Uso de monensina sódica e virginiamicina para reduzir o tempo de adaptação e aumentar o peso de carcaça quente de bovinos nelore confinados
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/183383 |
Resumo: | Este projeto teve 2 objetivos: 1) testar os efeitos de diferentes dias de adaptação de bovinos Nelore no confinamento com a utilização de virginiamicina como aditivo alimentar e 2) avaliar o efeito de uma dieta mais energética no final da terminação (terminação 2) e também qual o melhor protocolo de aditivos para ser utilizado nestas circunstâncias; todos estes sobre o desempenho, comportamento ingestivo, características de carcaça, saúde do rúmen e ceco de bovinos Nelore terminados em confinamento. Neste estudo foram realizados dois experimentos, no estudo 01 os animais foram divididos em cinco tratamentos: 1) MON (27 mg/kg) com adaptação por 14 dias; 2) MON (27 mg/kg) + VM (25 mg/kg) com adaptação por 14 dias; 3) VM (25 mg/kg) com adaptação por 14 dias; 4) VM (25 mg/kg) com adaptação por 9 dias; e 5) VM (25 mg/kg) com adaptação por 6 dias. Já o estudo 02, os animais foram divididos em cinco tratamentos: 1) MON (30 mg/kg) durante todo o período de confinamento com adaptação por 14 dias; 2) VM (25 mg/kg) no melhor tempo de adaptação (6, 9 ou 14 dias) do estudo 1, durante todo o período de confinamento; 3) VM (25 mg/kg) + MON (30 mg/kg) durante o período de adaptação por 14 dias e somente VM (25 mg/kg) durante todo o período de terminação; 4) VM (25 mg/kg) + MON (30 mg) durante o período confinamento, com adaptação por 14 dias; e 5) VM (25 mg/kg) + MON (30 mg/kg) durante a adaptação por 14 dias e durante o período de terminação 1 e somente VM (25 mg/kg) durante a terminação 2 (quando a dieta mais energética for fornecida). Em todos os estudos, no início de cada período experimental, e a cada 28 dias todos os animais foram pesados. Foram coletados os dados de ingestão de matéria seca, ganho de peso diário e conversão alimentar, e ainda os animais foram submetidos a avaliações de ultrassonografia no início e no final do período de confinamento, sendo abatidos em frigoríficos comerciais ao final dos dias de alimentação. Amostras do epitélio ruminal e do ceco foram coletadas para avaliações de saúde ruminal e cecal; respectivamente. No primeiro experimento deste estudo não foram observadas (P>0,05) diferenças significativas para a maioria das variáveis de desempenho, com exceção da IMS em kg e em % do peso vivo (P<0,05). Animais adaptados por 9 dias consumindo somente VM apresentaram maior IMS em kg (P=0,02) do que aqueles adaptados por 6 e 14 dias. A suplementação com MON ou MON+VM durante todo o período de confinamento diminuiu a IMS tanto em kg quanto em % do PV, comparado aos que foram adaptados por 14 dias somente com VM. Da mesma forma, a suplementação com MON ou MON+VM melhorou a CA e EA, diminuiu a FLUT% e FLUTKG, quando comparado a suplementação somente com VM quando bovinos foram adaptados por 14 dias (P<0,05), diminuindo o custo do ganho de peso vivo dos animais sob estes tratamentos. A suplementação somente com VM com adaptação por 14 dias melhorou a deposição de gordura no contra-filé diária (ganho de EGS; P=0,03) e na picanha (ganho de gordura na P8; P=0,02), comparado a adaptação por 6 e 9 dias. A combinação de MON+VM diminuiu o rendimento de carcaça em 1,23 pontos percentuais, comparado a adaptação por 14 dias somente com VM como aditivo alimentar, entretanto, os animais do mesmo grupo apresentaram maior marmoreio final (P=0,02). A adaptação por 9 dias somente com VM diminuiu o desenvolvimento do epitélio ruminal, pois animais sob este grupo apresentaram menor NMP (P=0,04), ASA e RPSA% (P<0,01). Já no segundo experimento deste estudo, a retirada estratégica de MON sódica, tanto no fim do período de terminação, quanto no fim do período de terminação 01 não alterou significativamente a IMSKG e IMSPV (P>0,05), porém a retirada de MON no final do período de terminação 01 aumentou o GPD (P=0,05), que por sua vez aumentou o PVF (P=0,05). O mesmo grupo de animais apresentou menor custo do ganho de peso vivo (P=0.05), quando se comparou com o grupo de animais que foram suplementados somente com VM. Da mesma forma, a estratégia de retirada de MON ao fim do período de confinamento em conjunto