontando uma situação de atraso do pensamento. Conclui-se que o possível comprometimento lingüístico apresentado pelo surdo, pode dificultar o exercício da atividade representativa provocando atraso na construção da noção temporal e, consequentemente, no desenvolvimento cognitivo. Isso demonstra que a Língua de Sinais pode se constituir num importante instrumento para os surdos, pois viabilizaria as trocas simbólicas que favorecem o desenvolvimento cognitivo. |
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