Testemunho, juízo político e história
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2004 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://dx.doi.org/10.1590/S0102-01882004000200004 http://hdl.handle.net/11449/28429 |
Resumo: | A partir de um comentário sobre as propriedades características do gênero testemunhal, descrevem-se as respectivas situações ideológicas que presidiram à recepção de depoimentos sobre os campos de concentração nazistas e comunistas quando da sua publicação no Ocidente. Ao sublinhar a dimensão moral do testemunho e mostrar que os saberes dele advindos baseiam-se em práticas de reconhecimento, aponta-se, complementarmente, para situações em que o historiador vê-se por ele interpelado. Situações em que sua arte depende unicamente do ouvido que prestar ao apelo testemunhal. Nesse momento o testemunho não é mais fonte, pode tornar-se algo como um ultimato. Permutadas, assim, as posições, não fica o historiador exposto ao testemunho, carregando a inteira responsabilidade de sua audiência? Não deve o cultor de Clio a certos endereçamentos, por lacunares e subjetivos que sejam? |
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Testemunho, juízo político e históriaTestemunhoTotalitarismoNarrativaVeracidadeAutenticaçãoTestimonyTotalitarianismNarrativeVeracityAttestationA partir de um comentário sobre as propriedades características do gênero testemunhal, descrevem-se as respectivas situações ideológicas que presidiram à recepção de depoimentos sobre os campos de concentração nazistas e comunistas quando da sua publicação no Ocidente. Ao sublinhar a dimensão moral do testemunho e mostrar que os saberes dele advindos baseiam-se em práticas de reconhecimento, aponta-se, complementarmente, para situações em que o historiador vê-se por ele interpelado. Situações em que sua arte depende unicamente do ouvido que prestar ao apelo testemunhal. Nesse momento o testemunho não é mais fonte, pode tornar-se algo como um ultimato. Permutadas, assim, as posições, não fica o historiador exposto ao testemunho, carregando a inteira responsabilidade de sua audiência? Não deve o cultor de Clio a certos endereçamentos, por lacunares e subjetivos que sejam?We will underline the moral dimension of testimonies and try to show that the knowledge that issues of it is based on practical recognition. I will approach a peculiar type of deposition, that reconstructs repressive practices of totalitarian societies, in particular the Communists societies. Thanks to its remissive and evocative effectiveness the testimonial narratives hold a proper way to approach ethical questions that leave a sample of the totalitarian logic. Therefore the testimonial expression (and its fictional parallels) will not be used mainly in the quality of historical source, but as principle and bedding for a political judgment. It is thus the question: what owes the historian to testimony? Doesn't the servant of Clio stay exposed to it?Universidade Estadual PaulistaUniversidade Estadual PaulistaAssociação Nacional de História - ANPUHUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Kolleritz, Fernando [UNESP]2014-05-20T15:12:35Z2014-05-20T15:12:35Z2004-01-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/article73-100application/pdfhttp://dx.doi.org/10.1590/S0102-01882004000200004Revista Brasileira de História. Associação Nacional de História - ANPUH, v. 24, n. 48, p. 73-100, 2004.0102-0188http://hdl.handle.net/11449/2842910.1590/S0102-01882004000200004S0102-01882004000200004S0102-01882004000200004.pdfSciELOreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporRevista Brasileira de História0,138info:eu-repo/semantics/openAccess2024-06-25T19:39:00Zoai:repositorio.unesp.br:11449/28429Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T18:50:38.525967Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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