Estudo sobre os decápodes anomuros Aegla castro Schmitt, 1942 (Crustacea: Aeglidae) nas bacias do Paranapanema e Tibagi: trata-se de um táxon amplamente distribuído ou de um complexo de espécies crípticas?
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/156014 |
Resumo: | A diversidade do gênero Aegla endêmico do Sul da América do Sul tem aumentado com as revisões taxonômicas atuais e o avanço de análises genéticas. A existência de uma diversidade oculta relatada como complexo de espécies crípticas para táxon com uma ampla distribuição geográfica é investigada aqui para A. castro. Para isso, a ultraestrutura do espermatozóide (espermiotaxonomia) foi descrita (para A. castro e dois grupos externos) assim como a revisão taxonômica do holótipo e parátipos de A. castro depositados no Smithsonian Institution em Washington DC e espécimes coletados na localidade tipo e em outras localidades de sua distribuição geográfica. As coletas foram realizadas em União da Vitória, Ponta Grossa, Castro, Tibagi e Mauá da Serra no estado do Paraná e em Intervales e Itatinga no estado de São Paulo. Armadilhas com isca foram utilizadas assim como a coleta manual foi realizada. Dois formatos gerais de espermatozoides foram identificados: o irregular e o esférico com os dois hemisférios (citoplasma e núcleo) separados por uma membrana. Não foi encontrada uma morfologia distinta para cada espécie, no entanto, foi possível determinar ao menos três padrões da morfologia do espermatozoide 1) esférico com um acrossomo curto, 2) irregular com um acrossomo longo e lobulado e 3) irregular com um acrossomo curto. Isso significa que mesmo em espécies diferentes um mesmo padrão de morfologia do espermatozoide pode ser encontrado. Esses resultados suportam a exclusão de Aeglidae da superfamília Galatheoidea e está de acordo com a informação prévia de não evidência de espermatóforo nesse grupo. Foi notável o pequeno número de espermatozoides observados nas espécies estudadas. Em relação a taxonomia, A. castro é redescrita e de todas as regiões apenas a região de Castro possui morfologia semelhante a espécie tipo, sendo as demais distintas. Essas informações são importantes uma vez que essas espécies são sensíveis a degradação ambiental e atualmente ao menos 31 espécies estão ameaçadas de extinção. |
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Estudo sobre os decápodes anomuros Aegla castro Schmitt, 1942 (Crustacea: Aeglidae) nas bacias do Paranapanema e Tibagi: trata-se de um táxon amplamente distribuído ou de um complexo de espécies crípticas?Study on decapods anomuran Aegla castro Schmitti, 1942 (Crustacea: Aeglidae) in the Paranapanema and Tibagi basins: Does A. castro form a widely distributed taxon or a complex of cryptic species?espermiotaxonomiaconservaçãotaxonomiaespécies ameaçadasA diversidade do gênero Aegla endêmico do Sul da América do Sul tem aumentado com as revisões taxonômicas atuais e o avanço de análises genéticas. A existência de uma diversidade oculta relatada como complexo de espécies crípticas para táxon com uma ampla distribuição geográfica é investigada aqui para A. castro. Para isso, a ultraestrutura do espermatozóide (espermiotaxonomia) foi descrita (para A. castro e dois grupos externos) assim como a revisão taxonômica do holótipo e parátipos de A. castro depositados no Smithsonian Institution em Washington DC e espécimes coletados na localidade tipo e em outras localidades de sua distribuição geográfica. As coletas foram realizadas em União da Vitória, Ponta Grossa, Castro, Tibagi e Mauá da Serra no estado do Paraná e em Intervales e Itatinga no estado de São Paulo. Armadilhas com isca foram utilizadas assim como a coleta manual foi realizada. Dois formatos gerais de espermatozoides foram identificados: o irregular e o esférico com os dois hemisférios (citoplasma e núcleo) separados por uma membrana. Não foi encontrada uma morfologia distinta para cada espécie, no entanto, foi possível determinar ao menos três padrões da morfologia do espermatozoide 1) esférico com um acrossomo curto, 2) irregular com um acrossomo longo e lobulado e 3) irregular com um acrossomo curto. Isso significa que mesmo em espécies diferentes um mesmo padrão de morfologia do espermatozoide pode ser encontrado. Esses resultados suportam a exclusão de Aeglidae da superfamília Galatheoidea e está de acordo com a informação prévia de não evidência de espermatóforo nesse grupo. Foi notável o pequeno número de espermatozoides observados nas espécies estudadas. Em relação a taxonomia, A. castro é redescrita e de todas as regiões apenas a região de Castro possui morfologia semelhante a espécie tipo, sendo as demais distintas. Essas informações são importantes uma vez que essas espécies são sensíveis a degradação ambiental e atualmente ao menos 31 espécies estão ameaçadas de extinção.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Castilho, Antonio Leão [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Wolf, Milena Regina [UNESP]2018-09-18T17:05:01Z2018-09-18T17:05:01Z2018-03-02info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/15601400090793533004064012P8enginfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2023-12-01T06:13:51Zoai:repositorio.unesp.br:11449/156014Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T19:13:25.782288Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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