Influência do tratamento anti-helmíntico e da suplementação no desempenho de bezerros nelore no período pós-desmame

• Autor(a) principal: Fachiolli, Daniele Floriano [UNESP]
• Data de Publicação: 2016
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/138152
• topic: Bovinos; Estresse; Ganho de peso e parasitismo; Cattle; Stress; Weight gain and parasitism

Atualmente na pecuária de corte as infecções causadas por parasitos gastrintestinais são um importante problema encontrado, associado ao estresse do desmame pode acarretar prejuízos devido ao menor desempenho e a maior susceptibilidade dos bezerros às doenças e parasitoses nesta fase de vida. O objetivo do trabalho foi avaliar os efeitos do tratamento anti-helmíntico e da suplementação em bezerros da raça Nelore no período pós-desmame, pelo grau de verminose, análises hematológicas e seu desempenho, bem como avaliar a viabilidade financeira. Foram utilizados 100 bezerros contemporâneos da raça Nelore, com peso médio de 173,9 kg, divididos em quatro grupos de 25 animais cada, sendo 13 machos e 12 fêmeas. Os grupos receberam os tratamentos: G1) Ração e anti-helmíntico; G2) Ração; G3) Suplementação proteica e anti-helmíntico; G4) Suplementação proteica. Foram realizadas: análise coprológica (ovos por grama de fezes, coprocultura), análise sanguínea observação dos padrões hematológicos (volume globular, proteína plasmática total e eosinófilos) e desempenho produtivo por meio do ganho de peso. Também foi realizada análise de custo conforme os gastos obtidos, calculando a viabilidade financeira dos diferentes grupos. Os dados foram analisados com o auxilio do software Minitab - Versão 17. Os resultados mostram que as fêmeas e os machos que receberam ração com tratamento anti-helmíntico apresentaram maior ganho de peso. Nas fêmeas, foi observada diferença significativa na contagem de ovos por grama de fezes somente entre os grupos 2 e 3, já nos machos foi observado diferença dos animais que receberam tratamento anti-helmíntico (G1 e G3) e ração (G2) tiveram um OPG inferior em relação ao grupo que recebeu apenas suplementação mineral proteica (G4). Para os valores médios do volume globular, proteína plasmática total e contagem dos eosinófilos não foram observados efeitos significativos. Fêmeas do grupo 3 e os machos do grupo 1 apresentaram maior rentabilidade, e quando analisado o custo do quilo de peso vivo produzido, as fêmeas e os machos que receberam ração e anti-helmíntico apresentam menor custo. Conclui-se que a suplementação mineral proteica não foi suficiente para reduzir a carga parasitária, apresentando desempenho semelhante aos animais que recebem também o tratamento anti-helmíntico. Suplementação com concentrado proporciona maior aporte nutricional nos bezerros, impedindo a implantação dos helmintos gastrintestinais e aumentando seu desempenho, sendo ou não tratados com anti-helmíntico. A suplementação e o uso de anti-helmíntico não influenciaram nos padrões hematológicos em função dos tratamentos. No entanto, economicamente, o uso de anti-helmíntico ainda é viável neste período de pós-desmame, tendo apresentado maior rentabilidade associado à suplementação com concentrado nos machos e suplementação mineral proteica nas fêmeas. Bezerros machos respondem melhor aos investimentos, quando comparado às fêmeas, devido ao seu maior valor de mercado e maior potencial de desempenho.