A haplologia na variedade paulista
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2006 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/86581 |
Resumo: | Nesta dissertação, descrevemos a haplologia na variedade paulista do Português Brasileiro (PB). Inicialmente, caracterizamos a haplologia como um processo fonológico no qual é possível perceber a queda total de uma sílaba no encontro de duas sílabas semelhantes átonas em fronteiras de palavras. Caracterizamos, também, o corpus utilizado: inquéritos do NURC-SP e inquéritos do IBORUNA-SJRP. Esses inquéritos possuem em comum a sua natureza constitutiva: ambos são dados de fala espontânea. Questionamos, ao longo desta dissertação: (i) que contexto segmental favorece a aplicação da haplologia? (ii) se existe um contexto segmental que bloqueia a haplologia? (iii) em que contexto segmental é mais freqüente a aplicação da haplologia? (iv) em que medida a aplicação da haplologia contribui para a organização rítmica do Português Brasileiro? (v) qual o domínio prosódico da haplologia? e (vi) se existe um contexto morfológico que bloqueia a haplologia? Após a análise dos dados, constatamos que o contexto segmental que favorece a aplicação da haplologia é o formado por consoantes obstruintes não-continuas /t/ e /d/ e que esse contexto é o mais freqüente em dados de fala espontânea. Verificamos também que o contexto de haplologia é mais freqüente no domínio prosódico de frase fonológica e que há variação da queda de uma sílaba nesse domínio. Observamos, ainda, que a haplologia favorece o ritmo trocaico do PB. Após a análise de um conjunto de dados em que há bloqueio da haplologia, os quais são constituídos por monomorfema de + item lexical, verificamos que a informação morfossintática do item gramatical agiu no bloqueio da haplologia da mesma forma que age no bloqueio da elisão. Com base nesse resultado, fazemos uma breve discussão de como um fator morfossintático atua sobre a fonologia de modo a bloquear categoricamente o apagamento de segmentos... |
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A haplologia na variedade paulistaHaplologyPhonologyMorphosyntaxBrazilian PortugueseLinguísticaFonéticaGramática comparada e geral - FonologiaFonologiaHaplologiaNesta dissertação, descrevemos a haplologia na variedade paulista do Português Brasileiro (PB). Inicialmente, caracterizamos a haplologia como um processo fonológico no qual é possível perceber a queda total de uma sílaba no encontro de duas sílabas semelhantes átonas em fronteiras de palavras. Caracterizamos, também, o corpus utilizado: inquéritos do NURC-SP e inquéritos do IBORUNA-SJRP. Esses inquéritos possuem em comum a sua natureza constitutiva: ambos são dados de fala espontânea. Questionamos, ao longo desta dissertação: (i) que contexto segmental favorece a aplicação da haplologia? (ii) se existe um contexto segmental que bloqueia a haplologia? (iii) em que contexto segmental é mais freqüente a aplicação da haplologia? (iv) em que medida a aplicação da haplologia contribui para a organização rítmica do Português Brasileiro? (v) qual o domínio prosódico da haplologia? e (vi) se existe um contexto morfológico que bloqueia a haplologia? Após a análise dos dados, constatamos que o contexto segmental que favorece a aplicação da haplologia é o formado por consoantes obstruintes não-continuas /t/ e /d/ e que esse contexto é o mais freqüente em dados de fala espontânea. Verificamos também que o contexto de haplologia é mais freqüente no domínio prosódico de frase fonológica e que há variação da queda de uma sílaba nesse domínio. Observamos, ainda, que a haplologia favorece o ritmo trocaico do PB. Após a análise de um conjunto de dados em que há bloqueio da haplologia, os quais são constituídos por monomorfema de + item lexical, verificamos que a informação morfossintática do item gramatical agiu no bloqueio da haplologia da mesma forma que age no bloqueio da elisão. Com base nesse resultado, fazemos uma breve discussão de como um fator morfossintático atua sobre a fonologia de modo a bloquear categoricamente o apagamento de segmentos...In this dissertation, we describe the haplology in São Paulo variety of Brazilian Portuguese (BP). Beginning; we characterize the haplology as a phonological process in which it is possible to perceive the total loss of a syllable in the encounter of two weak similar syllables in borders of words. We characterize, too, the