Caracterização fenotípica de leveduras isoladas da mucosa vaginal em mulheres adultas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Corrêa, Paula dos Reis [UNESP]
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: David, Paulo Rodrigo dos Santos, Peres, Nathália Perpétua, Cunha, Keith Cássia da, Almeida, Margarete Teresa Gottardo de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://dx.doi.org/10.1590/S0100-72032009000400004
http://hdl.handle.net/11449/27857
Resumo: OBJETIVO: caracterizar fenotipicamente leveduras isoladas do conteúdo vaginal de 223 mulheres adultas, sintomáticas (S) e assintomáticas (A) para vulvovaginite, e determinar os indicadores clínicos que possivelmente levam ao surgimento de sinais e sintomas relacionados ao acometimento da mucosa por essa patologia. MÉTODOS: inicialmente foi aplicado um questionário, com questões abertas e fechadas, sobre dados clínicos epidemiológicos. Logo, ocorreu o diagnóstico micológico com semeadura em meio Chrom Agar Candida, identificação micromorfológica e bioquímica. Métodos específicos para detecção de fatores de virulência, proteinase e fosfolipase foram empregados. A análise estatística das variáveis foi estabelecida utilizando os testes χ2 e χ2 de Pearson. RESULTADOS: Candida albicans foi a espécie mais prevalente (87%, S e 67%, A), seguida de Candida glabrata (4%, S e 17%, A). O número de mulheres que referiram adoção de anticoncepcionais foi mais alto entre as sintomáticas, 77%. Nos dois grupos estudados, em torno de 87% apresentaram ciclos menstruais regulares, 57% das mulheres eram casadas com idade entre 30 a 40 anos. em relação a práticas sexuais, houve para parte das pacientes, concomitância entre os hábitos, anal, oral e vaginal. em relação à fosfolipase, apenas Candida albicans produziu este fator de virulência em 37,5%. A proteinase foi detectada em Candida albicans, Candida glabrata e Candida parapsilosis. Esse último fator de virulência esteve associado, principalmente, a isolados de pacientes sintomáticas. CONCLUSÕES: a colonização e infecção da mucosa vaginal por levedura é real com diversas espécies de Candida presentes. No entanto, Candida albicans se destaca como espécie prevalente em mucosa vaginal de mulheres adultas. Fica evidente a emergência de espécies de Candida não albicans, algumas com resistência intrínseca aos azólicos, tais como Candida glabrata, Candida parapsilosis, Candida tropicalis, e Candida guillermondii, o que pode ser explicado pelo uso inadequado de medicamentos e tratamento empírico.
id UNSP_1b0f7db01043128269241d3ad245c7be
oai_identifier_str oai:repositorio.unesp.br:11449/27857
network_acronym_str UNSP
network_name_str Repositório Institucional da UNESP
repository_id_str 2946
spelling Caracterização fenotípica de leveduras isoladas da mucosa vaginal em mulheres adultasPhenotypic characterization of yeasts isolated from the vaginal mucosa of adult womenCandidíase vulvovaginalFatores de riscoFatores de virulênciaVulvovaginiteSinais e sintomasCandidiasis, vulvovaginalRisk factorsVirulence factorsVulvovaginitisSigns and symptomsOBJETIVO: caracterizar fenotipicamente leveduras isoladas do conteúdo vaginal de 223 mulheres adultas, sintomáticas (S) e assintomáticas (A) para vulvovaginite, e determinar os indicadores clínicos que possivelmente levam ao surgimento de sinais e sintomas relacionados ao acometimento da mucosa por essa patologia. MÉTODOS: inicialmente foi aplicado um questionário, com questões abertas e fechadas, sobre dados clínicos epidemiológicos. Logo, ocorreu o diagnóstico micológico com semeadura em meio Chrom Agar Candida, identificação micromorfológica e bioquímica. Métodos específicos para detecção de fatores de virulência, proteinase e fosfolipase foram empregados. A análise estatística das variáveis foi estabelecida utilizando os testes χ2 e χ2 de Pearson. RESULTADOS: Candida albicans foi a espécie mais prevalente (87%, S e 67%, A), seguida de Candida glabrata (4%, S e 17%, A). O número de mulheres que referiram adoção de anticoncepcionais foi mais alto entre as sintomáticas, 77%. Nos dois grupos estudados, em torno de 87% apresentaram ciclos menstruais regulares, 57% das mulheres eram casadas com idade entre 30 a 40 anos. em relação a práticas sexuais, houve para parte das pacientes, concomitância entre os hábitos, anal, oral e vaginal. em relação à fosfolipase, apenas Candida albicans produziu este fator de virulência em 37,5%. A proteinase foi detectada em Candida albicans, Candida glabrata e Candida parapsilosis. Esse último fator de virulência esteve associado, principalmente, a isolados de pacientes sintomáticas. CONCLUSÕES: