Efeito da administração sistêmica do breu branco no trauma oclusal primário
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/250288 |
Resumo: | O breu branco, é uma resina extraída da árvore Protium heptaphyllum. Nesta substância é identificada a presença de α-amirina e β-amirina, conhecidas por possuir propriedades anti-inflamatórias e analgésicas. O trauma oclusal primário é caracterizado por uma degradação do periodonto, provocado por forças mecânicas excessivas aplicadas nos dentes, como a oclusão traumática. A degradação do periodonto afetado pelo trauma oclusal primário pode ser inibido por meio do controle do processo de inflamação tecidual. O objetivo desse estudo foi avaliar a influência da administração sistêmica do breu branco no processo de reparo de dentes submetidos ao trauma oclusal primário por meio da oclusão traumática. Após aprovação do comitê de ética no Uso de Animais (CEUA/UNESP), processo nº 00942-2018, foram escolhidos 24 ratos Wistar com 12 semanas de idade. Três grupos com oito animais cada: Grupo I – Controle positivo (NAIVE), Grupo II - Oclusão traumática (OT+S), Grupo III - Oclusão traumática e breu branco (OT+BB). A indução da oclusão traumática foi realizada com aumento da altura oclusal dos primeiros molares inferiores direitos, e após 7 dias foi administrado 1 ml de solução de breu branco a 10%, obtido da árvore Protium heptaphyllum para o grupo OT+BB, e 1 ml de solução salina nos animais do grupo OT+S, por gavagem, uma vez ao dia, por 5 dias. Após 14 dias a eutanásia dos ratos foi realizada por meio de perfusão transcardíaca e posterior processamento histológico. Os cortes histológicos longitudinais de 4 μm foram corados com hematoxilina-eosina e picrosirius red para avaliação histológica em microscopia de luz e polarizada, respectivamente. As regiões do ligamento periodontal analisadas foram a porção central, mesial e distal do septo alveolar. As seguintes variáveis foram consideradas para análise quantitativa: porcentagem relativa da área ocupada pela de matriz extracellular não fibrilar, vasos sanguíneos , fibras colágenas no ligamento periodontal e óssea do septo alveolar; bem como o número de perfis nucleares e a medida da espessura do ligamento periodontal. Para a comparação entre os grupos foi utilizado teste estatístico não paramétrico, determinado após verificação da normalidade dos dados, no programa estatístico SPSS GraphPad Prisma 20.07 (α = 0,05). A partir da análise dos resultados, observou se diferença significativa na redução de matriz celular não fibrilar e de fibras colágenas de birrefringência verde, bem como, aumento no número de perfis nucleares, fibras colágenas de birrefringência vermelha e espessura do ligamento periodontal nos grupos experimentais. O grupo OT+BB apresentou menor redução da área de matriz celular não fibrilar e maior aumento no número de perfis nucleares, na espessura do ligamento periodontal e na redução da área óssea do septo alveolar; nas regiões que sofreram maior intensidade de força mecânica compressiva, quando comparado ao grupo OT+S. Conclui-se que o uso sistêmico da solução de breu branco a 10%, no período de 5 dias pós-trauma, parece favorecer o equilíbrio entre os componentes do ligamento periodontal, mas não inibiu a degradação do osso marginal e alveolar dos dentes submetidos a oclusão traumática. |
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Efeito da administração sistêmica do breu branco no trauma oclusal primárioEffect of breu branco systemic administration on primary occlusal traumaOclusão dentária traumáticaPeriodontoPeriodontiumO breu branco, é uma resina extraída da árvore Protium heptaphyllum. Nesta substância é identificada a presença de α-amirina e β-amirina, conhecidas por possuir propriedades anti-inflamatórias e analgésicas. O trauma oclusal primário é caracterizado por uma degradação do periodonto, provocado por forças mecânicas excessivas aplicadas nos dentes, como a oclusão traumática. A degradação do periodonto afetado pelo trauma oclusal primário pode ser inibido por meio do controle do processo de inflamação tecidual. O objetivo desse estudo foi avaliar a influência da administração sistêmica do breu branco no processo de reparo de dentes submetidos ao trauma oclusal primário por meio da oclusão traumática. Após aprovação do comitê de ética no Uso de Animais (CEUA/UNESP), processo nº 00942-2018, foram escolhidos 24 ratos Wistar com 12 semanas de idade. Três grupos com oito animais cada: Grupo I – Controle positivo (NAIVE), Grupo II - Oclusão traumática (OT+S), Grupo III - Oclusão traumática e breu branco (OT+BB). A indução da oclusão traumática