Morphological variation in Bothrops jararaca and B. Insularis: sexual dimorphism and ontogeny

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Siqueira, Lucas Henrique Carvalho
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Tese
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/215083
Resumo: A morfologia é um dos traços mais variáveis nas serpentes. Ela é altamente correlacionada a vários traços biológicos e também a pressões ambientais. Usei duas técnicas complementares, morfometria linear e geométrica, para avaliar a variação morfológica em Bothrops jararaca e B. insularis dentro, e entre populações e espécies, para testar o efeito do dimorfismo sexual, distribuição geográfica e tendências microevolutivas. Medi entre 11 a 17 variáveis lineares de cada indivíduo. Além disso, 19 landmarks anatômicas foram posicionadas na cabeça, usando uma imagem fotográfica da vista dorsal. Em B. jararaca, fêmeas foram geralmente maiores para as medidas do corpo e da cabeça, ao passo que machos foram maiores para as variáveis da cauda. Encontrei efeito significativo da população, sendo que a população do planalto alcançou maiores tamanhos do que no litoral, e fêmeas apresentaram a cabeça com uma região pós-occipital em formato de flecha. Ambas as populações mostraram marcada alometria ontogenética, e a trajetória variou para cada traço medido. Um padrão de dimorfismo sexual similar ocorreu em B. insularis, mas não houve diferença no formato da cabeça, porém machos apresentaram olhos maiores. Os sexos tiveram trajetória ontogenética sobreposta para o formato do corpo, mas com inclinação diferente para o formato da cabeça. Comparações interespecíficas indicaram uma cabeça mais comprida e com focinho mais proeminente em B. insularis, mais similar à da população do planalto. A trajetória ontogenética também foi paralela com a do planalto e convergente com a população do litoral. A partição de nicho é uma explicação a para algumas das diferenças dos padrões aqui detectados. Da mesma forma, a disponibilidade de presas e ecologia comportamental podem produzir diferentes fenótipos em cada população ou espécie. Atribuo as diferenças na trajetória ontogenética principalmente à eventos de maturação heterocrônica e variação temporal nas mudanças ontogenéticas.
id UNSP_195409e504ed4f273bd7d7886a29ef6f
oai_identifier_str oai:repositorio.unesp.br:11449/215083
network_acronym_str UNSP
network_name_str Repositório Institucional da UNESP
repository_id_str 2946
spelling Morphological variation in Bothrops jararaca and B. Insularis: sexual dimorphism and ontogenyVariação morfológica em Bothrops jararaca e B. insularis: dimorfismo sexual e ontogeniaJararacaFormaMorfometria geométricaAlometriaJararaca-ilhoaPitviperShapeGeometrical morphometricsAllometryGolden lanceheadA morfologia é um dos traços mais variáveis nas serpentes. Ela é altamente correlacionada a vários traços biológicos e também a pressões ambientais. Usei duas técnicas complementares, morfometria linear e geométrica, para avaliar a variação morfológica em Bothrops jararaca e B. insularis dentro, e entre populações e espécies, para testar o efeito do dimorfismo sexual, distribuição geográfica e tendências microevolutivas. Medi entre 11 a 17 variáveis lineares de cada indivíduo. Além disso, 19 landmarks anatômicas foram posicionadas na cabeça, usando uma imagem fotográfica da vista dorsal. Em B. jararaca, fêmeas foram geralmente maiores para as medidas do corpo e da cabeça, ao passo que machos foram maiores para as variáveis da cauda. Encontrei efeito significativo da população, sendo que a população do planalto alcançou maiores tamanhos do que no litoral, e fêmeas apresentaram a cabeça com uma região pós-occipital em formato de flecha. Ambas as populações mostraram marcada alometria ontogenética, e a trajetória variou para cada traço medido. Um padrão de dimorfismo sexual similar ocorreu em B. insularis, mas não houve diferença no formato da cabeça, porém machos apresentaram olhos maiores. Os sexos tiveram trajetória ontogenética sobreposta para o formato do corpo, mas com inclinação diferente para o formato da cabeça. Comparações interespecíficas indicaram uma cabeça mais comprida e com focinho mais proeminente em B. insularis, mais similar à da população do planalto. A trajetória ontogenética também foi paralela com a do planalto e convergente com a população do litoral. A partição de nicho é uma explicação a para algumas das diferenças dos padrões aqui detectados. Da mesma forma, a disponibilidade de presas e ecologia comportamental podem produzir diferentes fenótipos em cada população ou espécie. Atribuo as diferenças na trajetória ontogenética principalmente à eventos de maturação heterocrônica e variação temporal nas mudanças ontogenéticas.Morphology is one of the most variable traits in snakes. It is highly related to several biological traits and also environmental pressures. I used two complementary techniques, linear and geometric morphometrics, to evaluate morphological variation in Bothrops jararaca and B. insularis within and among populations and species, to test the effects of sexual dimorphism, geographic distribution and microevolutionary trends. I measured from 11 to 17 linear variables from each individual. Moreover, 19 anatomical landmarks were placed in the head using a photographed image of the dorsal view. In females were generally larger than males for body and head measures, while males were larger for tail variables. I found a significative effect of population, being that the highland population reached larger sizes than coastal population, and females presented a larger post-ocular region and a more arrow shaped head. Both populations showed a marked ontogenetic allometry and ontogenetic trajectory varied depending on each variable. A similar sexual dimorphism pattern occurred in B. insularis body, but with no difference in head shape, however males had larger eyes than females. Sexes had overlapped ontogenetic trajectory in body shape, but with different slopes in head shape. Interspecific comparisons indicated a longer head and prominent snout in B. insularis, closer to the highland population. Ontogenetic trajectory also was parallel with highland and convergent with coastal population. Niche partitioning is an explanation for the differences in the observed patterns. Accordingly, prey availability and behavioral ecology may produce different phenotypes on each population or species. I attribute differences in ontogenetic trajectories mainly due heterochronic maturation events and different onset on ontogenetic changes.