Avaliação da atividade antitumoral de nitensidina A, isolada de Pterogyne nitens, em modelo animal de carcinogênese induzida por 4NQO
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/191505 |
Resumo: | O câncer é considerado um grave problema de saúde publica. A Organização Mundial da Saúde estimou que no ano de 2030 podem-se esperar 27 milhões de casos incidentes de câncer, 17 milhões de mortes e 75 milhões de pessoas vivas, anualmente com esse tipo de doença. Diante disso, buscam-se, incessantemente, novos fármacos na tentativa de melhorar a sobrevida desses pacientes. Aproximadamente 70% das drogas disponíveis na quimioterapia atualmente são de origem natural, contribuindo intensamente para o desenvolvimento da terapia moderna. O alcalóide guanidínico, (nitensidina A) isolado de Pterogyne nitens, planta típica do cerrado brasileiro demonstrou citotoxicidade contra células de carcinoma epidermóide cervical (SiHa). Sendo assim, o objetivo desse estudo foi verificar a atividade antitumoral, genotóxica e mutagênica da nitensidina A, por meio de experimentos in vitro (linhagem de CEC oral – HSC-3) e in vivo, empregando o modelo de indução por 4NQO – 4-nitroquinolona-1-óxido em ratos. O composto nitensidina A para as linhagens HSC-3 e HaCat, demonstrou atividade citotóxica, morte celular por apoptose e necrose, porém não houve indução na ativação da caspase-3, enzima que participa do processo da via intrínseca de apoptose, ainda demonstrou potencial mutagênico e diminuição no estresse oxidativo. Para a linhagem HSC-3 não houve expressão dos níveis de AKT fosforilada em ser-473. Os experimentos in vivo demonstraram que o modelo de indução por 4NQO foi efetivo, porém o tratamento realizado nos animais com nitensidina A demonstrou redução no processo de carcinogênese na menor dose testada (2mg/kg p.c.), houve invasão dos tumores, não houve diminuição do índice mitótico e não obtivemos áreas em necrose. Os parâmetros bioquímicos analisados (glicemia, uréia, creatinina, toxicidade hepática e níveis de malondialdeído) não tiveram nenhuma alteração, sugerindo que o alcalóide nitensidina A não apresentou ação tóxica sistêmica, porém demonstrou perfil genotóxico demonstrado no ensaio do cometa. |
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Avaliação da atividade antitumoral de nitensidina A, isolada de Pterogyne nitens, em modelo animal de carcinogênese induzida por 4NQOEvaluation of nitensidine A antitumor activity, isolated from Pterogyne nitens, in an animal model of 4NQO-induced carcinogenesiscarcinoma epidermóide oralnitensidina A4NQOmorte celularO câncer é considerado um grave problema de saúde publica. A Organização Mundial da Saúde estimou que no ano de 2030 podem-se esperar 27 milhões de casos incidentes de câncer, 17 milhões de mortes e 75 milhões de pessoas vivas, anualmente com esse tipo de doença. Diante disso, buscam-se, incessantemente, novos fármacos na tentativa de melhorar a sobrevida desses pacientes. Aproximadamente 70% das drogas disponíveis na quimioterapia atualmente são de origem natural, contribuindo intensamente para o desenvolvimento da terapia moderna. O alcalóide guanidínico, (nitensidina A) isolado de Pterogyne nitens, planta típica do cerrado brasileiro demonstrou citotoxicidade contra células de carcinoma epidermóide cervical (SiHa). Sendo assim, o objetivo desse estudo foi verificar a atividade antitumoral, genotóxica e mutagênica da nitensidina A, por meio de experimentos in vitro (linhagem de CEC oral – HSC-3) e in vivo, empregando o modelo de indução por 4NQO – 4-nitroquinolona-1-óxido em ratos. O composto nitensidina A para as linhagens HSC-3 e HaCat, demonstrou atividade citotóxica, morte celular por apoptose e necrose, porém não houve indução na ativação da caspase-3, enzima que participa do processo da via intrínseca de apoptose, ainda demonstrou potencial mutagênico e diminuição no estresse oxidativo. Para a linhagem HSC-3 não houve expressão dos níveis de AKT fosforilada em ser-473. Os experimentos in vivo demonstraram que o modelo de indução por 4NQO foi efetivo, porém o tratamento realizado nos animais com nitensidina A demonstrou redução no processo de carcinogênese na menor dose testada (2mg/kg p.c.), houve invasão dos tumores, não houve diminuição do índice mitótico e não obtivemos áreas em necrose. Os parâmetros bioquímicos analisados (glicemia, uréia, creatinina, toxicidade hepática e níveis de malondialdeído) não tiveram nenhuma alteração, sugerindo que o alcalóide nitensidina A não apresentou ação tóxica sistêmica, porém demonstrou perfil genotóxico demonstrado no ensaio do cometa.Cancer is considered a serious public health problem. The World Health Organization estimated by the year 2030 27 million new cases, 17 million deaths, 75 million people diagnosed with cancer. In this scenario, efforts have been made to improve patient survival. Approximately 70% of the chemotherapeutic agents are derived from natural sources, contributing greatly to the development of modern therapeutic drugs. Guanidine alkaloid (nitensidine A) isolated from Pterogyne nitens, a typical Brazilian cerrado plant, showed cytotoxicity against cervical epidermoid carcinoma cells. Taking this into consideration, the aim of this study was to evaluate nitensidine An antitumor, genotoxic and mutagenic activity in vitro (HSC-3 cell line) and in vivo (mice) induced by 4-nitroquinoline (4-NQO). The guanidine alkaloid demonstrated cytotoxicity activity, cell death induction by apoptosis and necrosis in HSC-3 and HaCat cell lines. However, there was no caspase3 activation. Besides that, it demonstrated mutagenic potential and decreased oxidative stress. HSC-3 cell line did not show any phosphorylated AKT levels at ser-473. In vivo experiments indicated that 4NQO induction model was effective, although the treatment did evidence reduction in the carcinogenic process only at the lowest dose tested (2mg / kg b.c.). Animals exposed to 4NQO presented tumor invasion, but there was no mitotic index decreased and no necrosis areas. Biochemical parameters (glycemia, urea, creatinine, hepatic toxicity and levels of malondialdehyde) analyzed did not show any change, suggesting that although nitensidine A has genotoxic and mutagenic activity, it has no systemic toxicity.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Soares, Christiane PiennaRegasini, Luis OctávioCleverton, Roberto de AndradeUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Sorbo, Juliana Maria2020-01-31T14:03:01Z2020-01-31T14:03:01Z2016-12-15info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/19150500092869933004030081P70992736452764550176802529037366924026829697768750000-0003-1740-73600000-0001-7015-7175porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-06-24T18:31:47Zoai:repositorio.unesp.br:11449/191505Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T22:04:50.227201Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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