foi realizada com aumento da altura oclusal dos primeiros molares inferiores direitos, e após 7 dias foi administrado 1 ml de solução de breu branco a 10%, obtido da árvore Protium heptaphyllum para o grupo OT+BB, e 1 ml de solução salina nos animais do grupo OT+S, por gavagem, uma vez ao dia, por 5 dias. Após 14 dias a eutanásia dos ratos foi realizada por meio de perfusão transcardíaca e posterior processamento histológico. Os cortes histológicos longitudinais de 4 μm foram corados com hematoxilina-eosina e picrosirius red para avaliação histológica em microscopia de luz e polarizada, respectivamente. As regiões do ligamento periodontal analisadas foram a porção central, mesial e distal do septo alveolar. As seguintes variáveis foram consideradas para análise quantitativa: porcentagem relativa da área ocupada pela de matriz extracellular não fibrilar, vasos sanguíneos , fibras colágenas no ligamento periodontal e óssea do septo alveolar; bem como o número de perfis nucleares e a medida da espessura do ligamento periodontal. Para a comparação entre os grupos foi utilizado teste estatístico não paramétrico, determinado após verificação da normalidade dos dados, no programa estatístico SPSS GraphPad Prisma 20.07 (α = 0,05). A partir da análise dos resultados, observou se diferença significativa na redução de matriz celular não fibrilar e de fibras colágenas de birrefringência verde, bem como, aumento no número de perfis nucleares, fibras colágenas de birrefringência vermelha e espessura do ligamento periodontal nos grupos experimentais. O grupo OT+BB apresentou menor redução da área de matriz celular não fibrilar e maior aumento no número de perfis nucleares, na espessura do ligamento periodontal e na redução da área óssea do septo alveolar; nas regiões que sofreram maior intensidade de força mecânica compressiva, quando comparado ao grupo OT+S. Conclui-se que o uso sistêmico da solução de breu branco a 10%, no período de 5 dias pós-trauma, parece favorecer o equilíbrio entre os componentes do ligamento periodontal, mas não inibiu a degradação do osso marginal e alveolar dos dentes submetidos a oclusão traumática.Breu branco is a resin extracted from the Protium heptaphyllum tree. In this substance, the presence of α-amyrin and β-amyrin, known to have anti-inflammatory and analgesic properties, is identified. Primary occlusal trauma is characterized by a degradation of the periodontium, caused by excessive mechanical forces applied to the teeth, such as traumatic occlusion. The degradation of the periodontium affected by primary occlusal trauma can be inhibited by controlling the tissue inflammation process. The aim of this study was to evaluate the influence of systemic administration of breu branco on the repair process of teeth submitted toprimary occlusal trauma by traumatic occlusion. After approval by the Animal Use Ethics Committee (CEUA/UNESP), process No. 00942-2018, 24 12-week-old Wistar rats were chosen. Three groups with eight animals each: Group I - Positive control (NAIVE), Group II - Traumatic occlusion (OT+S), Group III - Traumatic occlusion and breu branco (OT+BB). The induction of the traumatic occlusion was performed by increasing the occlusal height of the lower right first molars, and after 7 days, 1 ml of 10% white pitch solution, obtained from the Protium heptaphyllum tree, was administered to the OT+BB group, and 1 ml of saline solution in the animals of the OT+S group, by gavage, once a day, for 5 days. After 14 days, the euthanasia of the rats was performed by means of transcardiac perfusion and subsequent histological processing. The 4 μm longitudinal histological sections were stained with hematoxylin-eosin and picrosirius red for histological evaluation in light and polarized microscopy, respectively. . The remaining periodontal ligament regions were the central, mesial and distal portions of the alveolar septum. The following variables were analyzed for quantitative analysis: relative percentage of the area occupied by non-fibrillar extracellular matrix, blood vessels, collagen fibers in the periodontal ligament and bone of the alveolar septum; as well as the number of safe profiles and the measure of the thickness of the periodontal ligament. For the comparison between the groups, a non-parametric statistical test was used, determined after verifying the normality of the data, in the statistical program SPSS GraphPad Prisma 20.07 (α = 0.05). From the analysis of the results, there was a significant difference in the reduction of non-fibrillar cell matrix and collagen fibers of green birefringence, as well as an increase in the number