Dinâmica do banco de sementes e germinação de gramíneas nativas e invasoras do Cerrado
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/154121 |
Resumo: | Espécies invasoras são aquelas capazes de se estabelecer em áreas além de sua ocorrência natural, ultrapassando barreiras geográficas e constituindo novas populações viáveis. A introdução de gramíneas africanas no Cerrado, como Melinis minutiflora P. Beauv e Urochloa brizantha (Stapf) R.D. Webster, pode levar a uma baixa heterogeneidade do sistema, deixando-o mais suscetível a distúrbios ambientais, alterando o equilíbrio da comunidade e os serviços ecossistêmicos. Em sistemas frequentemente perturbados, clareiras são criadas na paisagem e novas espécies são recrutadas para colonizar o espaço aberto, processo esse regido pelo nicho da regeneração. Espera-se que estes nichos se sobressaiam nas espécies invasoras em relação às espécies nativas, conferindo-lhes vantagens adaptativas na colonização desses espaços. Dessa maneira, o objetivo do estudo foi avaliar a dinâmica do banco de sementes de gramíneas em áreas com e sem invasão biológica, além de avaliar diferentes fatores que influenciam a germinação de gramíneas nativas. A área de estudo está inserida na Estação Ecológica de Itirapina, onde até 1998 havia uma plantação de Pinus caribaea, a qual foi removida e desde então a área está sob regeneração natural, sem interferência, com alto grau de invasão por gramíneas africanas. No primeiro capítulo, as amostras de solo foram coletadas nas parcelas experimentais controle do projeto da Profa. Dra. Alessandra Fidelis (FAPESP 2015/06743-0), delineado então parcelas com três tratamentos: dominada por uma das duas espécies invasoras, Melinis minutiflora e Urochloa brizantha, e parcelas com domínio de vegetação nativa (4parcelas/tratamento= 12 unidades amostrais). No segundo capítulo, as sementes de gramíneas nativas foram coletadas na Estação Ecológica de Itirapina e na Reserva Natural Serra do Tombador, triadas em laboratório e submetidas a tratamentos de flutuação de temperatura, simulando a oscilação de temperatura diária sobre a superfície do solo, e choques de temperatura simulando a passagem do fogo. O conhecimento mais detalhado sobre o banco de sementes em áreas invadidas é fundamental para elaboração de práticas de controle e manejo dessas espécies. Além disso, a germinação e viabilidade das sementes de gramíneas nativas são fatores importantes tanto para elucidar a regeneração natural via semente, compreendendo processos ecológicos relacionados à quebra da dormência fisiológica, quanto para aplicação de métodos físicos de restauração do Cerrado, como a semeadura direta. |
id |
UNSP_2fc1fc2aaf561a163a33649cd86dc944 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.unesp.br:11449/154121 |
network_acronym_str |
UNSP |
network_name_str |
Repositório Institucional da UNESP |
repository_id_str |
2946 |
spelling |
Dinâmica do banco de sementes e germinação de gramíneas nativas e invasoras do CerradoDynamics of soil seed bank and germination of native and invasive grasses of CerradoGramíneasBanco de sementesGerminaçãoRegeneração naturalCerradoGrassesSoil seed bankGerminationNatural regenerationEspécies invasoras são aquelas capazes de se estabelecer em áreas além de sua ocorrência natural, ultrapassando barreiras geográficas e constituindo novas populações viáveis. A introdução de gramíneas africanas no Cerrado, como Melinis minutiflora P. Beauv e Urochloa brizantha (Stapf) R.D. Webster, pode levar a uma baixa heterogeneidade do sistema, deixando-o mais suscetível a distúrbios ambientais, alterando o equilíbrio da comunidade e os serviços ecossistêmicos. Em sistemas frequentemente perturbados, clareiras são criadas na paisagem e novas espécies são recrutadas para colonizar o espaço aberto, processo esse regido pelo nicho da regeneração. Espera-se que estes nichos se sobressaiam nas espécies invasoras em relação às espécies nativas, conferindo-lhes vantagens adaptativas na colonização desses espaços. Dessa maneira, o objetivo do estudo foi avaliar a dinâmica do banco de sementes de gramíneas em áreas com e sem invasão biológica, além de avaliar diferentes fatores que influenciam a germinação de gramíneas nativas. A área de estudo está inserida na Estação Ecológica de Itirapina, onde até 1998 havia uma plantação de Pinus caribaea, a qual foi removida e desde então a área está sob regeneração natural, sem interferência, com alto grau de invasão por gramíneas africanas. No primeiro capítulo, as amostras de solo foram coletadas nas parcelas experimentais controle do projeto