Presença/ausência do pronome pessoal sujeito no espanhol falado no Caribe colombiano

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pérez Córdoba, Alder Luis
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/183596
Resumo: Apesar da ampla bibliografia sobre a expressão do sujeito pronominal, como resultado das pesquisas desenvolvidas em diferentes dialetos do espanhol na América hispânica, nos Estados Unidos e na Espanha, encontram-se escassos trabalhos sobre duas variedades linguísticas colombianas. Tomando como suporte teórico a Teoria da Variação e Mudança (LABOV, [1972] 2008), o objetivo deste trabalho foi analisar a expressão ou não do pronome sujeito no espanhol falado no Caribe colombiano para determinar que fatores linguísticos e sociais motivam esse uso variável. A amostra esteve constituída por gravações de 18 informantes para cada corpus sociolinguístico (Barranquilla, Cartagena e Valledupar), que compõem a variedade falada no caribe colombiano, coletados com base na metodologia do PRESEEA (MORENO, 1996). Uma vez definido o envelope da variação, codificaram-se 7595 ocorrências para testar 15 variáveis independentes, onze das quais linguísticas (pessoa, número e especificidade do sujeito; paralelismo formal; modo; tempo verbal; progressividade; morfologia verbal; ambiguidade; tipo de oração; correferencialidade; turno da fala; classe semântica do verbo) e quatro sociais (faixa etária; sexo/gênero do falante; grau de escolaridade; subvariedade dialetal). Além disso, testou-se a variável independente posição pronominal, para saber quais fatores linguísticos e sociais determinam também a posposição. A análise quantitativa foi realizada mediante o uso do programa Goldvarb X (SANKOFF; TAGLIAMONTE; SMITH, 2005) e Rbrul (JOHNSON, 2009, 2019). Os resultados de expressão pronominal de 41,9%, a baixa posposição pronominal e os altos índices percentuais das duas primeiras pessoas do singular revelaram que a variedade do Caribe colombiano integra, no que tange a esse fenômeno, o grande dialeto conhecido por espanhol caribenho. A análise multivariada mostrou que diversas variáveis linguísticas (por exemplo, pessoa, número e especificidade, correferencialidade, paralelismo formal, modo e tempo verbal, entre outras) e três variáveis sociais (sexo/gênero, faixa etária e grau de escolaridade) desempenharam um papel significativo na variação pronominal, confirmando a força dos grupos de fatores linguísticos mais do que os sociais. Análises bem detalhadas confirmaram que grupos aparentemente não muito significativos (por exemplo, ambiguidade morfológica) ganham relevância quando se fazem análises deles interagindo com outros fatores. Com efeito, os resultados obtidos apontaram não somente para a existência de semelhanças com o espanhol caribenho em relação à expressão e posição do sujeito pronominal, mas também em relação aos grupos de fatores mais significativos e específicos que parecem ser mais recorrentes nos dialetos caribenhos. Ressalte-se ainda que os resultados também apontaram para uma considerável convergência com o comportamento dos diferentes dialetos do espanhol, o que parece um indício significativo de superação de limites dialetais.
