Doença: sofrimento e vida nas filosofias de Friedrich Nietzsche e Blase Pascal
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/91793 |
Resumo: | Friedrich Nietzsche e Blaise Pascal tiveram suas vidas marcadas pela dor. O sofrimento físico e, conseqüentemente, o psíquico, não impediram que esses dois pensadores afirmassem a vida em sua totalidade. Tanto em Nietzsche como em Pascal não se encontra uma negação da doença. Pelo contrário, ambos assumiram a debilidade para empreender uma discussão sobre o valor do sofrimento. Apesar de partirem de princípios diferentes, esses pensadores re-significaram seu itinerário intelectual afirmando a importância da enfermidade para a valoração da vida. A afirmação da vida em sua totalidade como propõe a filosofia nietzscheana encontra na doença pela qual passou o autor o eixo de sua constituição e auto-afirmação diante do contexto no qual estava inserido. Em Nietzsche, a relação estabelecida com a dor faz com que ela lhe seja um instrumento precioso de transgressão e afirmação de si. Em Pascal, o sofrimento físico oriundo da enfermidade é analisado em vista de uma antropologia pessimista marcada pela queda original. Ao encontrar-se debilitado, Pascal consegue desviar suas atenções dos divertimentos que o prendiam ao mundo e que o distraiam do encontro consigo e com sua própria natureza. O sentido que Pascal encontra ao sofrimento se dá à luz dos benefícios que ele traz, pois aproxima o pecador de Deus na medida em que o primeiro se recolhe junto a si e às próprias misérias. Na dor, Pascal compreende a sua natureza e sua vida em vista da Paixão redentora de Cristo. Analisar o sentido da doença e do sofrimento por ela causado na vida desses dois pensadores implica a compreensão da própria existência e de sua afirmação, seja ela de alegrias ou de dores. Viver, nessa perspectiva, implica descobrir as potencialidades da própria humanidade e reconhecer no sofrimento não um mal em si, mas sinal para o desenvolvimento das próprias possibilidades. |
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Doença: sofrimento e vida nas filosofias de Friedrich Nietzsche e Blase PascalNietzsche, Friederich Wilhelm, 1844-1900Pascal, Blaise, 1623-1662 - FilosofiaDorSofrimentoFriedrich Nietzsche e Blaise Pascal tiveram suas vidas marcadas pela dor. O sofrimento físico e, conseqüentemente, o psíquico, não impediram que esses dois pensadores afirmassem a vida em sua totalidade. Tanto em Nietzsche como em Pascal não se encontra uma negação da doença. Pelo contrário, ambos assumiram a debilidade para empreender uma discussão sobre o valor do sofrimento. Apesar de partirem de princípios diferentes, esses pensadores re-significaram seu itinerário intelectual afirmando a importância da enfermidade para a valoração da vida. A afirmação da vida em sua totalidade como propõe a filosofia nietzscheana encontra na doença pela qual passou o autor o eixo de sua constituição e auto-afirmação diante do contexto no qual estava inserido. Em Nietzsche, a relação estabelecida com a dor faz com que ela lhe seja um instrumento precioso de transgressão e afirmação de si. Em Pascal, o sofrimento físico oriundo da enfermidade é analisado em vista de uma antropologia pessimista marcada pela queda original. Ao encontrar-se debilitado, Pascal consegue desviar suas atenções dos divertimentos que o prendiam ao mundo e que o distraiam do encontro consigo e com sua própria natureza. O sentido que Pascal encontra ao sofrimento se dá à luz dos benefícios que ele traz, pois aproxima o pecador de Deus na medida em que o primeiro se recolhe junto a si e às próprias misérias. Na dor, Pascal compreende a sua natureza e sua vida em vista da Paixão redentora de Cristo. Analisar o sentido da doença e do sofrimento por ela causado na vida desses dois pensadores implica a compreensão da própria existência e de sua afirmação, seja ela de alegrias ou de dores. Viver, nessa perspectiva, implica descobrir as potencialidades da própria humanidade e reconhecer no sofrimento não um mal em si, mas sinal para o desenvolvimento das próprias possibilidades.Friedrich Nietzsche and Blaise Pascal’s lives were strongly fulfilled with pain. The physical suffering and, consequently, the psychic, did two block that those two philosophers could live their lives entirely. Either in Nietzsche and Pascal’s lives we find no denying for the disease. On the opposite, both of them assumed their weakness to undertake a quarrel about the worth of suffering. Besides of having different principles of thinking, those two philosophers remade ther intellectual way of thinking affirming the importance of the sickness to show the value of life. The affirmation of life in its totality as Nietzsche’s philosophy proposal is found in the disease by which the author came through the axis of its constitution and self-affirmation facing the context in which it was inserted. In Nietzsche, the fixed relation with the pain shows a precious tool for trespass and self affirmation. In Pascal, the physical suffering from the sickness is analyzed by the sight of a negative anthropology market by the original fall. Finding himself weak, Pascal is able to turn aside his attention from the entertainment which hold him to the world and also distracted him from having an encounter to himself and his self nature. The meaning that Pascal finds to the suffering is the result of the clearness of the benefits that it comes along, because it brings the sinner next to God as the first one retires to himself and to his own mercy. In pain, Pascal understands his self nature and his own life seeing the Redemptory Passion of Christ. Analyzing the meaning of the sickness and also as a cause of the suffering inside of those two philosophers’ lives imply the understanding of the own existence and its affirmation, which could be made by happiness or pain. Living, in this way of thought, implies to find out the potentiality of the humanity and to recognize the suffering not as the... (Complete abstract click electronic access below)Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Bruni, José Carlos [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Calçado, Thiago [UNESP]2014-06-11T19:25:29Z2014-06-11T19:25:29Z2009-01-30info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis127 f.application/pdfCALÇADO, Thiago. Doença: sofrimento e vida nas filosofias de Friedrich Nietzsche e Blase Pascal. 2009. 127 f. Dissertação (Mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Filosofia e Ciências, 2009.http://hdl.handle.net/11449/91793000582396calcado_t_me_mar.pdf33004110041P1Alephreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-08-13T17:50:03Zoai:repositorio.unesp.br:11449/91793Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-13T17:50:03Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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