Fracionamento químico e especiação in situ de As em áreas alagadas (Nhecolândia - MS) utilizando a técnica de Difusão em Filmes Finos por Gradiente de Concentração (DGT)

• Autor(a) principal: Elias, Lucas Pellegrini
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/193056
• topic: Arsênio; DGT; Especiação; Fracionamento químico; Lagoas; Arsenic; Speciation; Chemical fractionation; Lakes

Distribuído de maneira heterogênea na Crosta, o arsênio (As) é um elemento biodisponível nos mais variados sistemas ambientais. Sob quatro estados de oxidação, é caracterizado por suas espécies orgânicas e inorgânicas (AsV e AsIII), sendo estas últimas as mais tóxicas. Considerado como não-essencial aos processos biológicos, também pode apresentar propriedades nocivas aos seres vivos quando expostos a altas concentrações, principalmente no que diz respeito às suas espécies inorgânicas. Apesar de sua presença no ambiente estar relacionada a processos naturais, tais como intemperismo, vulcanismo e atividades biológicas, a mobilização do arsênio também é resultante de ações antrópicas, como mineração, atividades industriais e agrícolas. A biotransformação desses compostos é regular, formando espécies voláteis que podem ser adsorvidas, lixiviadas, reduzidas etc. Diante desta problemática, torna-se fundamental o monitoramento deste elemento, sobretudo nos sistemas aquáticos. Portanto, o aprimoramento de métodos analíticos é essencial para a determinação, especiação e possível mitigação de seus impactos. Com isso, a técnica de Difusão em Filmes Finos por Gradiente de Concentração (DGT) surge como uma significativa ferramenta para a avaliação in situ de arsênio, selecionando e pré-concentrando o analito no sistema a ser monitorado. Permitindo a determinação das frações lábeis dos elementos em baixas concentrações, os dispositivos apontam características robustas para aplicação em diferentes ambientes, apresentando a vantagem de preservar as espécies sorvidas e permitindo amostragens por longos períodos. Em vista da contaminação de arsênio em diferentes áreas do Pantanal brasileiro, a aplicação da técnica se deu na sub-região da Nhecolândia (MS). Esta área é caracterizada por suas complexas características hidrológicas e hidroquímicas e pela presença natural desse elemento em suas águas. Determinações in situ foram realizadas, nas quais dispositivos foram imersos em três lagoas distintas para avaliar o comportamento biogeoquímico de arsênio e a sua biodisponibilidade no ambiente. Amostras foram coletadas de ambas as lagoas para a avaliação in lab do elemento em diferentes frações. Os resultados obtidos indicam a presença de suas espécies inorgânicas nas águas superficiais das lagoas, em diferentes concentrações.