Pesquisa de Leishmania em testiculo de gatos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Isadora de
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Wajima, Natielle Rodrigues [UNESP], Março, Karen Santos [UNESP], Frigério, Edenilson Doná [UNESP], Pellissari, Maria Cecília Clarindo [UNESP], Machado, Gisele Fabrino [UNESP]
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/243432
Resumo: Introdução: A leishmaniose visceral é uma doença zoonótica considerada endêmica no Brasil e os cães são considerados os principais reservatórios desta em zonas urbanas. Contudo, os gatos vêm se destacando como possíveis reservatórios da doença. A transmissão da leishmaniose aos hospedeiros definitivos se dá principalmente pela picada de flebotomíneos (Lutzomyia). Outras formas de transmissão, como a venérea, vêm sendo relatadas em cães. Embora existam relatos sobre a infecção de felinos, as manifestações clínicas da leishmaniose são raras nesta espécie. O papel dos gatos na epidemiologia da doença ainda é motivo de debate, e são raras as descrições de alterações morfológicas em tecidos de animais assintomáticos. Objetivos: Verificar a presença de amastigotas e lesões inflamatórias em testículos de gatos. Métodos: Foram avaliados cortes histológicos de 17 gatos com sorologia positiva para leishmaniose visceral na RIFI (positivo>1/40) corados com hematoxilina-eosina (HE). O infiltrado inflamatório nos órgãos foi classificado em granulomatoso ou não granulomatoso conforme o predomínio de células inflamatórias, e a intensidade do infiltrado inflamatório foi classificada em ausente, discreto, moderado ou intenso. Resultados: Em cortes corados com HE não foram encontradas amastigotas em testículos e epidídimos. Contudo, cinco dos 17 gatos avaliados apresentaram inflamação no testículo e ou epidídimo com composição celular semelhante à observada em cães com leishmaniose. Sendo que um gato apresentou orquite não granulomatosa de grau discreto; dois apresentaram epididimite não granulomatosa discreta (Figura 1B e Figura 1C); um apresentou orquite e epididimite não granulomatosas de grau discreto e um apresentou orquite não granulomatosa de grau moderado e epididimite não granulomatosa de grau discreto (Figura 1A). Conclusão: A presença de lesões inflamatórias no trato genital de gatos machos positivos no RIFI sugerem que, semelhante ao observado em cães, o parasito pode estar presente neste local. Outras técnicas mais sensíveis precisam ser utilizadas para melhor investigar esta hipótese.
id UNSP_21bde140c6743a71d4d364af1c49bb98
oai_identifier_str oai:repositorio.unesp.br:11449/243432
network_acronym_str UNSP
network_name_str Repositório Institucional da UNESP
repository_id_str 2946
spelling Pesquisa de Leishmania em testiculo de gatosLeishmania infantumHistopatologiaFelis catusIntrodução: A leishmaniose visceral é uma doença zoonótica considerada endêmica no Brasil e os cães são considerados os principais reservatórios desta em zonas urbanas. Contudo, os gatos vêm se destacando como possíveis reservatórios da doença. A transmissão da leishmaniose aos hospedeiros definitivos se dá principalmente pela picada de flebotomíneos (Lutzomyia). Outras formas de transmissão, como a venérea, vêm sendo relatadas em cães. Embora existam relatos sobre a infecção de felinos, as manifestações clínicas da leishmaniose são raras nesta espécie. O papel dos gatos na epidemiologia da doença ainda é motivo de debate, e são raras as descrições de alterações morfológicas em tecidos de animais assintomáticos. Objetivos: Verificar a presença de amastigotas e lesões inflamatórias em testículos de gatos. Métodos: Foram avaliados cortes histológicos de 17 gatos com sorologia positiva para leishmaniose visceral na RIFI (positivo>1/40) corados com hematoxilina-eosina (HE). O infiltrado inflamatório nos órgãos foi classificado em granulomatoso ou não granulomatoso conforme o predomínio de células inflamatórias, e a intensidade do infiltrado inflamatório foi classificada em ausente, discreto, moderado ou intenso. Resultados: Em cortes corados com HE não foram encontradas amastigotas em testículos e epidídimos. Contudo, cinco dos 17 gatos avaliados apresentaram inflamação no testículo e ou epidídimo com composição celular semelhante à observada em cães com leishmaniose. Sendo que um gato apresentou orquite não granulomatosa de grau discreto; dois apresentaram epididimite não granulomatosa discreta (Figura 1B e Figura 1C); um apresentou orquite e epididimite não granulomatosas de grau discreto e um apresentou orquite não granulomatosa de grau moderado e epididimite não granulomatosa de grau discreto (Figura 1A). Conclusão: A presença de lesões inflamatórias no trato genital de gatos machos positivos no RIFI sugerem que, semelhante ao observado em cães, o parasito pode estar presente neste local. Outras técnicas mais sensíveis precisam ser utilizadas para melhor investigar esta hipótese.Versão final do editorCentro Universitário Católico Salesiano Auxilium Araçatuba (UNISALESIANO), Araçatuba, SP, BrasilUniversidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Medicina Veterinária (FMV), Araçatuba, SP, BrasilUNESPUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Oliveira, Isadora deWajima, Natielle Rodrigues [UNESP]Março, Karen Santos [UNESP]Frigério, Edenilson Doná [UNESP]Pellissari, Maria Cecília Clarindo [UNESP]Machado, Gisele Fabrino [UNESP]2023-05-15T20:10:06Z2023-05-15T20:10:06Z2021info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObjectapplication/pdfIn: SIMPÓSIO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL, 12.; SEMANA DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA, 20., 2021, Araçatuba. Anais... Araçatuba: UNESP, 2021. 2 p.http://hdl.handle.net/11449/2434320106730826211344701031733526661906874198211340797590013760768797677278638984530303104055581256340000-0003-2287-36220000-0002-6312-95790000-0001-7701-6375porAnaisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-09-04T18:04:37Zoai:repositorio.unesp.br:11449/243432Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestrepositoriounesp@unesp.bropendoar:29462024-09-04T18:04:37Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
