Interação entre auxina e etileno nas respostas do tomateiro à deficiência de ferro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Monteiro, Carolina Cristina [UNESP]
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/144586
Resumo: As alterações morfológicas e bioquímicas das plantas sob deficiência de Fe são muito importantes para a sobrevivência em ambientes limitantes de Fe, sendo que estas alterações são controladas pela auxina e o etileno. Entretanto, a interação desses dois fitormônios nas respostas à deficiência de Fe ainda é pouco conhecida. Para isso, o presente estudo avaliou respostas morfológicas, bioquímicas e de qRT-PCR em mutantes hormonais de tomateiro, sendo eles mutantes em baixa sensibilidade à auxina (dgt, AUX-) e baixa sensibilidade ao etileno (Nr, ET-) e superprodução de etileno (epi, ET+) e seus duplos mutantes (Nr dgt e epi dgt), bem como o controle Micro-Tom (MT), submetidos à de Fe. As plantas foram germinadas e transplantadas para vasos com solução nutritiva completa até aclimatação, e posteriormente o Fe foi retirado da solução em 50% dos vasos. Os tempos estudados foram T0 - quando ainda todas as plantas estavam com Fe, T1 – com quatro dias sem Fe, e T2 – com 24 dias sem Fe. O delineamento experimental foi em blocos casualizados (DBC) com seis genótipos (MT, dgt, Nr, epi, Nr dgt e epi dgt) e dois tratamentos (com e sem Fe), com três repetições (n=3), utilizando a análise de variância (ANOVA) e o Teste de Média (Duncan) a 5% de probabilidade. Nos resultados morfológicos da raiz, como comprimento, densidade, diâmetro, área e massa de matéria seca da raiz, pode-se observar que a auxina apresentou respostas epistáticas sobre o etileno. Contudo, para as análises bioquímicas no sistema radicular e na parte aérea, como clorofilas totais, enzimas antioxidantes (SOD, CAT e APX), conteúdo de H2O2 e MDA, o efeito do tempo de exposição à ausência de Fe manifestaram outros tipos de interação, como a aditiva e a sinergística, mostrando vias independentes da ação da auxina e etileno para essas respostas. Já para os níveis de transcritos do gene da redutase férrica (SlFRO1), foi possível identificar a interação sinergística entre auxina e etileno, proporcionando aumento da expressão nos duplos mutantes em relação aos simples mutantes. Contudo, para o transportador de Fe da membrana da raiz (SlIRT1), o Nr dgt apresentou interação aditiva e o epi dgt apresentou efeito epistático do epi sobre o dgt. Com esses resultados, pode-se concluir que existe a interação entre auxina e etileno nas respostas à deficiência de Fe em tomateiro, e é dependente do tempo de exposição à deficiência bem como do órgão analisado.
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