Acurácia e precisão de um sistema dosador de defensivos agrícolas para abastecimento de pulverizadores

• Autor(a) principal: Gomes, Gustavo Ramos
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/239706
• topic: abastecimento; dosador; preparo de calda; tecnologia de aplicação; application technology; dosing device; grout preparation; supply

O processo de pulverização demanda de diferentes tecnologias trabalhando em conjunto com agilidade, rapidez e segurança ao trabalhador para todas as propriedades agrícolas. O processo de uma correta pulverização dos defensivos agrícolas de maneira mais sustentável e racional das atividades realizadas é importante. Durante a aplicação existem alguns fatores que interferem na segurança e qualidade do princípio ativo dos defensivos agrícolas, como fatores ambientais, técnicas de aplicação, condições operacionais, preparo e aspectos físico-químicos da calda e segurança do aplicador e ou preparador da calda. Inúmeras tecnologias estão sendo desenvolvidas para auxiliar esses trabalhadores, sistemas de preparo de calda é um desses, no Brasil atualmente existem três, no incorporador, pré-mistura e calda pronta, todos desenvolvidos para aumentar a agilidade e praticidade dos preparadores e melhorar a qualidade da calda de pulverização. Utilizar um equipamento capaz de realizar o preparo de caldas junto ao abastecimento de água, diferentemente dos demais, torna-se uma ferramenta interessante para agregar ainda mais o preparo e a segurança do preparador. O objetivo deste trabalho foi verificar a acurácia e precisão dos dosadores (bombas injetoras de sucção) que compõe este equipamento de dosagem por fluxo fechado. Para cada dosador há a possibilidade de selecionar e ajustar diferentes configurações, em porcentagem, de sucção de qualquer substância (dosagens) de acordo com a necessidade dos usuários e da operação de pulverização. As dosagens que podem ser selecionadas por meio de válvulas manuais que estão presentes no corpo do dosador, e ao configurar cada dose desejada será determinada a dosagem de sucção do dosador. Dessa forma, foram utilizados três dosadores da marca Dosatron para realizar 1 ensaio em esquema fatorial 3 x 10, 3 dosadores (D3RE5 (1 e 2) e D3RE10 (3)) e 10 valores de dosagem: 0,5%, 1%, 1,5%, 2%, 2,5%, 3%, 3,5%, 4%, 4,5% e 5% para os dois dosadores D3RE5, e 1%, 2%, 3%, 4%, 5%, 6%, 7%, 8%, 9% e 10% para D3RE10. Cada dosador foi avaliado individualmente e em conjunto obtendo a diferença de volume de água que foi succionada pelo dosador e aquela que restava no balde. Para desenvolver uma análise exploratória dos dados, estes valores obtidos foram distribuídos em planilha de Excel para a determinação da porcentagem de erro de acurácia das doses reais obtidas em cada dosagem e a precisão quanto a tendência linear dos erros. Com os erros calculados comparou-se com o erro de acurácia da norma ISO 21191, 2021 a qual orienta basicamente que o erro esse tipo sistema de dosagem deve permanecer em uma faixa de + 2,5% a – 2,5% de acurácia. De maneira geral, as doses obtidas determinaram duas faixas, uma com maior segurança na acurácia e outra com menor segurança de acurácia, a precisão ocorre por haver em todos os dosadores uma faixa, a de maior segurança contendo de 1 a 3 dosagens que respeitam as doses esperadas com as doses obtidas de acorno com a norma ISO. A precisão para os dosadores pode ser determinada de acordo com a tendência de os valores das doses apresentarem erros maiores em baixas dosagens seguidas pela diminuição do erro com o aumento das dosagens selecionadas. O erro deveria ser menor para todas as doses de todos os dosadores, se enquadrando na margem de segurança de ± 2,5%, porém isso não ocorre, pode-se dizer que não estão totalmente acurados, porém precisos até mesmo aos erros. Para as doses que se enquadram na margem de segurança estão acurados e precisos. Outro fator relacionado com a acurácia do sistema é sua limitação em manter os erros dos dosadores contínuos, mostrando que em cada situação de dosagem os erros se alteram, atingindo o erro permitido de ±2,5% em poucas dosagens dos dosadores isolados e em conjunto com outros dosadores, o erro extrapola esse limite. Conclui-se que por se tratar do desenvolvimento de um sistema fechado de transferência e dosagem, é comum se deparar com erros dentro de um sistema manual (analógico), os quais foram obtidos pelos três dosadores, trabalhando individualmente ou coletivamente. Em estudos futuros deve-se focar em um sistema eletrônico (automatizado) para reduzir os erros obtidos, pois com este tipo de sistema pode-se fornecer ajustes mais precisos utilizando softwares de abertura e fechamento de válvulas para o processo de sucção dos dosadores e assim, correlacionar com os dados obtidos de maneira analógica.