A violência no espaço urbano: uma crítica Benjaminiana. Estudo de caso da cidade de Rio Claro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carneiro, José Gustavo Viégas [UNESP]
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/104474
Resumo: Pensar e planejar a segurança pública brasileira exige reflexões criticas que passem também pelos aportes científicos da Geografia, em especial, do espaço urbano. A cidade é condição e local dos acontecimentos sociais e, portanto, não há crime ou violência que não esteja circunscrito num tempo e território. Os geógrafos da violência circunscreveram seus estudos, basicamente, nas dinâmicas espaciais relacionadas com a pobreza, o desemprego e as segregações sócio-espaciais. São estudos que analisados de forma isolada são insuficientes para, geograficamente, conceituar e verificar se um espaço urbano é violento. A relação espaço urbano com a violência e a criminalidade perpassa por interdisciplinaridade de saberes e, considerando que o conhecimento é processo dinâmico, foi adotado os aportes teóricos do pensamento de Walter Benjamin como catalisador para elaborar uma critica científica da barbárie contemporânea que acontece no cotidiano urbano. A releitura do pensamento benjaminiano, com seu método de montagem de recortes temporais e espaciais, permitiu releituras e reflexões dialéticas do espaço urbano rio-clarense e da sua violência urbana, cujo resultado foi revelar as suas fisiognomias e as fantasmagorias. O perambular pelos locais do crime pode apontar indícios ou elementos geográficos e históricos que os relacionem ao espaço/tempo, suas dinâmicas e redes (sociais, econômicas, políticas, etc.). O flanar pela cidade de Rio Claro contribuiu também para evidenciar que o poder/violência, nas suas formas multidimensionais, na concepção benjaminana, é necessário para instituir/manter a (des)organização do espaço urbano, geralmente, adotando um urbanismo militar que prioriza a exclusão socioambiental. Neste contexto, sistematizamos aportes teóricos geográficos que, no processo do conhecimento, sirvam...
id UNSP_24f758a30c7ce45f843b850290b1cef5
oai_identifier_str oai:repositorio.unesp.br:11449/104474
network_acronym_str UNSP
network_name_str Repositório Institucional da UNESP
repository_id_str 2946
spelling A violência no espaço urbano: uma crítica Benjaminiana. Estudo de caso da cidade de Rio ClaroBenjamin, Walter - 1892-1940GeographyGeografiaViolência urbanaViolencia - Aspectos psicológicosViolencia - Rio Claro (SP)Geografia humanaCriminalidade urbanaArquiteturaEspaço urbanoRio Claro (SP) GeografiaPensar e planejar a segurança pública brasileira exige reflexões criticas que passem também pelos aportes científicos da Geografia, em especial, do espaço urbano. A cidade é condição e local dos acontecimentos sociais e, portanto, não há crime ou violência que não esteja circunscrito num tempo e território. Os geógrafos da violência circunscreveram seus estudos, basicamente, nas dinâmicas espaciais relacionadas com a pobreza, o desemprego e as segregações sócio-espaciais. São estudos que analisados de forma isolada são insuficientes para, geograficamente, conceituar e verificar se um espaço urbano é violento. A relação espaço urbano com a violência e a criminalidade perpassa por interdisciplinaridade de saberes e, considerando que o conhecimento é processo dinâmico, foi adotado os aportes teóricos do pensamento de Walter Benjamin como catalisador para elaborar uma critica científica da barbárie contemporânea que acontece no cotidiano urbano. A releitura do pensamento benjaminiano, com seu método de montagem de recortes temporais e espaciais, permitiu releituras e reflexões dialéticas do espaço urbano rio-clarense e da sua violência urbana, cujo resultado foi revelar as suas fisiognomias e as fantasmagorias. O perambular pelos locais do crime pode apontar indícios ou elementos geográficos e históricos que os relacionem ao espaço/tempo, suas dinâmicas e redes (sociais, econômicas, políticas, etc.). O flanar pela cidade de Rio Claro contribuiu também para evidenciar que o poder/violência, nas suas formas multidimensionais, na concepção benjaminana, é necessário para