Mulheres motoristas por aplicativos: precarização, violência e resistência no cotidiano do trabalho
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/11449/256401 |
Resumo: | O trabalho por plataforma não é algo novo, ao contrário, é o resultado de um desenvolvimento histórico que envolve capitalismo rentista, influência da ideologia do Vale do Silício, constante coleta de dados e aplicação de princípios da gestão neoliberal. Associadas com narrativas como o empreendedorismo e empresário-de-si-mesmos, passam a pseudo promessa de maior flexibilidade de horários e autonomia para trabalhar quando, onde e por quanto tempo quiser, para atrair e explorar a força de trabalho de milhares de trabalhadoras e trabalhadores. O objeto de estudo desta pesquisa são as mulheres motoristas por aplicativos e seu objetivo é compreender as práticas cotidianas de resistência destas trabalhadoras e como enfrentam e ressignificam as violências sofridas no cotidiano do trabalho. Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa exploratória, descritiva, de caráter qualitativo e netnográfico, que contou com a participação de cinco motoristas e utilizou como instrumentos para a coleta de dados um questionário sociodemográfico, um roteiro para entrevista semiestruturada e o acompanhamento de cinco grupos mistos de Whatsapp por um ano. O presente estudo, justifica-se a partir da análise de dados disponibilizados nos meios digitais e científicos que indicam o aumento das violências sofridas por esta classe trabalhadora e que expõe o oposto do prometido pelas plataformas para as motoristas mulheres. Os achados desta pesquisa corroboraram com as experiências cotidianas relatadas por essas trabalhadoras em páginas na internet, redes sociais e grupos fechados no WhatsApp que sinalizam que além de pagamentos extremamente baixos e extensas e desgastantes jornadas de trabalho, elas são vítimas diariamente de violências como: assalto; violência verbal; física; moral; psicológica e assédio sexual, sendo esta última, a violência sofrida inúmeras vezes por todas as participantes da pesquisa. |
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Mulheres motoristas por aplicativos: precarização, violência e resistência no cotidiano do trabalhoWomen drivers by applications: precariousness, violence, and resistance in everyday workMotoristasMulheres - ResistênciaUberizaçãoPrecarização do trabalhoViolência contra as mulheresApp driversWomenUberizationPrecariousness of workViolenceResistanceO trabalho por plataforma não é algo novo, ao contrário, é o resultado de um desenvolvimento histórico que envolve capitalismo rentista, influência da ideologia do Vale do Silício, constante coleta de dados e aplicação de princípios da gestão neoliberal. Associadas com narrativas como o empreendedorismo e empresário-de-si-mesmos, passam a pseudo promessa de maior flexibilidade de horários e autonomia para trabalhar quando, onde e por quanto tempo quiser, para atrair e explorar a força de trabalho de milhares de trabalhadoras e trabalhadores. O objeto de estudo desta pesquisa são as mulheres motoristas por aplicativos e seu objetivo é compreender as práticas cotidianas de resistência destas trabalhadoras e como enfrentam e ressignificam as violências sofridas no cotidiano do trabalho. Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa exploratória, descritiva, de caráter qualitativo e netnográfico, que contou com a participação de cinco motoristas e utilizou como instrumentos para a coleta de dados um questionário sociodemográfico, um roteiro para entrevista semiestruturada e o acompanhamento de cinco grupos mistos de Whatsapp por um ano. O presente estudo, justifica-se a partir da análise de dados disponibilizados nos meios digitais e científicos que indicam o aumento das violências sofridas por esta classe trabalhadora e que expõe o oposto do prometido pelas plataformas para as motoristas mulheres. Os achados desta pesquisa corroboraram com as experiências cotidianas relatadas por essas trabalhadoras em páginas na internet, redes sociais e grupos fechados no WhatsApp que sinalizam que além de pagamentos extremamente baixos e extensas e desgastantes jornadas de trabalho, elas são vítimas diariamente de violências como: assalto; violência verbal; física; moral; psicológica e assédio sexual, sendo esta última, a violência sofrida inúmeras vezes por todas as participantes da pesquisa.Platform work is not something new, on the contrary, it is the result of a historical development that involves rentier capitalism, the influence of the Silicon Valley ideology, the constant data collection, and the application of neoliberal management principles. Associated with narratives such as entrepreneurship and self-entrepreneur, they convey the pseudo promise of greater flexibility in working hours and autonomy to work when, where, and for as long as you want, to attract and exploit the workforce of thousands of male and female workers. The object of study of this research is female app drivers and its objective is to understand the daily resistance practices of these workers and how they face and give new meaning to the violence they suffer in their daily work lives. Methodologically, this is an exploratory, descriptive, qualitative, and netnographic research involving the participation of five drivers and used as instruments for data collection a sociodemographic questionnaire, a script for a semi-structured interview, and the monitoring of five mixed WhatsApp groups for a year. The present study is justified based on the analysis of data available in digital and scientific media that indicate the increase in violence suffered by this working class and that exposes the opposite of what the platforms promise to female drivers. The findings of this research corroborate the daily experiences reported by these workers on websites, social networks, and closed groups on WhatsApp, which indicate that in addition to meager payments and long and exhausting working hours, they are daily victims of violence such as assault; verbal violence; physical; moral; psychological and sexual harassment, the latter being violence suffered countless times by all researched participants.Não recebi financiamentoUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Castro, Matheus Fernandes de [UNESP]Pessoa, Washington Freire2024-07-10T13:37:50Z2024-07-10T13:37:50Z2024-05-24info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfPESSOA, Washington Freire. Mulheres motoristas por aplicativos: precarização, violência e resistência no cotidiano do trabalho. 2024. 186 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Ciências e Letras, Assis, 2024.https://hdl.handle.net/11449/25640154833206383713910000-0002-0733-1860porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-07-16T13:07:18Zoai:repositorio.unesp.br:11449/256401Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T13:58:20.354295Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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