Efeito da ovariectomia e idade sobre as concentrações séricas de hormônio Anti-Mülleriano em éguas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Uliani, Renata Cristina [UNESP]
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/145014
Resumo: O hormônio Anti-Mülleriano (AMH) tem sido proposto como marcador fidedigno da reserva ovariana, estimando a expectativa de vida reprodutiva remanescente da fêmea. Atualmente, em reprodução assistida humana, tem sido utilizado para determinar o tratamento a ser seguido e conduzir a expectativa da paciente. Em equinos, pouco se sabe sobre a produção de AMH e sua importância clínica. Sendo assim, o objetivo principal deste estudo foi descrever a concentração de AMH ao longo da vida das éguas e avaliar sua concentração após ovariectomia, em busca de relacionar AMH com reserva folicular ovariana. Foram realizados 2 experimentos. Experimento 1: Foi realizada a colheita de sangue de 1058 éguas Quarto de Milha, de 1 dia a 33 anos de idade, com o objetivo de relacionar AMH com a idade da égua. Experimento 2: 13 éguas (6 jovens e 7 idosas) foram submetidas a duas cirurgias de ovariectomia com intervalo médio de 111 dias. Amostras de sangue para dosagem de AMH foram retiradas imediatamente antes da primeira cirurgia e diariamente durante 15 dias. Na segunda cirurgia, amostras de sangue foram coletadas imediatamente antes da cirurgia e 15 dias após a mesma. AMH foi dosado por técnica de ELISA (Equine AMH ELISA; Ansh Labs, Webster, TX, USA). Testes não paramétricos foram utilizados para confrontar as medianas dos níveis de AMH entre diferentes categorias de idade e médias dos períodos pré e pós operatórios. A idade foi responsável por somente 5% da variabilidade dos níveis de AMH. A concentração média foi mantida desde o nascimento até aproximadamente 18 anos de vida, quando começa a cair lentamente. A queda se acentua com aproximadamente 23 anos de idade e chega a zero aos 30 anos. A concentração de AMH após ovariectomia unilateral apresenta uma queda abrupta no pós operatório imediato. Após intervalo entre primeira e segunda cirurgia, as éguas apresentaram uma recuperação na concentração sérica de AMH. Em conclusão, AMH não apresenta relação com idade em éguas. Mais trabalhos precisam ser realizados com intuito de relacionar AMH com atividade folicular ovariana em éguas.
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Foram realizados 2 experimentos. Experimento 1: Foi realizada a colheita de sangue de 1058 éguas Quarto de Milha, de 1 dia a 33 anos de idade, com o objetivo de relacionar AMH com a idade da égua. Experimento 2: 13 éguas (6 jovens e 7 idosas) foram submetidas a duas cirurgias de ovariectomia com intervalo médio de 111 dias. Amostras de sangue para dosagem de AMH foram retiradas imediatamente antes da primeira cirurgia e diariamente durante 15 dias. Na segunda cirurgia, amostras de sangue foram coletadas imediatamente antes da cirurgia e 15 dias após a mesma. AMH foi dosado por técnica de ELISA (Equine AMH ELISA; Ansh Labs, Webster, TX, USA). Testes não paramétricos foram utilizados para confrontar as medianas dos níveis de AMH entre diferentes categorias de idade e médias dos períodos pré e pós operatórios. A idade foi responsável por somente 5% da variabilidade dos níveis de AMH. A concentração média foi mantida desde o nascimento até aproximadamente 18 anos de vida, quando começa a cair lentamente. A queda se acentua com aproximadamente 23 anos de idade e chega a zero aos 30 anos. A concentração de AMH após ovariectomia unilateral apresenta uma queda abrupta no pós operatório imediato. Após intervalo entre primeira e segunda cirurgia, as éguas apresentaram uma recuperação na concentração sérica de AMH. Em conclusão, AMH não apresenta relação com idade em éguas. Mais trabalhos precisam ser realizados com intuito de relacionar AMH com atividade folicular ovariana em éguas.Anti-Müllerian hormone (AMH) has been proposed as a reliable marker of ovarian reserve, estimating the expected remaining female reproductive life. Currently, in human assisted reproduction, AMH has been used to determine the treatment to be followed and lead to the expectation of the patient. In horses, little is known about the production of AMH and its clinical significance. Thus, the aim of this study was to describe the production of AMH lifelong of mares and evaluate its production after ovariectomy, aiming to relate AMH with ovarian follicular reserve. 2 experiments were performed. Experiment 1: 1058 Quarter Horse mares, from 1 day to 33 years old were sampled in order to relate AMH with the age of the mare. Experiment 2: 13 mares (6 young and 7 old) underwent two ovariectomy surgeries with a mean interval of 111 days. Blood samples for AMH levels were drawn immediately before surgery and daily for 15 days. In the second surgery, blood samples were collected immediately before surgery and 15 days after. AMH was measured by ELISA (Equine AMH ELISA; Ansh Labs, Webster, TX, USA). Non-parametric tests were used to compare the median AMH levels between different age categories and the mean in the pre and postoperative periods. Age was responsible for only 5% of the variability in AMH levels. The average production was maintained from birth to about 18 years, when started to fall slowly. The decrease is higher with approximately 23 years of age and reaches zero after 30 years. The production of AMH after unilateral ovariectomy shows an abrupt drop in the post-surgery period. After the interval between the first and second surgery, the mares showed a recovery in the production of serum AMH. In conclusion, AMH doesn’t have a correlation with age in mares. More works need to be carried out with the aim of linking AMH with ovarian follicular activity in mares.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)FAPESP: 2014/13191-1FAPESP: 2014/13777-6FAPESP: 2015/01113-9Universidade Estadual Paulista (Unesp)Alvarenga, Marco Antonio [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Uliani, Renata Cristina [UNESP]2016-12-06T15:51:41Z2016-12-06T15:51:41Z2016-11-22info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/14501400087679033004064086P10473846154288947porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-09-09T17:26:42Zoai:repositorio.unesp.br:11449/145014Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestrepositoriounesp@unesp.bropendoar:29462024-09-09T17:26:42Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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