Estudo da transição epitélio-mesenquimal na alopecia de padrão feminino

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Merlotto, Maira Renata [UNESP]
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/193621
Resumo: FUNDAMENTOS: Alopecia de padrão feminino (APF) é a principal causa de alopecia em mulheres adultas. Além da predisposição genética e do componente hormonal, a APF apresenta elementos na sua fisiopatologia, ainda não elucidados. O papel de estímulos mesenquimais ao folículo piloso no desenvolvimento da APF não foi investigado sistematicamente. OBJETIVOS: Avaliação dos elementos envolvidos na transição epitélio-mesenquimal da APF: quantificação e caracterização da fibrose, avaliação quantitativa de fibroblastos dérmicos e quantificação do infiltrado CD4 e CD8 perifoliculares. MÉTODOS: Estudo transversal, envolvendo biópsias do couro cabeludo (frontal e occipital) de trinta pacientes do gênero feminino portadoras de APF. As amostras foram processadas para HE, Herovici e imuno-histoquímica (CD4, CD8 e vimentina). No grupo horizontal, com 10 pacientes, foram realizados cortes horizontais, e no grupo longitudinal, com 20 pacientes, cortes longitudinais. As variáveis foram comparadas de acordo com o grupo de folículos (terminal versus miniaturizado) e a gravidade da alopecia, segundo classificação clínica de Sinclair. RESULTADOS: A miniaturização (>10%) dos fios foi identificada tanto na região frontal, quanto occipital dos casos de APF, havendo diferença mais evidente nos casos mais avançados (61% vs 37%; p < 0.001). Houve predomínio do infiltrado CD4 perifolicular, mais intenso nos casos clinicamente mais graves (escore médio 2.9 vs 2.6; p = 0.004), assim como fibrose (escore médio 2.6 vs. 2.1; p = 0.006) e quantidade de fibroblastos (escore médio 2.2 vs. 2.0; p = 0.035). Quanto à estrutura folicular envolvida, CD4, CD8 e fibroblastos apresentaram maiores escores na região do istmo (p<0.048), nos casos mais graves. CONCLUSÕES: Casos mais graves de APF apresentam maior infiltrado CD4, fibrose e quantidade de fibroblastos perifoliculares, especialmente, na região do istmo.
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