a colonização e infecção da mucosa vaginal por levedura é real com diversas espécies de Candida presentes. No entanto, Candida albicans se destaca como espécie prevalente em mucosa vaginal de mulheres adultas. Fica evidente a emergência de espécies de Candida não albicans, algumas com resistência intrínseca aos azólicos, tais como Candida glabrata, Candida parapsilosis, Candida tropicalis, e Candida guillermondii, o que pode ser explicado pelo uso inadequado de medicamentos e tratamento empírico.PURPOSE: to characterize, phenotypically, yeasts isolated from the vaginal content of 223 symptomatic (S) and asymptomatic (A) adult women with vulvovaginitis, and to determine the clinical indicators which may lead to the appearance of signs and symptoms related to the mucosa involvement by this pathology. METHODS: a questionnaire with open and closed questions on epidemiological clinical data was applied initially. Then, mycological diagnosis with sowing in Chrom Agar Candida was done, followed by micro-morphological and biochemical identification. Specific methods for the detection of the virulence factors, proteinase and phospholipase were employed. Statistical analysis was performed through χ2 and Pearson's χ2 tests. RESULTS: the most prevalent species found was Candida albicans (87%, S and 67%, A) followed by Candida glabrata (4%, S e 17% A). The number of women reporting the use of contraceptives was higher among the symptomatic, 77%. In the two groups studied, about 87% of the women presented regular menstrual cycles and 57% were married with ages between 30 to 40 years old. Concerning the sexual practices, there has been concomitance among anal, oral and vaginal habits from the patients. Only Candida albicans produced the virulence factor phospholipase in 37.5% of them. Proteinase has been detected in Candida albicans, Candida glabrata and Candida parapsilosis. This latter virulence factor was mainly associated to isolates from symptomatic patients. CONCLUSIONS: it is a fact that the vaginal mucosa can be colonized and infected by yeasts, with several Candida species present. Nevertheless, Candida albicans is the most prevalent in the vaginal mucosa of adult women. It is evident the emergence of non-albicans Candida species, some of them with intrinsic resistance to azolics, such as Candida glabrata, Candida parapsilosis, Candida tropicalis, and Candida guillermondii, which can be explained by the inadequate use of medicines and empirical treatment.Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita FilhoFaculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP)Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita FilhoFederação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e ObstetríciaUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP)Corrêa, Paula dos Reis [UNESP]David, Paulo Rodrigo dos SantosPeres, Nathália PerpétuaCunha, Keith Cássia daAlmeida, Margarete Teresa Gottardo de2014-05-20T15:10:57Z2014-05-20T15:10:57Z2009-04-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/article177-181application/pdfhttp://dx.doi.org/10.1590/S0100-72032009000400004Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia, v. 31, n. 4, p. 177-181, 2009.0100-7203http://hdl.handle.net/11449/2785710.1590/S0100-72032009000400004S0100-72032009000400004S0100-72032009000400004.pdfSciELOreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporRevista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia0,292info:eu-repo/semantics/openAccess2024-01-24T06:29:20Zoai:repositorio.unesp.br:11449/27857Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T23:49:15.974845Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
dc.title.none.fl_str_mv Caracterização fenotípica de leveduras isoladas da mucosa vaginal em mulheres adultas
Phenotypic characterization of yeasts isolated from the vaginal mucosa of adult women
title Caracterização fenotípica de leveduras isoladas da mucosa vaginal em mulheres adultas
spellingShingle Caracterização fenotípica de leveduras isoladas da mucosa vaginal em mulheres adultas
Corrêa, Paula dos Reis [UNESP]
Candidíase vulvovaginal
Fatores de risco
Fatores de virulência
Vulvovaginite
Sinais e sintomas
Candidiasis, vulvovaginal
Risk factors
Virulence factors
Vulvovaginitis
Signs and symptoms
title_short Caracterização fenotípica de leveduras isoladas da mucosa vaginal em mulheres adultas
title_full Caracterização fenotípica de leveduras isoladas da mucosa vaginal em mulheres adultas
title_fullStr Caracterização fenotípica de leveduras isoladas da mucosa vaginal em mulheres adultas