of safe configurations, collagen fibers of red birefringence and thickness of the periodontal ligament in the experimental groups . The TO+BB group showed a smaller reduction in the area of non-fibrillar cellular matrix and a greater increase in the number of passwords, in the thickness of the periodontal ligament and in the reduction of the bone area of the alveolar septum; in the regions that maintained a higher intensity of compressive mechanical force, when compared to the TO+S group. It was concluded that the systemic use of a 10% white pitch solution, within 5 days post-trauma, seems to favor the balance between the components of the periodontal ligament, but did not inhibit the degradation of the marginal and alveolar bone of the treated teeth traumatic occlusionPró-Reitoria de Pesquisa (PROPe UNESP)PIBIC 2019/51768Universidade Estadual Paulista (Unesp)Weert, Daniela Atili Brandini de [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Lima, Andressa Oliveira [UNESP]2023-08-16T13:42:19Z2023-08-16T13:42:19Z2023-05-12info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/250288porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2023-11-22T06:15:13Zoai:repositorio.unesp.br:11449/250288Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T18:25:55.976923Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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O breu branco, é uma resina extraída da árvore Protium heptaphyllum. Nesta substância é identificada a presença de α-amirina e β-amirina, conhecidas por possuir propriedades anti-inflamatórias e analgésicas. O trauma oclusal primário é caracterizado por uma degradação do periodonto, provocado por forças mecânicas excessivas aplicadas nos dentes, como a oclusão traumática. A degradação do periodonto afetado pelo trauma oclusal primário pode ser inibido por meio do controle do processo de inflamação tecidual. O objetivo desse estudo foi avaliar a influência da administração sistêmica do breu branco no processo de reparo de dentes submetidos ao trauma oclusal primário por meio da oclusão traumática. Após aprovação do comitê de ética no Uso de Animais (CEUA/UNESP), processo nº 00942-2018, foram escolhidos 24 ratos Wistar com 12 semanas de idade. Três grupos com oito animais cada: Grupo I – Controle positivo (NAIVE), Grupo II - Oclusão traumática (OT+S), Grupo III - Oclusão traumática e breu branco (OT+BB). A indução da oclusão traumática foi realizada com aumento da altura oclusal dos primeiros molares inferiores direitos, e após 7 dias foi administrado 1 ml de solução de breu branco a 10%, obtido da árvore Protium heptaphyllum para o grupo OT+BB, e 1 ml de solução salina nos animais do grupo OT+S, por gavagem, uma vez ao dia, por 5 dias. Após 14 dias a eutanásia dos ratos foi realizada por meio de perfusão transcardíaca e posterior processamento histológico. Os cortes histológicos longitudinais de 4 μm foram corados com hematoxilina-eosina e picrosirius red para avaliação histológica em microscopia de luz e polarizada, respectivamente. As regiões do ligamento periodontal analisadas foram a porção central, mesial e distal do septo alveolar. As seguintes variáveis foram consideradas para análise quantitativa: porcentagem relativa da área ocupada pela de matriz extracellular não fibrilar, vasos sanguíneos , fibras colágenas no ligamento periodontal e óssea do septo alveolar; bem como o número de perfis nucleares e a medida da espessura do ligamento periodontal. Para a comparação entre os grupos foi utilizado teste estatístico não paramétrico, determinado após verificação da normalidade dos dados, no programa estatístico SPSS GraphPad Prisma 20.07 (α = 0,05). A partir da análise dos resultados, observou se diferença significativa na redução de matriz celular não fibrilar e de fibras colágenas de birrefringência verde, bem como, aumento no número de perfis nucleares, fibras colágenas de birrefringência vermelha e espessura do ligamento periodontal nos grupos experimentais. O grupo OT+BB apresentou menor redução da área de matriz celular não fibrilar e maior aumento no número de perfis nucleares, na espessura do ligamento periodontal e na redução da área óssea do septo alveolar; nas regiões que sofreram maior intensidade de força mecânica compressiva, quando comparado ao grupo OT+S. Conclui-se que o uso sistêmico da solução de breu branco a 10%, no período de 5 dias pós-trauma, parece favorecer o equilíbrio entre os componentes do ligamento periodontal, mas não inibiu a degradação do osso marginal e alveolar dos dentes submetidos a oclusão traumática. |
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