ao aumento da energia da dieta também proporcionou aos animais maior PCQ (P=0,05). A suplementação somente com MON ou somente com VM diminuiu a deposição de gordura no contrafilé (EGS; P<0,01) e na picanha (EGP8; P<0,01). Bovinos que receberam MON ou MON+VM durante todo o período de confinamento apresentaram papilas ruminais com maior área média (cm2) do que o restante dos animais pertencentes aos demais tratamentos, porém os mesmos animais apresentaram rúmen com maior grau de lesões (P=0,05). Com base nestes resultados, recomenda-se adaptar bovinos Nelore quando somente VM é utilizada como aditivo alimentar por 14 dias, pois períodos mais curtos de 6 e 9 dias não melhoraram o desempenho e comprometeu a deposição de gordura na carcaça. Da mesma forma, a retirada de MON da dieta ao fim do período de terminação quando associada a VM, combinada ao aumento da energia da ração melhora a performance de bovinos Nelore em confinamento, pois melhorou o GPD e o PVF, entregando carcaças mais pesadas e mais acabadas, com menor custo em R$ para cada kg de peso ganho durante o período de engorda. |
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Uso de monensina sódica e virginiamicina para reduzir o tempo de adaptação e aumentar o peso de carcaça quente de bovinos nelore confinadosUse of sodium monensin and virginiamycin to reduce the length of the adaptation period and increase de hot carcass weight of feedlot nellore cattleRúmenZebuConsumo de energiaEpitélio RuminalAcidoseEste projeto teve 2 objetivos: 1) testar os efeitos de diferentes dias de adaptação de bovinos Nelore no confinamento com a utilização de virginiamicina como aditivo alimentar e 2) avaliar o efeito de uma dieta mais energética no final da terminação (terminação 2) e também qual o melhor protocolo de aditivos para ser utilizado nestas circunstâncias; todos estes sobre o desempenho, comportamento ingestivo, características de carcaça, saúde do rúmen e ceco de bovinos Nelore terminados em confinamento. Neste estudo foram realizados dois experimentos, no estudo 01 os animais foram divididos em cinco tratamentos: 1) MON (27 mg/kg) com adaptação por 14 dias; 2) MON (27 mg/kg) + VM (25 mg/kg) com adaptação por 14 dias; 3) VM (25 mg/kg) com adaptação por 14 dias; 4) VM (25 mg/kg) com adaptação por 9 dias; e 5) VM (25 mg/kg) com adaptação por 6 dias. Já o estudo 02, os animais foram divididos em cinco tratamentos: 1) MON (30 mg/kg) durante todo o período de confinamento com adaptação por 14 dias; 2) VM (25 mg/kg) no melhor tempo de adaptação (6, 9 ou 14 dias) do estudo 1, durante todo o período de confinamento; 3) VM (25 mg/kg) + MON (30 mg/kg) durante o período de adaptação por 14 dias e somente VM (25 mg/kg) durante todo o período de terminação; 4) VM (25 mg/kg) + MON (30 mg) durante o período confinamento, com adaptação por 14 dias; e 5) VM (25 mg/kg) + MON (30 mg/kg) durante a adaptação por 14 dias e durante o período de terminação 1 e somente VM (25 mg/kg) durante a terminação 2 (quando a dieta mais energética for fornecida). Em todos os estudos, no início de cada período experimental, e a cada 28 dias todos os animais foram pesados. Foram coletados os dados de ingestão de matéria seca, ganho de peso diário e conversão alimentar, e ainda os animais foram submetidos a avaliações de ultrassonografia no início e no final do período de confinamento, sendo abatidos em frigoríficos comerciais ao final dos dias de alimentação. Amostras do epitélio ruminal e do ceco foram coletadas para avaliações de saúde ruminal e cecal; respectivamente. No primeiro experimento deste estudo não foram observadas (P>0,05) diferenças significativas para a maioria das variáveis de desempenho, com exceção da IMS em kg e em % do peso vivo (P<0,05). Animais adaptados por 9 dias consumindo somente VM apresentaram maior IMS em kg (P=0,02) do que aqueles adaptados por 6 e 14 dias. A suplementação com MON ou MON+VM durante todo o período de confinamento diminuiu a IMS tanto em kg quanto em % do PV, comparado aos que foram adaptados por 14 dias somente com VM. Da mesma forma, a suplementação com MON ou MON+VM melhorou a CA e EA, diminuiu a FLUT% e FLUTKG, quando comparado a suplementação somente com VM quando bovinos foram adaptados por 14 dias (P<0,05), diminuindo o custo