Entre o compasso e descompasso das frentes pioneiras paulistas: formação do território brasileiro e o pensamento geográfico de Pierre Monbeig

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rodrigues, Guilherme Caruso [UNESP]
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/154444
Resumo: Resumo O presente trabalho se propõe a analisar os processos geo-históricos que estavam e estão envolvidos no pensamento de Pierre Monbeig, sobretudo no que tange a questão das chamadas Frentes Pioneiras. Considerando o fato da consolidação da Geografia no Brasil com um caráter acadêmico-científico. Por isso, passava o Brasil por um processo de modernização intensificando suas relações com a chamada economia-mundo, ou seja, com intensificação no país de uma economia já internacionalizada. Assim sendo, a incorporação de espaço natural obedecia ao ritmo do progresso e da modernização. Era preciso superar um país atrasado, a franja pioneira marca os primeiros passos desta superação. Ressalta-se que, muito do pensamento de Monbeig chegava com as características da chamada Escola dos Annales, da França, tentando refazer uma nova forma de interpretação histórica, mas considerando a Geografia Humana crucial para isto, já que conseguia, a Geografia, envolver o tempo “longo” do ambiente natural, como o tempo “rápido” da indústria. Entendendo, assim, que Monbeig tem uma narrativa focada num processo de formação territorial atrelado ao movimento da modernização. Assim, procurou-se trazer para discussão a ocupação das Frentes Pioneiras concebendo-as como um conjunto de práticas espaciais, movidas pela internacionalização da economia capitalista, que almejava novos espaços para acumulação, dessa maneira, resultado de um movimento de objetivação prática sócio-espacial, caracterizadas pela derrubada de matas, implantações de ferrovias, espoliação exacerbada da renda da terra, transformando-se num espaço de representação, já que essas áreas se subordinavam ao grande capital internacional. Dentro desse contexto, propõe-se como discussão a relação dessas áreas consideradas pioneiras com sua colonização e acumulação dentre de um forte arcabouço ideológico.
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Assim sendo, a incorporação de espaço natural obedecia ao ritmo do progresso e da modernização. Era preciso superar um país atrasado, a franja pioneira marca os primeiros passos desta superação. Ressalta-se que, muito do pensamento de Monbeig chegava com as características da chamada Escola dos Annales, da França, tentando refazer uma nova forma de interpretação histórica, mas considerando a Geografia Humana crucial para isto, já que conseguia, a Geografia, envolver o tempo “longo” do ambiente natural, como o tempo “rápido” da indústria. Entendendo, assim, que Monbeig tem uma narrativa focada num processo de formação territorial atrelado ao movimento da modernização. Assim, procurou-se trazer para discussão a ocupação das Frentes Pioneiras concebendo-as como um conjunto de práticas espaciais, movidas pela internacionalização da economia capitalista, que almejava novos espaços para acumulação, dessa maneira, resultado de um movimento de objetivação prática sócio-espacial, caracterizadas pela derrubada de matas, implantações de ferrovias, espoliação exacerbada da renda da terra, transformando-se num espaço de representação, já que essas áreas se subordinavam ao grande capital internacional. Dentro desse contexto, propõe-se como discussão a relação dessas áreas consideradas pioneiras com sua colonização e acumulação dentre de um forte arcabouço ideológico.The present research project proposes to analyze the geo-historical processes that were and are involved in the thinking of Pierre Monbeig, especially in what concerns the question of the so-called Fronts Pioneers. Considering the fact of the consolidation of Geography in Brazil with an academic-scientific character. For this reason, Brazil underwent a process of modernization intensifying its relations with the so-called world-economy, that is, with intensification in the country of an already internationalized economy. Thus, the incorporation of natural space obeyed the pace of progress and modernization. It was necessary to overcome a backward country, the pioneering fringe marks the first steps of this overcoming. It is noteworthy that much of Monbeig's thought came with the characteristics of the so-called School of the Annales of France, attempting to remake a new form of historical interpretation, but considering the Human Geography crucial for this, since it time "of the natural environment, such as the" fast "time of the industry. Understanding, therefore, that Monbeig has a narrative focused on a process of territorial formation linked to the modernization movement. Thus, we sought to bring into discussion the occupation of the Pioneer Fronts by designing them as a set of spatial practices, driven by the internationalization of the capitalist economy, which sought new spaces for accumulation, in this way, the result of a movement of socio-spatial practical objectification , characterized by the overthrow of forests, railroad deployments, exacerbation of the income of the land, becoming a space of representation, since these areas were subordinated to the great international capital. Within this context, it is proposed as a discussion the relation of these areas considered pioneers with their colonization and accumulation within a strong ideological framework.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Godoy, Paulo Roberto Teixeira de [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Rodrigues, Guilherme Caruso [UNESP]2018-07-04T16:27:16Z2018-07-04T16:27:16Z2018-05-07info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/15444400090571633004137004P01261343433877358porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2023-10-27T06:09:56Zoai:repositorio.unesp.br:11449/154444Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T16:10:20.691658Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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