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)CAPES: 001Universidade Estadual Paulista (Unesp)Marques, Otavio Augusto VuoloPiantoni, CarlaUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Siqueira, Lucas Henrique Carvalho2021-11-11T19:02:06Z2021-11-11T19:02:06Z2021-09-17info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/21508333004153072P6enginfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-01-16T06:26:27Zoai:repositorio.unesp.br:11449/215083Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-01-16T06:26:27Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
dc.title.none.fl_str_mv Morphological variation in Bothrops jararaca and B. Insularis: sexual dimorphism and ontogeny
Variação morfológica em Bothrops jararaca e B. insularis: dimorfismo sexual e ontogenia
title Morphological variation in Bothrops jararaca and B. Insularis: sexual dimorphism and ontogeny
spellingShingle Morphological variation in Bothrops jararaca and B. Insularis: sexual dimorphism and ontogeny
Siqueira, Lucas Henrique Carvalho
Jararaca
Forma
Morfometria geométrica
Alometria
Jararaca-ilhoa
Pitviper
Shape
Geometrical morphometrics
Allometry
Golden lancehead
title_short Morphological variation in Bothrops jararaca and B. Insularis: sexual dimorphism and ontogeny
title_full Morphological variation in Bothrops jararaca and B. Insularis: sexual dimorphism and ontogeny
title_fullStr Morphological variation in Bothrops jararaca and B. Insularis: sexual dimorphism and ontogeny
title_full_unstemmed Morphological variation in Bothrops jararaca and B. Insularis: sexual dimorphism and ontogeny
title_sort Morphological variation in Bothrops jararaca and B. Insularis: sexual dimorphism and ontogeny
author Siqueira, Lucas Henrique Carvalho
author_facet Siqueira, Lucas Henrique Carvalho
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Marques, Otavio Augusto Vuolo
Piantoni, Carla
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.contributor.author.fl_str_mv Siqueira, Lucas Henrique Carvalho
dc.subject.por.fl_str_mv Jararaca
Forma
Morfometria geométrica
Alometria
Jararaca-ilhoa
Pitviper
Shape
Geometrical morphometrics
Allometry
Golden lancehead
topic Jararaca
Forma
Morfometria geométrica
Alometria
Jararaca-ilhoa
Pitviper
Shape
Geometrical morphometrics
Allometry
Golden lancehead
description A morfologia é um dos traços mais variáveis nas serpentes. Ela é altamente correlacionada a vários traços biológicos e também a pressões ambientais. Usei duas técnicas complementares, morfometria linear e geométrica, para avaliar a variação morfológica em Bothrops jararaca e B. insularis dentro, e entre populações e espécies, para testar o efeito do dimorfismo sexual, distribuição geográfica e tendências microevolutivas. Medi entre 11 a 17 variáveis lineares de cada indivíduo. Além disso, 19 landmarks anatômicas foram posicionadas na cabeça, usando uma imagem fotográfica da vista dorsal. Em B. jararaca, fêmeas foram geralmente maiores para as medidas do corpo e da cabeça, ao passo que machos foram maiores para as variáveis da cauda. Encontrei efeito significativo da população, sendo que a população do planalto alcançou maiores tamanhos do que no litoral, e fêmeas apresentaram a cabeça com uma região pós-occipital em formato de flecha. Ambas as populações mostraram marcada alometria ontogenética, e a trajetória variou para cada traço medido. Um padrão de dimorfismo sexual similar ocorreu em B. insularis, mas não houve diferença no formato da cabeça, porém machos apresentaram olhos maiores. Os sexos tiveram trajetória ontogenética sobreposta para o formato do corpo, mas com inclinação diferente para o formato da cabeça. Comparações interespecíficas indicaram uma cabeça mais comprida e com focinho mais proeminente em B. insularis, mais similar à da população do planalto. A trajetória ontogenética também foi paralela com a do planalto e convergente com a população do litoral. A partição de nicho é uma explicação a para algumas das diferenças dos padrões aqui detectados. Da mesma forma, a disponibilidade de presas e ecologia comportamental podem produzir diferentes fenótipos em cada população ou espécie. Atribuo as diferenças na trajetória ontogenética principalmente à eventos de maturação heterocrônica e variação temporal nas mudanças ontogenéticas.
publishDate 2021
dc.date.none.fl_str_mv 2021-11-11T19:02:06Z
2021-11-11T19:02:06Z
2021-09-17
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/11449/215083
33004153072P6
url http://hdl.handle.net/11449/215083
identifier_str_mv 33004153072P6
dc.language.iso.fl_str_mv eng
language eng
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UNESP
instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron:UNESP
instname_str Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron_str UNESP
institution UNESP
reponame_str Repositório Institucional da UNESP
collection Repositório Institucional da UNESP
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803047345511727104