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A amostra esteve constituída por gravações de 18 informantes para cada corpus sociolinguístico (Barranquilla, Cartagena e Valledupar), que compõem a variedade falada no caribe colombiano, coletados com base na metodologia do PRESEEA (MORENO, 1996). Uma vez definido o envelope da variação, codificaram-se 7595 ocorrências para testar 15 variáveis independentes, onze das quais linguísticas (pessoa, número e especificidade do sujeito; paralelismo formal; modo; tempo verbal; progressividade; morfologia verbal; ambiguidade; tipo de oração; correferencialidade; turno da fala; classe semântica do verbo) e quatro sociais (faixa etária; sexo/gênero do falante; grau de escolaridade; subvariedade dialetal). Além disso, testou-se a variável independente posição pronominal, para saber quais fatores linguísticos e sociais determinam também a posposição. A análise quantitativa foi realizada mediante o uso do programa Goldvarb X (SANKOFF; TAGLIAMONTE; SMITH, 2005) e Rbrul (JOHNSON, 2009, 2019). Os resultados de expressão pronominal de 41,9%, a baixa posposição pronominal e os altos índices percentuais das duas primeiras pessoas do singular revelaram que a variedade do Caribe colombiano integra, no que tange a esse fenômeno, o grande dialeto conhecido por espanhol caribenho. A análise multivariada mostrou que diversas variáveis linguísticas (por exemplo, pessoa, número e especificidade, correferencialidade, paralelismo formal, modo e tempo verbal, entre outras) e três variáveis sociais (sexo/gênero, faixa etária e grau de escolaridade) desempenharam um papel significativo na variação pronominal, confirmando a força dos grupos de fatores linguísticos mais do que os sociais. Análises bem detalhadas confirmaram que grupos aparentemente não muito significativos (por exemplo, ambiguidade morfológica) ganham relevância quando se fazem análises deles interagindo com outros fatores. Com efeito, os resultados obtidos apontaram não somente para a existência de semelhanças com o espanhol caribenho em relação à expressão e posição do sujeito pronominal, mas também em relação aos grupos de fatores mais significativos e específicos que parecem ser mais recorrentes nos dialetos caribenhos. Ressalte-se ainda que os resultados também apontaram para uma considerável convergência com o comportamento dos diferentes dialetos do espanhol, o que parece um indício significativo de superação de limites dialetais.Pese a la amplia bibliografía sobre la expresión del sujeto pronominal, como resultado de las diferentes investigaciones sobre diferentes dialectos en Hispanoamérica, EEUU e España, se encuentran escasos trabajos sobre dos variedades lingüísticas colombianas. Tomando como fundamento teórico la Teoría de la variación y cambio lingüístico (LABOV, [1972] 2008), el objetivo de este trabajo fue analizar la expresión del pronombre personal sujeto en el español hablado en el Caribe colombiano, para determinar qué factores lingüísticos e extralingüísticos favorecen su uso variable. La muestra estuvo constituida por grabaciones de 18 informantes por cada corpus sociolingüístico (Barranquilla, Cartagena e Valledupar), que conforman la variedad hablada en el Caribe colombiano, recolectados con base en la metodología del PRESEEA (MORENO, 1996). Una vez definido el contexto variable, se codificaron 7595 casos para verificar la influencia de 15 variables independientes, once lingüísticas (persona, número y especificidad del sujeto, perseverancia, modo verbal, tiempo verbal, progresividad, morfología verbal, ambigüedad morfológica, tipo de oración, correfencialidad, turno de habla, clase semántica del verbo) y cuatro sociales (edad, sexo/género, nivel de instrucción y dialecto). Además, se analizó la variable independiente posición pronominal, para saber cuáles factores lingüísticos y sociales determinan también la posposición. El análisis cuantitativo se realizó con el programa Goldvarb X (SANKOFF; TAGLIAMONTE; SMITH, 2005) y Rbrul (JOHNSON, 2009, 2019). La tasa de expresión pronominal de 41,9%, la baja posposición pronominal y los elevados porcentajes de las dos primeras personas del singular revelaron que la variedad del Caribe colombiano hace parte la variedad conocida como español caribeño. El análisis multivariado demostró que diversas variables lingüísticas (por ejemplo, persona, número y especificidad del sujeto, correfencialidad, perseverancia, modo verbal e tiempo verbal, entre otras) y tres sociales (sexo/género, nivel de instrucción, edad) juegan un papel significativo en la variación pronominal, confirmando la fuerza de los grupos de factores lingüísticos mucho más que los sociales. Análisis más detallados confirmaron que los grupos aparentemente poco significativos (ambigüedad morfológica, por ejemplo) adquieren bastante relevancia cuando se cruzan con otros factores. En efecto, los resultados obtenidos apuntalan no solo para la existencia de semejanzas con el español caribeño en cuanto a tasas y posición del sujeto pronominal, sino también en relación a los grupos de factores más significativos y específicos que parecen ser más constantes en los dialectos caribeños. Se subraya además que los resultados también apuntalan para una considerable convergencia con el comportamiento de diferentes variedades del español, lo que parece un indicio significativo de superación de límites dialectales.Asociación Universitaria Iberoamericana de Postgrado (AIUP)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Camacho, Roberto Gomes [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Pérez Córdoba, Alder Luis2019-09-24T18:22:31Z2019-09-24T18:22:31Z2019-08-07info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/18359600092537433004153069P5porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-01-28T06:52:21Zoai:repositorio.unesp.br:11449/183596Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-01-28T06:52:21Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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