title_full_unstemmed Caracterização fenotípica de leveduras isoladas da mucosa vaginal em mulheres adultas
title_sort Caracterização fenotípica de leveduras isoladas da mucosa vaginal em mulheres adultas
author Corrêa, Paula dos Reis [UNESP]
author_facet Corrêa, Paula dos Reis [UNESP]
David, Paulo Rodrigo dos Santos
Peres, Nathália Perpétua
Cunha, Keith Cássia da
Almeida, Margarete Teresa Gottardo de
author_role author
author2 David, Paulo Rodrigo dos Santos
Peres, Nathália Perpétua
Cunha, Keith Cássia da
Almeida, Margarete Teresa Gottardo de
author2_role author
author
author
author
dc.contributor.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP)
dc.contributor.author.fl_str_mv Corrêa, Paula dos Reis [UNESP]
David, Paulo Rodrigo dos Santos
Peres, Nathália Perpétua
Cunha, Keith Cássia da
Almeida, Margarete Teresa Gottardo de
dc.subject.por.fl_str_mv Candidíase vulvovaginal
Fatores de risco
Fatores de virulência
Vulvovaginite
Sinais e sintomas
Candidiasis, vulvovaginal
Risk factors
Virulence factors
Vulvovaginitis
Signs and symptoms
topic Candidíase vulvovaginal
Fatores de risco
Fatores de virulência
Vulvovaginite
Sinais e sintomas
Candidiasis, vulvovaginal
Risk factors
Virulence factors
Vulvovaginitis
Signs and symptoms
description OBJETIVO: caracterizar fenotipicamente leveduras isoladas do conteúdo vaginal de 223 mulheres adultas, sintomáticas (S) e assintomáticas (A) para vulvovaginite, e determinar os indicadores clínicos que possivelmente levam ao surgimento de sinais e sintomas relacionados ao acometimento da mucosa por essa patologia. MÉTODOS: inicialmente foi aplicado um questionário, com questões abertas e fechadas, sobre dados clínicos epidemiológicos. Logo, ocorreu o diagnóstico micológico com semeadura em meio Chrom Agar Candida, identificação micromorfológica e bioquímica. Métodos específicos para detecção de fatores de virulência, proteinase e fosfolipase foram empregados. A análise estatística das variáveis foi estabelecida utilizando os testes χ2 e χ2 de Pearson. RESULTADOS: Candida albicans foi a espécie mais prevalente (87%, S e 67%, A), seguida de Candida glabrata (4%, S e 17%, A). O número de mulheres que referiram adoção de anticoncepcionais foi mais alto entre as sintomáticas, 77%. Nos dois grupos estudados, em torno de 87% apresentaram ciclos menstruais regulares, 57% das mulheres eram casadas com idade entre 30 a 40 anos. em relação a práticas sexuais, houve para parte das pacientes, concomitância entre os hábitos, anal, oral e vaginal. em relação à fosfolipase, apenas Candida albicans produziu este fator de virulência em 37,5%. A proteinase foi detectada em Candida albicans, Candida glabrata e Candida parapsilosis. Esse último fator de virulência esteve associado, principalmente, a isolados de pacientes sintomáticas. CONCLUSÕES: a colonização e infecção da mucosa vaginal por levedura é real com diversas espécies de Candida presentes. No entanto, Candida albicans se destaca como espécie prevalente em mucosa vaginal de mulheres adultas. Fica evidente a emergência de espécies de Candida não albicans, algumas com resistência intrínseca aos azólicos, tais como Candida glabrata, Candida parapsilosis, Candida tropicalis, e Candida guillermondii, o que pode ser explicado pelo uso inadequado de medicamentos e tratamento empírico.
publishDate 2009
dc.date.none.fl_str_mv 2009-04-01
2014-05-20T15:10:57Z
2014-05-20T15:10:57Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://dx.doi.org/10.1590/S0100-72032009000400004
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia, v. 31, n. 4, p. 177-181, 2009.
0100-7203
http://hdl.handle.net/11449/27857
10.1590/S0100-72032009000400004
S0100-72032009000400004
S0100-72032009000400004.pdf
url http://dx.doi.org/10.1590/S0100-72032009000400004
http://hdl.handle.net/11449/27857
identifier_str_mv Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia, v. 31, n. 4, p. 177-181, 2009.
0100-7203
10.1590/S0100-72032009000400004
S0100-72032009000400004
S0100-72032009000400004.pdf
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia
0,292
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 177-181
application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia
publisher.none.fl_str_mv Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia
dc.source.none.fl_str_mv SciELO
reponame:Repositório Institucional da UNESP
instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron:UNESP
instname_str Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron_str UNESP
institution UNESP
reponame_str Repositório Institucional da UNESP
collection Repositório Institucional da UNESP
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1808129555355926528