Atendimento uroginecológico no ambulatório de fisioterapia da FCT/UNESP campus de Presidente Prudente, em mulheres com quadro de incontinência urinária

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bianchui, Renata Rocha [UNESP]
Data de Publicação: 2005
Outros Autores: Silva, Patrícia Ebersbach [UNESP], Araújo, Edna Maria do Carmo [UNESP]
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://www.unesp.br/proex/programas/pcct_3congresso.php
http://hdl.handle.net/11449/143608
Resumo: Incontinência urinária (IU) é definida pela Sociedade Internacional de Continência (ICS) como a perda involuntária de urina objetivamente demonstrada, podendo causar problemas de ordem social ou de higiene. A IU é um problema que acarreta desconforto e constrangimento, além de gerar alta morbidade por afetar os níveis psicológico, ocupacional, doméstico, físico e até mesmo o desempenho sexual. Este projeto tem por objetivo orientar, avaliar e oferecer tratamento a mulheres incontinentes, divulgar este trabalho e aumentar o número de atendimentos no setor de Fisioterapia da FCT/ UNESP. Atendemos cinco mulheres incontinentes previamente avaliadas por meio de questionário e exame físico. Nosso atendimento constitui-se de duas sessões semanais, às segundas e sextas-feiras, com duração de uma hora cada. O tratamento utiliza-se da eletroestimulação endovaginal através do aparelho DUALPEX®, onde se aplicam as correntes para reforço muscular, despertar períneo e inibidor do detrusor. Utilizamos também o miofeedback PERINA® que nos indica o grau da força muscular e a forma da contração exercida pela paciente e os cones vaginais associados à cinesioterapia (exercícios pélvicos de Kegel). Cada paciente possui seu próprio eletrodo endovaginal, devidamente limpo e desinfetado a cada sessão com Lethaldeído. Os equipamentos de uso comum são lavados e protegidos com preservativos para evitar contaminações. Luvas e outras formas de proteção pessoal são utilizadas de modo a manter a higiene, assepsia e a integridade da paciente durante o tratamento. Os resultados parciais mostram: 1) o tratamento proposto tem melhorado e contribuído para a qualidade de vida de mulheres incontinentes encaminhadas ao setor de Fisioterapia, 2) houve aumento no grau de força muscular e redução na perda miccional avaliados pela evolução das pacientes e pelo relato das mesmas quanto a perda urinária e 3) aumento da divulgação do tratamento na classe médica e na sociedade. A fisioterapia uroginecológica, enquanto tratamento conservador, é de importância fundamental na reeducação da musculatura perineal e na melhora da qualidade de vida de mulheres que sofrem de incontinência urinária. Os resultados são positivos, evitando muitas vezes as intervenções cirúrgicas e ainda minimizando sintomas naquelas pacientes que apresentam recidivas após o tratamento cirúrgico. Nossas pacientes têm se mostrado satisfeitas com o atendimento e relatam melhoras quanto a perda urinária, portanto, este projeto deve ter continuidade e mais estudos devem ser realizados para que os mecanismos neurofisiológicos da incontinência sejam explorados em detalhes.
