Indução da ovulação e funcionalidade do corpo lúteo em novilhas Nelore pré-púberes

• Autor(a) principal: Vrisman, Dayane Priscila [UNESP]
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/150726
• topic: Ciclo estral curto; Dispositivo de progesterona; GnRH; Indução hormonal; Puberdade; Luteólise prematura

Devido a comum ocorrência de regressão prematura (RP) do corpo lúteo (CL) em novilhas após primeira ovulação (OV), os objetivos do estudo foram: 1) acompanhar a dinâmica lútea após indução da OV em novilhas Nelore pré-púberes e 2) determinar diferenças relacionáveis a funcionalidade dessa estrutura. Cinquenta e sete fêmeas (289,61±32,28 kg, ECC de 5,66±0,65 e 17,47±0,81 meses de idade) foram divididas em dois grupos de tratamento para indução da OV. No grupo GP4+GnRH foi utilizado dispositivo intravaginal de progesterona (P4) de 3º uso por 10 dias e, 48 horas após remoção, aplicado 0,02mg de acetato de buserelina (GnRH), e no grupo GGnRH foi utilizado somente o GnRH. Os CLs formados foram acompanhados pela ultrassonografia a cada dois dias até a sua regressão funcional (diminuição do sinal vascular do Doppler colorido e concentrações de P4 abaixo de 1 ng/mL), sendo determinado para cada dia o diâmetro, área, valores numéricos (VPN) e heterogeneidade dos pixels e percentual (%) de vascularização. A velocidade do pico sistólico, velocidade diastólica final, índice de resistência e o índice de pulsatilidade (IP) da artéria ovariana também foram determinados para cada avaliação, além da concentração sérica de P4. Essas características foram comparadas entre os tratamentos, funções dos CLs (duração normal ou regredido prematuramente), dias das avaliações e suas interações, utilizando o procedimento MIXED do programa SAS (p≤0,05). Três animais de cada tratamento não responderam ao indutor da OV (6/57=11%), o que determinou taxa de ovulação de 89%. No GP4+GnRH foi observado maior % de CLs com duração normal (81%), e no GGnRH de afuncionais (52%; concentração sérica de P4 inferior a 1 ng/mL em todas as avaliações). Os CLs de duração normal apresentaram maior área, % de vascularização e concentração de P4 quando comparado com as outras categorias estabelecidas. Menores valores para o diâmetro, área (31,89±11,46mm2), VPN (84,05±2,90) e concentração de P4 foram observados para os CLs afuncionais e, os regredidos prematuramente, além de não diferirem em relação ao % de vascularização com os afuncionais, apresentaram valores intermediários para a área e concentração de P4. A P4 foi efetiva no diagnóstico da RP e afuncionalidade dos CLs, apresentando correlação positiva com a área (r=0,62; p<0,001) e com o % de vascularização do CL (r=0,38; p<0,001). As características diâmetro do CL e IP foram importantes no diagnóstico precoce da afuncionalidade e RP, respectivamente. Maior relação da área do CL com a concentração de P4 foi observada (R2=0,53). Em conclusão, o primeiro CL formado após indução da OV de novilhas pré-púberes apresentou diferenças quanto a funcionalidade, podendo ser diferenciada por meio dos parâmetros ultrassonográficos diâmetro e área do CL, VPN, % de vascularização e IP.