instituir/manter a (des)organização do espaço urbano, geralmente, adotando um urbanismo militar que prioriza a exclusão socioambiental. Neste contexto, sistematizamos aportes teóricos geográficos que, no processo do conhecimento, sirvam...Thinking and planning the Brazilian public security require critical reflections passing by scientific contributions of the geography, specially the urban space. The city is condition and place of social events and, therefore, there is not crime or violence that is not circumscribed in one time and territory. Geographers of the violence have supported their studies, basically, in the spatial dynamics related to poverty, unemployment and the socio-spatial segregations. They are studies, which analyzed in isolation, are insufficient to geographically conceptualize and verify wheather an urban space is violent. The urban space relationship with urban violence and with criminality pervades by the interdisciplinarity of knowledge, and since knowledge is a dynamic process, it were adopted the theoretical contributions of Walter Benjamin's thought as catalyst to elaborate a scientific critique of contemporary barbarism that happens in everyday urban life. The rereading of Benjaminian's thought, with his method of mounting cutouts temporal and spatial, permitted rereading and dialectical reflections of urban space of Rio Claro city and of its urban violence, which the result was to reveal their fisiognomias and phantasmagoria. The prowl by places of the crime may point geographical and historical indicia or elements that relate them to space / time, their dynamics and networks (social, economic, political, etc.). The stroll through the Rio Claro city contributed also to show that the power/violence in its multidimensional forms, in benjaminian's conception, it is necessary to institute/ maintain the (un) organization of urban space generally adopting a military urbanism that prioritizes socioenvironmental exclusion. In this context, we systematize theoretical geographic contributions that in the process of the knowledge, serve to... (Complete abstract click electronic access below)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Pintaudi, Silvana Maria [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Carneiro, José Gustavo Viégas [UNESP]2014-06-11T19:33:22Z2014-06-11T19:33:22Z2013-04-10info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis299 f. : il., fots., gráfs., mapasapplication/pdfapplication/pdfCARNEIRO, José Gustavo Viégas. A violência no espaço urbano: uma crítica Benjaminiana. Estudo de caso da cidade de Rio Claro. 2013. 299 f. Tese - (doutorado) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Instituto de Geociências e Ciências Exatas de Rio Claro, 2013.http://hdl.handle.net/11449/104474000716691000716691_20330610.pdf33004137004P04077627276866507Alephreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporinfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-10-12T06:11:07Zoai:repositorio.unesp.br:11449/104474Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T14:43:48.216784Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
dc.title.none.fl_str_mv A violência no espaço urbano: uma crítica Benjaminiana. Estudo de caso da cidade de Rio Claro
title A violência no espaço urbano: uma crítica Benjaminiana. Estudo de caso da cidade de Rio Claro
spellingShingle A violência no espaço urbano: uma crítica Benjaminiana. Estudo de caso da cidade de Rio Claro
Carneiro, José Gustavo Viégas [UNESP]
Benjamin, Walter - 1892-1940
Geography
Geografia
Violência urbana
Violencia - Aspectos psicológicos
Violencia - Rio Claro (SP)
Geografia humana
Criminalidade urbana
Arquitetura
Espaço urbano
Rio Claro (SP) Geografia
title_short A violência no espaço urbano: uma crítica Benjaminiana. Estudo de caso da cidade de Rio Claro
title_full A violência no espaço urbano: uma crítica Benjaminiana. Estudo de caso da cidade de Rio Claro
title_fullStr A violência no espaço urbano: uma crítica Benjaminiana. Estudo de caso da cidade de Rio Claro
title_full_unstemmed A violência no espaço urbano: uma crítica Benjaminiana. Estudo de caso da cidade de Rio Claro