id UNSP_249813bd6129c60892f1e26d4a2d3c4a
oai_identifier_str oai:repositorio.unesp.br:11449/143608
network_acronym_str UNSP
network_name_str Repositório Institucional da UNESP
repository_id_str 2946
spelling Atendimento uroginecológico no ambulatório de fisioterapia da FCT/UNESP campus de Presidente Prudente, em mulheres com quadro de incontinência urináriaIncontinência urinária (IU) é definida pela Sociedade Internacional de Continência (ICS) como a perda involuntária de urina objetivamente demonstrada, podendo causar problemas de ordem social ou de higiene. A IU é um problema que acarreta desconforto e constrangimento, além de gerar alta morbidade por afetar os níveis psicológico, ocupacional, doméstico, físico e até mesmo o desempenho sexual. Este projeto tem por objetivo orientar, avaliar e oferecer tratamento a mulheres incontinentes, divulgar este trabalho e aumentar o número de atendimentos no setor de Fisioterapia da FCT/ UNESP. Atendemos cinco mulheres incontinentes previamente avaliadas por meio de questionário e exame físico. Nosso atendimento constitui-se de duas sessões semanais, às segundas e sextas-feiras, com duração de uma hora cada. O tratamento utiliza-se da eletroestimulação endovaginal através do aparelho DUALPEX®, onde se aplicam as correntes para reforço muscular, despertar períneo e inibidor do detrusor. Utilizamos também o miofeedback PERINA® que nos indica o grau da força muscular e a forma da contração exercida pela paciente e os cones vaginais associados à cinesioterapia (exercícios pélvicos de Kegel). Cada paciente possui seu próprio eletrodo endovaginal, devidamente limpo e desinfetado a cada sessão com Lethaldeído. Os equipamentos de uso comum são lavados e protegidos com preservativos para evitar contaminações. Luvas e outras formas de proteção pessoal são utilizadas de modo a manter a higiene, assepsia e a integridade da paciente durante o tratamento. Os resultados parciais mostram: 1) o tratamento proposto tem melhorado e contribuído para a qualidade de vida de mulheres incontinentes encaminhadas ao setor de Fisioterapia, 2) houve aumento no grau de força muscular e redução na perda miccional avaliados pela evolução das pacientes e pelo relato das mesmas quanto a perda urinária e 3) aumento da divulgação do tratamento na classe médica e na sociedade. A fisioterapia uroginecológica, enquanto tratamento conservador, é de importância fundamental na reeducação da musculatura perineal e na melhora da qualidade de vida de mulheres que sofrem de incontinência urinária. Os resultados são positivos, evitando muitas vezes as intervenções cirúrgicas e ainda minimizando sintomas naquelas pacientes que apresentam recidivas após o tratamento cirúrgico. Nossas pacientes têm se mostrado satisfeitas com o atendimento e relatam melhoras quanto a perda urinária, portanto, este projeto deve ter continuidade e mais estudos devem ser realizados para que os mecanismos neurofisiológicos da incontinência sejam explorados em detalhes.Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT)Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Bianchui, Renata Rocha [UNESP]Silva, Patrícia Ebersbach [UNESP]Araújo, Edna Maria do Carmo [UNESP]2016-09-01T13:58:14Z2016-09-01T13:58:14Z2005info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObject188application/pdfhttp://www.unesp.br/proex/programas/pcct_3congresso.phpCONGRESSO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA, 3., 2005, Águas de Lindólia. Anais... São paulo: PROEX; UNESP, 2005. p. 188http://hdl.handle.net/11449/1436082005-188-bianchui.pdfPROEXreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporCongresso de Extensão Universitáriainfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-10-04T06:09:34Zoai:repositorio.unesp.br:11449/143608Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T14:01:37.339860Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
dc.title.none.fl_str_mv Atendimento uroginecológico no ambulatório de fisioterapia da FCT/UNESP campus de Presidente Prudente, em mulheres com quadro de incontinência urinária
title Atendimento uroginecológico no ambulatório de fisioterapia da FCT/UNESP campus de Presidente Prudente, em mulheres com quadro de incontinência urinária
spellingShingle Atendimento uroginecológico no ambulatório de fisioterapia da FCT/UNESP campus de Presidente Prudente, em mulheres com quadro de incontinência urinária
Bianchui, Renata Rocha [UNESP]
title_short Atendimento uroginecológico no ambulatório de fisioterapia da FCT/UNESP campus de Presidente Prudente, em mulheres com quadro de incontinência urinária
title_full Atendimento uroginecológico no ambulatório de fisioterapia da FCT/UNESP campus de Presidente Prudente, em mulheres com quadro de incontinência urinária
title_fullStr Atendimento uroginecológico no ambulatório de fisioterapia da FCT/UNESP campus de Presidente Prudente, em mulheres com quadro de incontinência urinária
