O cuidado ao sofrimento psíquico nos territórios: a saúde mental (re)vista pela Atenção Básica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Garcia, Cristhiane Comitre
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/190727
Resumo: O objeto da presente pesquisa foram as práticas de cuidado realizadas na Atenção Básica que promovem e/ou cuidam da saúde mental. A pesquisa teve como objetivo mapear e analisar as modalidades de cuidado, atenção e promoção em saúde mental disponibilizados pela Atenção Básica em um município de até 20.000 habitantes, que não contasse com equipamentos especializados de Atenção Psicossocial. A pesquisadora é trabalhadora na Atenção Básica de um pequeno município e, provocada pelo incômodo de perceber que a promoção da saúde mental vem sendo colocada como objeto, prioritariamente, de especialistas (psiquiatras e psicólogos), buscou investigar quais ações de cuidado integral e de atenção psicossocial são realizadas, cotidianamente, pelos não-especialistas em saúde mental. Eram questões disparadoras à pesquisa: Os trabalhadores são capazes de identificar a dimensão subjetiva dos usuários com os quais lidam? Reconhecem que, em seu território, grande parte das pessoas com sofrimento psíquico já vem sendo, efetivamente, acompanhada por eles? De que forma integram os cuidados da saúde mental aos cuidados da saúde física? Este estudo está articulado ao referencial teórico-metodológico da pesquisa qualitativa e à abordagem cartográfica e assume a interferência como um modo de estar em campo, valorizando a construção que se dá em conjunto com os participantes. Em resposta às questões iniciais desta pesquisa observa-se que a inclusão do cuidado e da promoção de saúde mental na Estratégia de Saúde da Família como prática reconhecida ainda é uma situação complexa a ser superada, mas fica evidente que as ações promovidas pela Atenção Básica voltadas ao cuidado da saúde mental estão permeando tudo que as equipes fazem, o tempo todo, ainda que não sejam, claramente, assim nomeadas. Para a produção de uma nova realidade psicossocial, é preciso fortalecer a Atenção Básica para que seus trabalhadores consigam reconhecer seus saberes e sua potência em lidar com as subjetividades.
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