da Profa. Dra. Alessandra Fidelis (FAPESP 2015/06743-0), delineado então parcelas com três tratamentos: dominada por uma das duas espécies invasoras, Melinis minutiflora e Urochloa brizantha, e parcelas com domínio de vegetação nativa (4parcelas/tratamento= 12 unidades amostrais). No segundo capítulo, as sementes de gramíneas nativas foram coletadas na Estação Ecológica de Itirapina e na Reserva Natural Serra do Tombador, triadas em laboratório e submetidas a tratamentos de flutuação de temperatura, simulando a oscilação de temperatura diária sobre a superfície do solo, e choques de temperatura simulando a passagem do fogo. O conhecimento mais detalhado sobre o banco de sementes em áreas invadidas é fundamental para elaboração de práticas de controle e manejo dessas espécies. Além disso, a germinação e viabilidade das sementes de gramíneas nativas são fatores importantes tanto para elucidar a regeneração natural via semente, compreendendo processos ecológicos relacionados à quebra da dormência fisiológica, quanto para aplicação de métodos físicos de restauração do Cerrado, como a semeadura direta.Invasive species are those capable of establishing themselves in areas beyond its natural occurrence, surpassing geographical barriers and constituting new populations. The introduction of African grasses in Cerrado, Melinis minutiflora P. Beauv and Urochloa brizantha (Stapf) R.D. Webster, may low heterogeneity of the system, making it more susceptible to altering the balance of the community and ecosystems. In frequently disturbed systems, clearings are created in the landscape and new species are recruited to colonize the open space, which is governed by the regeneration niche. These niches are expected to be better in invasive species in relation to native species, giving them adaptive advantages in the colonization of these spaces. In this way, the objective of the study was to evaluate the dynamics of grasslands in areas with and without biological invasion, in addition to evaluating different factors that influence the germination of native grasses. The study area is located in the Estação Ecológica de Itirapina, where until 1998 there was a plantation of Pinus caribaea, which has been removed and since then the area is under natural regeneration, without interference, with a high invasion of Urochloa brizantha and Melinis minutiflora. In the first chapter, the soil samples were collected in the control plots of the project of Profa. Dr. Alessandra Fidelis (FAPESP 2015 / 06743-0), outlined then plots with three treatments: dominated by one of the two invasive species, Urochloa brizantha and Melinis minutiflora, and plots with dominance of native vegetation (4plots / treatment = 12 sample units). In the second chapter, grass seeds were collected at Estação Ecológica de Itirapina and in Reserva Natural Serra do Tombador, triads in the laboratory and submitted to treatments of temperature fluctuation, simulating the daily temperature oscillation on the soil surface, and heat shock simulating the passage of fire. More detailed knowledge about the soil seed bank in invaded areas is fundamental for the elaboration of practices of control and management of these species. In addition, the germination and viability of native grass seeds are important factors both to elucidate the natural regeneration through seed, comprising ecological processes related to break physiological dormancy of seed, and for application of physical methods of restoration of Cerrado, such as direct sowing.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Fidelis, Alessandra [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Dairel, Mariana Correa [UNESP]2018-05-29T15:23:22Z2018-05-29T15:23:22Z2018-04-27info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/15412100090232933004137005P6enginfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-01-15T06:20:22Zoai:repositorio.unesp.br:11449/154121Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T23:02:36.633435Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Dinâmica do banco de sementes e germinação de gramíneas nativas e invasoras do Cerrado Dynamics of soil seed bank and germination of native and invasive grasses of Cerrado |
title |
Dinâmica do banco de sementes e germinação de gramíneas nativas e invasoras do Cerrado |
spellingShingle |
Dinâmica do banco de sementes e germinação de gramíneas nativas e invasoras do Cerrado Dairel, Mariana Correa [UNESP] Gramíneas Banco de sementes Germinação Regeneração natural Cerrado Grasses Soil seed bank Germination Natural regeneration |
title_short |