title_full_unstemmed Atendimento uroginecológico no ambulatório de fisioterapia da FCT/UNESP campus de Presidente Prudente, em mulheres com quadro de incontinência urinária
title_sort Atendimento uroginecológico no ambulatório de fisioterapia da FCT/UNESP campus de Presidente Prudente, em mulheres com quadro de incontinência urinária
author Bianchui, Renata Rocha [UNESP]
author_facet Bianchui, Renata Rocha [UNESP]
Silva, Patrícia Ebersbach [UNESP]
Araújo, Edna Maria do Carmo [UNESP]
author_role author
author2 Silva, Patrícia Ebersbach [UNESP]
Araújo, Edna Maria do Carmo [UNESP]
author2_role author
author
dc.contributor.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.contributor.author.fl_str_mv Bianchui, Renata Rocha [UNESP]
Silva, Patrícia Ebersbach [UNESP]
Araújo, Edna Maria do Carmo [UNESP]
description Incontinência urinária (IU) é definida pela Sociedade Internacional de Continência (ICS) como a perda involuntária de urina objetivamente demonstrada, podendo causar problemas de ordem social ou de higiene. A IU é um problema que acarreta desconforto e constrangimento, além de gerar alta morbidade por afetar os níveis psicológico, ocupacional, doméstico, físico e até mesmo o desempenho sexual. Este projeto tem por objetivo orientar, avaliar e oferecer tratamento a mulheres incontinentes, divulgar este trabalho e aumentar o número de atendimentos no setor de Fisioterapia da FCT/ UNESP. Atendemos cinco mulheres incontinentes previamente avaliadas por meio de questionário e exame físico. Nosso atendimento constitui-se de duas sessões semanais, às segundas e sextas-feiras, com duração de uma hora cada. O tratamento utiliza-se da eletroestimulação endovaginal através do aparelho DUALPEX®, onde se aplicam as correntes para reforço muscular, despertar períneo e inibidor do detrusor. Utilizamos também o miofeedback PERINA® que nos indica o grau da força muscular e a forma da contração exercida pela paciente e os cones vaginais associados à cinesioterapia (exercícios pélvicos de Kegel). Cada paciente possui seu próprio eletrodo endovaginal, devidamente limpo e desinfetado a cada sessão com Lethaldeído. Os equipamentos de uso comum são lavados e protegidos com preservativos para evitar contaminações. Luvas e outras formas de proteção pessoal são utilizadas de modo a manter a higiene, assepsia e a integridade da paciente durante o tratamento. Os resultados parciais mostram: 1) o tratamento proposto tem melhorado e contribuído para a qualidade de vida de mulheres incontinentes encaminhadas ao setor de Fisioterapia, 2) houve aumento no grau de força muscular e redução na perda miccional avaliados pela evolução das pacientes e pelo relato das mesmas quanto a perda urinária e 3) aumento da divulgação do tratamento na classe médica e na sociedade. A fisioterapia uroginecológica, enquanto tratamento conservador, é de importância fundamental na reeducação da musculatura perineal e na melhora da qualidade de vida de mulheres que sofrem de incontinência urinária. Os resultados são positivos, evitando muitas vezes as intervenções cirúrgicas e ainda minimizando sintomas naquelas pacientes que apresentam recidivas após o tratamento cirúrgico. Nossas pacientes têm se mostrado satisfeitas com o atendimento e relatam melhoras quanto a perda urinária, portanto, este projeto deve ter continuidade e mais estudos devem ser realizados para que os mecanismos neurofisiológicos da incontinência sejam explorados em detalhes.
publishDate 2005
dc.date.none.fl_str_mv 2005
2016-09-01T13:58:14Z
2016-09-01T13:58:14Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/conferenceObject
format conferenceObject
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://www.unesp.br/proex/programas/pcct_3congresso.php
CONGRESSO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA, 3., 2005, Águas de Lindólia. Anais... São paulo: PROEX; UNESP, 2005. p. 188
http://hdl.handle.net/11449/143608
2005-188-bianchui.pdf
url http://www.unesp.br/proex/programas/pcct_3congresso.php
http://hdl.handle.net/11449/143608
identifier_str_mv CONGRESSO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA, 3., 2005, Águas de Lindólia. Anais... São paulo: PROEX; UNESP, 2005. p. 188
2005-188-bianchui.pdf
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv Congresso de Extensão Universitária
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 188
application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.source.none.fl_str_mv PROEX
reponame:Repositório Institucional da UNESP
instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron:UNESP
instname_str Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron_str UNESP
institution UNESP
reponame_str Repositório Institucional da UNESP
collection Repositório Institucional da UNESP
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1808128306159026176