used corpus: inquiries of NURC-SP and inquiries of IBORUNA-SJRP. What these inquiries have in common is their constituent nature: both are samples of spontaneous speech. We question, along this dissertation: (i) that the segmental context which favors the application of haplology? (ii) if exist a segmental context which blocked the haplology? (iii) that segmental context of haplology is more frequent? (iv) how haplology application contribute of rhythmic organization of Brazilian Portuguese? (v) that prosodic domain of haplology? and (vi) if exist a morphosyntatic context which blocked the haplology? After analyze of dates, we testify that segmental context which favors the applications of haplology is the one formed by non-continuous obstruent consonants /t/ and /d/ and that this context is most frequent in samples of spontaneous speech. We verify, too, that the segmental context of haplology is more frequent in the prosodic domain of phonological phrases and that there is a variation of the loss of a syllable in that domain. We have also observed that the haplology favors the trochaic rhythm of BP. After analyze a set of data in which haplology blockage may be found. These data are constituted by monomorpheme de + lexical item. We verify that the morphosyntatic information of the grammatical item acted in the blockage of the haplology in the same way it acts in the blockage of the elision. Based on this result, we briefly discuss about as a morphosyntatic factor acts on phonology in order to block categorically the deletion of segments. At last, we conclude our reflection by bringing back the main obtained results as well.Universidade Estadual Paulista (Unesp)Tenani, Luciani Ester [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Pavezi, Vanessa Cristina [UNESP]2014-06-11T19:22:20Z2014-06-11T19:22:20Z2006-05-12info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis118 f. : il.application/pdfPAVEZI, Vanessa Cristina. A haplologia na variedade paulista. 2006. 118 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, 2006.http://hdl.handle.net/11449/86581000464557pavezi_vc_me_sjrp.pdf33004153069P57563247206294663Alephreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporinfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-10-23T06:06:42Zoai:repositorio.unesp.br:11449/86581Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T15:41:49.932294Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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Nesta dissertação, descrevemos a haplologia na variedade paulista do Português Brasileiro (PB). Inicialmente, caracterizamos a haplologia como um processo fonológico no qual é possível perceber a queda total de uma sílaba no encontro de duas sílabas semelhantes átonas em fronteiras de palavras. Caracterizamos, também, o corpus utilizado: inquéritos do NURC-SP e inquéritos do IBORUNA-SJRP. Esses inquéritos possuem em comum a sua natureza constitutiva: ambos são dados de fala espontânea. Questionamos, ao longo desta dissertação: (i) que contexto segmental favorece a aplicação da haplologia? (ii) se existe um contexto segmental que bloqueia a haplologia? (iii) em que contexto segmental é mais freqüente a aplicação da haplologia? (iv) em que medida a aplicação da haplologia contribui para a organização rítmica do Português Brasileiro? (v) qual o domínio prosódico da haplologia? e (vi) se existe um contexto morfológico que bloqueia a haplologia? Após a análise dos dados, constatamos que o contexto segmental que favorece a aplicação da haplologia é o formado por consoantes obstruintes não-continuas /t/ e /d/ e que esse contexto é o mais freqüente em dados de fala espontânea. Verificamos também que o contexto de haplologia é mais freqüente no domínio prosódico de frase fonológica e que há variação da queda de uma sílaba nesse domínio. Observamos, ainda, que a haplologia favorece o ritmo trocaico do PB. Após a análise de um conjunto de dados em que há bloqueio da haplologia, os quais são constituídos por monomorfema de + item lexical, verificamos que a informação morfossintática do item gramatical agiu no bloqueio da haplologia da mesma forma que age no bloqueio da elisão. Com base nesse resultado, fazemos uma breve discussão de como um fator morfossintático atua sobre a fonologia de modo a bloquear categoricamente o apagamento de segmentos... |
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