Dinâmica do banco de sementes e germinação de gramíneas nativas e invasoras do Cerrado |
title_full |
Dinâmica do banco de sementes e germinação de gramíneas nativas e invasoras do Cerrado |
title_fullStr |
Dinâmica do banco de sementes e germinação de gramíneas nativas e invasoras do Cerrado |
title_full_unstemmed |
Dinâmica do banco de sementes e germinação de gramíneas nativas e invasoras do Cerrado |
title_sort |
Dinâmica do banco de sementes e germinação de gramíneas nativas e invasoras do Cerrado |
author |
Dairel, Mariana Correa [UNESP] |
author_facet |
Dairel, Mariana Correa [UNESP] |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Fidelis, Alessandra [UNESP] Universidade Estadual Paulista (Unesp) |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Dairel, Mariana Correa [UNESP] |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Gramíneas Banco de sementes Germinação Regeneração natural Cerrado Grasses Soil seed bank Germination Natural regeneration |
topic |
Gramíneas Banco de sementes Germinação Regeneração natural Cerrado Grasses Soil seed bank Germination Natural regeneration |
description |
Espécies invasoras são aquelas capazes de se estabelecer em áreas além de sua ocorrência natural, ultrapassando barreiras geográficas e constituindo novas populações viáveis. A introdução de gramíneas africanas no Cerrado, como Melinis minutiflora P. Beauv e Urochloa brizantha (Stapf) R.D. Webster, pode levar a uma baixa heterogeneidade do sistema, deixando-o mais suscetível a distúrbios ambientais, alterando o equilíbrio da comunidade e os serviços ecossistêmicos. Em sistemas frequentemente perturbados, clareiras são criadas na paisagem e novas espécies são recrutadas para colonizar o espaço aberto, processo esse regido pelo nicho da regeneração. Espera-se que estes nichos se sobressaiam nas espécies invasoras em relação às espécies nativas, conferindo-lhes vantagens adaptativas na colonização desses espaços. Dessa maneira, o objetivo do estudo foi avaliar a dinâmica do banco de sementes de gramíneas em áreas com e sem invasão biológica, além de avaliar diferentes fatores que influenciam a germinação de gramíneas nativas. A área de estudo está inserida na Estação Ecológica de Itirapina, onde até 1998 havia uma plantação de Pinus caribaea, a qual foi removida e desde então a área está sob regeneração natural, sem interferência, com alto grau de invasão por gramíneas africanas. No primeiro capítulo, as amostras de solo foram coletadas nas parcelas experimentais controle do projeto da Profa. Dra. Alessandra Fidelis (FAPESP 2015/06743-0), delineado então parcelas com três tratamentos: dominada por uma das duas espécies invasoras, Melinis minutiflora e Urochloa brizantha, e parcelas com domínio de vegetação nativa (4parcelas/tratamento= 12 unidades amostrais). No segundo capítulo, as sementes de gramíneas nativas foram coletadas na Estação Ecológica de Itirapina e na Reserva Natural Serra do Tombador, triadas em laboratório e submetidas a tratamentos de flutuação de temperatura, simulando a oscilação de temperatura diária sobre a superfície do solo, e choques de temperatura simulando a passagem do fogo. O conhecimento mais detalhado sobre o banco de sementes em áreas invadidas é fundamental para elaboração de práticas de controle e manejo dessas espécies. Além disso, a germinação e viabilidade das sementes de gramíneas nativas são fatores importantes tanto para elucidar a regeneração natural via semente, compreendendo processos ecológicos relacionados à quebra da dormência fisiológica, quanto para aplicação de métodos físicos de restauração do Cerrado, como a semeadura direta. |
publishDate |
2018 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2018-05-29T15:23:22Z 2018-05-29T15:23:22Z 2018-04-27 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/11449/154121 000902329 33004137005P6 |
url |
http://hdl.handle.net/11449/154121 |
identifier_str_mv |
000902329 33004137005P6 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
eng |
language |
eng |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Estadual Paulista (Unesp) |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Estadual Paulista (Unesp) |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UNESP instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP) instacron:UNESP |
instname_str |
Universidade Estadual Paulista (UNESP) |
instacron_str |
UNESP |
institution |
UNESP |
reponame_str |
Repositório Institucional da UNESP |
collection |
Repositório Institucional da UNESP |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1808129484471140352 |