dc.title.none.fl_str_mv Pesquisa de Leishmania em testiculo de gatos
title Pesquisa de Leishmania em testiculo de gatos
spellingShingle Pesquisa de Leishmania em testiculo de gatos
Oliveira, Isadora de
Leishmania infantum
Histopatologia
Felis catus
title_short Pesquisa de Leishmania em testiculo de gatos
title_full Pesquisa de Leishmania em testiculo de gatos
title_fullStr Pesquisa de Leishmania em testiculo de gatos
title_full_unstemmed Pesquisa de Leishmania em testiculo de gatos
title_sort Pesquisa de Leishmania em testiculo de gatos
author Oliveira, Isadora de
author_facet Oliveira, Isadora de
Wajima, Natielle Rodrigues [UNESP]
Março, Karen Santos [UNESP]
Frigério, Edenilson Doná [UNESP]
Pellissari, Maria Cecília Clarindo [UNESP]
Machado, Gisele Fabrino [UNESP]
author_role author
author2 Wajima, Natielle Rodrigues [UNESP]
Março, Karen Santos [UNESP]
Frigério, Edenilson Doná [UNESP]
Pellissari, Maria Cecília Clarindo [UNESP]
Machado, Gisele Fabrino [UNESP]
author2_role author
author
author
author
author
dc.contributor.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.contributor.author.fl_str_mv Oliveira, Isadora de
Wajima, Natielle Rodrigues [UNESP]
Março, Karen Santos [UNESP]
Frigério, Edenilson Doná [UNESP]
Pellissari, Maria Cecília Clarindo [UNESP]
Machado, Gisele Fabrino [UNESP]
dc.subject.por.fl_str_mv Leishmania infantum
Histopatologia
Felis catus
topic Leishmania infantum
Histopatologia
Felis catus
description Introdução: A leishmaniose visceral é uma doença zoonótica considerada endêmica no Brasil e os cães são considerados os principais reservatórios desta em zonas urbanas. Contudo, os gatos vêm se destacando como possíveis reservatórios da doença. A transmissão da leishmaniose aos hospedeiros definitivos se dá principalmente pela picada de flebotomíneos (Lutzomyia). Outras formas de transmissão, como a venérea, vêm sendo relatadas em cães. Embora existam relatos sobre a infecção de felinos, as manifestações clínicas da leishmaniose são raras nesta espécie. O papel dos gatos na epidemiologia da doença ainda é motivo de debate, e são raras as descrições de alterações morfológicas em tecidos de animais assintomáticos. Objetivos: Verificar a presença de amastigotas e lesões inflamatórias em testículos de gatos. Métodos: Foram avaliados cortes histológicos de 17 gatos com sorologia positiva para leishmaniose visceral na RIFI (positivo>1/40) corados com hematoxilina-eosina (HE). O infiltrado inflamatório nos órgãos foi classificado em granulomatoso ou não granulomatoso conforme o predomínio de células inflamatórias, e a intensidade do infiltrado inflamatório foi classificada em ausente, discreto, moderado ou intenso. Resultados: Em cortes corados com HE não foram encontradas amastigotas em testículos e epidídimos. Contudo, cinco dos 17 gatos avaliados apresentaram inflamação no testículo e ou epidídimo com composição celular semelhante à observada em cães com leishmaniose. Sendo que um gato apresentou orquite não granulomatosa de grau discreto; dois apresentaram epididimite não granulomatosa discreta (Figura 1B e Figura 1C); um apresentou orquite e epididimite não granulomatosas de grau discreto e um apresentou orquite não granulomatosa de grau moderado e epididimite não granulomatosa de grau discreto (Figura 1A). Conclusão: A presença de lesões inflamatórias no trato genital de gatos machos positivos no RIFI sugerem que, semelhante ao observado em cães, o parasito pode estar presente neste local. Outras técnicas mais sensíveis precisam ser utilizadas para melhor investigar esta hipótese.
publishDate 2021
dc.date.none.fl_str_mv 2021
2023-05-15T20:10:06Z
2023-05-15T20:10:06Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/conferenceObject
format conferenceObject
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv In: SIMPÓSIO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL, 12.; SEMANA DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA, 20., 2021, Araçatuba. Anais... Araçatuba: UNESP, 2021. 2 p.
http://hdl.handle.net/11449/243432
0106730826211344
7010317335266619
0687419821134079
7590013760768797
6772786389845303
0310405558125634
0000-0003-2287-3622
0000-0002-6312-9579
0000-0001-7701-6375
identifier_str_mv In: SIMPÓSIO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL, 12.; SEMANA DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA, 20., 2021, Araçatuba. Anais... Araçatuba: UNESP, 2021. 2 p.
0106730826211344
7010317335266619
0687419821134079
7590013760768797
6772786389845303
0310405558125634
0000-0003-2287-3622
0000-0002-6312-9579
0000-0001-7701-6375
url http://hdl.handle.net/11449/243432
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv Anais
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv UNESP
publisher.none.fl_str_mv UNESP
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UNESP
instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron:UNESP
instname_str Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron_str UNESP
institution UNESP
reponame_str Repositório Institucional da UNESP
collection Repositório Institucional da UNESP
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)
repository.mail.fl_str_mv repositoriounesp@unesp.br
_version_ 1810021420375212032