Caracterização petrográfica da suíte de xenólitos mantélicos do kimberlito Canastra-01, elementos traço de rutilo e aplicação do geotermômetro zircônio em rutilo em amostras de eclogito

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pompeu, Gabriel Guimarães
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/217740
Resumo: O Kimberlito Canastra-01 tem idade de 120±10 Ma e intrudiu em rochas metassedimentares do grupo Canastra, na região sul/sudeste do estado de Minas Gerais. O Canastra-01 é uma das muitas intrusões alcalinas pertencentes à Província Ígnea Alto do Paranaíba. Associados à intrusão, ocorrem xenólitos mantélicos de formato ovalado e dimensões entre 6 e 15 centímetros. Com a descrição petrográfica, em escalas macro e microscópicas, constatou-se a ocorrência de oito litotipos distintos, além de um grupo de amostras de xenólitos muito alterados, onde a mineralogia primária foi obliterada. São eles dunito, eclogito, granada lherzolito, granada clinopiroxenito, espinélio harzburguito, anfibólio granada websterito, espinélio olivina websterito e anfibólio granada olivina websterito. O litotipo mais abundante da suíte de xenólitos é o granada lherzolito. As descrições enfatizaram principalmente as texturas e a mineralogia das litologias, que indicam uma forte recristalização, resultado de processos de fusão parcial e da ascensão do magmatismo kimberlítico. O geotermômetro indicou temperaturas para os cristais de rutilo das amostras entre 670 e 1151 oC, em um intervalo de pressão entre 42 e 55 kbar. Os valores obtidos foram condizentes com a literatura existente a respeito dos xenólitos. Os teores de Fe, Nb e Al obtidos são extremamente destoantes entre as duas amostras de eclogito. O Nb e o Cr podem ser utilizados em estudos de proveniência de sedimentos, como indicadores de rocha fonte, podendo ser metapelítica ou metabásica. Ao plotar as análises obtidas, os rutilos de ambas as amostras se enquadram no campo de proveniência metamáfica, mesmo com as notáveis diferenças petrográficas e geoquímicas.
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