title_sort A violência no espaço urbano: uma crítica Benjaminiana. Estudo de caso da cidade de Rio Claro
author Carneiro, José Gustavo Viégas [UNESP]
author_facet Carneiro, José Gustavo Viégas [UNESP]
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Pintaudi, Silvana Maria [UNESP]
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.contributor.author.fl_str_mv Carneiro, José Gustavo Viégas [UNESP]
dc.subject.por.fl_str_mv Benjamin, Walter - 1892-1940
Geography
Geografia
Violência urbana
Violencia - Aspectos psicológicos
Violencia - Rio Claro (SP)
Geografia humana
Criminalidade urbana
Arquitetura
Espaço urbano
Rio Claro (SP) Geografia
topic Benjamin, Walter - 1892-1940
Geography
Geografia
Violência urbana
Violencia - Aspectos psicológicos
Violencia - Rio Claro (SP)
Geografia humana
Criminalidade urbana
Arquitetura
Espaço urbano
Rio Claro (SP) Geografia
description Pensar e planejar a segurança pública brasileira exige reflexões criticas que passem também pelos aportes científicos da Geografia, em especial, do espaço urbano. A cidade é condição e local dos acontecimentos sociais e, portanto, não há crime ou violência que não esteja circunscrito num tempo e território. Os geógrafos da violência circunscreveram seus estudos, basicamente, nas dinâmicas espaciais relacionadas com a pobreza, o desemprego e as segregações sócio-espaciais. São estudos que analisados de forma isolada são insuficientes para, geograficamente, conceituar e verificar se um espaço urbano é violento. A relação espaço urbano com a violência e a criminalidade perpassa por interdisciplinaridade de saberes e, considerando que o conhecimento é processo dinâmico, foi adotado os aportes teóricos do pensamento de Walter Benjamin como catalisador para elaborar uma critica científica da barbárie contemporânea que acontece no cotidiano urbano. A releitura do pensamento benjaminiano, com seu método de montagem de recortes temporais e espaciais, permitiu releituras e reflexões dialéticas do espaço urbano rio-clarense e da sua violência urbana, cujo resultado foi revelar as suas fisiognomias e as fantasmagorias. O perambular pelos locais do crime pode apontar indícios ou elementos geográficos e históricos que os relacionem ao espaço/tempo, suas dinâmicas e redes (sociais, econômicas, políticas, etc.). O flanar pela cidade de Rio Claro contribuiu também para evidenciar que o poder/violência, nas suas formas multidimensionais, na concepção benjaminana, é necessário para instituir/manter a (des)organização do espaço urbano, geralmente, adotando um urbanismo militar que prioriza a exclusão socioambiental. Neste contexto, sistematizamos aportes teóricos geográficos que, no processo do conhecimento, sirvam...
publishDate 2013
dc.date.none.fl_str_mv 2013-04-10
2014-06-11T19:33:22Z
2014-06-11T19:33:22Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv CARNEIRO, José Gustavo Viégas. A violência no espaço urbano: uma crítica Benjaminiana. Estudo de caso da cidade de Rio Claro. 2013. 299 f. Tese - (doutorado) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Instituto de Geociências e Ciências Exatas de Rio Claro, 2013.
http://hdl.handle.net/11449/104474
000716691
000716691_20330610.pdf
33004137004P0
4077627276866507
identifier_str_mv CARNEIRO, José Gustavo Viégas. A violência no espaço urbano: uma crítica Benjaminiana. Estudo de caso da cidade de Rio Claro. 2013. 299 f. Tese - (doutorado) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Instituto de Geociências e Ciências Exatas de Rio Claro, 2013.
000716691
000716691_20330610.pdf
33004137004P0
4077627276866507
url http://hdl.handle.net/11449/104474
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 299 f. : il., fots., gráfs., mapas
application/pdf
application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.source.none.fl_str_mv Aleph
reponame:Repositório Institucional da UNESP
instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron:UNESP
instname_str Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron_str UNESP
institution UNESP
reponame_str Repositório Institucional da UNESP
collection Repositório Institucional da UNESP
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1808128409310593024