A febre amarela "minions": uma análise bakhtiniana

• Autor(a) principal: Oliveira, Natasha Ribeiro de [UNESP]
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/192052
• topic: Diálogo; Sujeito; Ideologia; Círculo de Bakhtin; Minions

O estudo tem como objetivo a análise da constituição dos sujeitos minions em relação de alteridade com o sujeito Gru presentes nos filmes da franquia Meu Malvado Favorito (2010, 2013, 2015 e 2017). Considera-se a existência de uma “febre amarela ‘minions’” presente na sociedade a partir das personagens fílmicas. Para tanto, o arcabouço teórico é o da filosofia da linguagem do Círculo de Bakhtin, com as concepções de linguagem, enunciado, diálogo, ideologia e sujeito como norteadoras. O método de pesquisa, dialético-dialógico, realizado por cotejo, prevê outros enunciados relacionados à franquia como forma de corroborar com a reflexão acerca não só das relações de trabalho (presente entre minions e Gru), mas da transformação dos filmes de entretenimento em produto de consumo massivo, como as páginas de Facebook, de cunho humorístico e político. Ao refletir sobre a construção da relação entre minions e Gru, pensa-se na produção, circulação e recepção social dos filmes, pois essa relação extrapola as telas de cinema e ganha a vida, com novos sentidos, em produtos de consumo físicos e simbólicos. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de natureza bibliográfica, desenvolvida por etapas interligadas de descrição, análise e interpretação. A relevância e justificativa do estudo está em refletir acerca da relação produção, circulação e recepção de enunciados estético-midiáticos na contemporaneidade relacionados à vida, ao colaborar com o pensamento acerca da pertinência da abordagem bakhtiniana como fundamentação teórico-analítica de enunciados sincréticos. Como resultado, acredita-se que há uma imagem de minions construída nos filmes (em alteridade com Gru) que possibilitou a criação de uma “febre amarela” em torno desses sujeitos, tornando-os um fenômeno de vendagem que extrapolou as telas dos cinemas ao viralizar em diversas esferas sociais.