do ganho de peso vivo dos animais sob estes tratamentos. A suplementação somente com VM com adaptação por 14 dias melhorou a deposição de gordura no contra-filé diária (ganho de EGS; P=0,03) e na picanha (ganho de gordura na P8; P=0,02), comparado a adaptação por 6 e 9 dias. A combinação de MON+VM diminuiu o rendimento de carcaça em 1,23 pontos percentuais, comparado a adaptação por 14 dias somente com VM como aditivo alimentar, entretanto, os animais do mesmo grupo apresentaram maior marmoreio final (P=0,02). A adaptação por 9 dias somente com VM diminuiu o desenvolvimento do epitélio ruminal, pois animais sob este grupo apresentaram menor NMP (P=0,04), ASA e RPSA% (P<0,01). Já no segundo experimento deste estudo, a retirada estratégica de MON sódica, tanto no fim do período de terminação, quanto no fim do período de terminação 01 não alterou significativamente a IMSKG e IMSPV (P>0,05), porém a retirada de MON no final do período de terminação 01 aumentou o GPD (P=0,05), que por sua vez aumentou o PVF (P=0,05). O mesmo grupo de animais apresentou menor custo do ganho de peso vivo (P=0.05), quando se comparou com o grupo de animais que foram suplementados somente com VM. Da mesma forma, a estratégia de retirada de MON ao fim do período de confinamento em conjunto ao aumento da energia da dieta também proporcionou aos animais maior PCQ (P=0,05). A suplementação somente com MON ou somente com VM diminuiu a deposição de gordura no contrafilé (EGS; P<0,01) e na picanha (EGP8; P<0,01). Bovinos que receberam MON ou MON+VM durante todo o período de confinamento apresentaram papilas ruminais com maior área média (cm2) do que o restante dos animais pertencentes aos demais tratamentos, porém os mesmos animais apresentaram rúmen com maior grau de lesões (P=0,05). Com base nestes resultados, recomenda-se adaptar bovinos Nelore quando somente VM é utilizada como aditivo alimentar por 14 dias, pois períodos mais curtos de 6 e 9 dias não melhoraram o desempenho e comprometeu a deposição de gordura na carcaça. Da mesma forma, a retirada de MON da dieta ao fim do período de terminação quando associada a VM, combinada ao aumento da energia da ração melhora a performance de bovinos Nelore em confinamento, pois melhorou o GPD e o PVF, entregando carcaças mais pesadas e mais acabadas, com menor custo em R$ para cada kg de peso ganho durante o período de engorda.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Millen, Danilo DominguesUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Rigueiro, André Luiz Nagatani2019-09-02T13:31:08Z2019-09-02T13:31:08Z2019-08-28info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/18338300092460633004064048P2porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-09-09T18:06:56Zoai:repositorio.unesp.br:11449/183383Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestrepositoriounesp@unesp.bropendoar:29462024-09-09T18:06:56Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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Este projeto teve 2 objetivos: 1) testar os efeitos de diferentes dias de adaptação de bovinos Nelore no confinamento com a utilização de virginiamicina como aditivo alimentar e 2) avaliar o efeito de uma dieta mais energética no final da terminação (terminação 2) e também qual o melhor protocolo de aditivos para ser utilizado nestas circunstâncias; todos estes sobre o desempenho, comportamento ingestivo, características de carcaça, saúde do rúmen e ceco de bovinos Nelore terminados em confinamento. Neste estudo foram realizados dois experimentos, no estudo 01 os animais foram divididos em cinco tratamentos: 1) MON (27 mg/kg) com adaptação por 14 dias; 2) MON (27 mg/kg) + VM (25 mg/kg) com adaptação por 14 dias; 3) VM (25 mg/kg) com adaptação por 14 dias; 4) VM (25 mg/kg) com adaptação por 9 dias; e 5) VM (25 mg/kg) com adaptação por 6 dias. Já o estudo 02, os animais foram divididos em cinco tratamentos: 1) MON (30 mg/kg) durante todo o período de confinamento com adaptação por 14 dias; 2) VM (25 mg/kg) no melhor tempo de adaptação (6, 9 ou 14 dias) do estudo 1, durante todo o período de confinamento; 3) VM (25 mg/kg) + MON (30 mg/kg) durante o período de adaptação por 14 dias e somente VM (25 mg/kg) durante todo o período de terminação; 4) VM (25 mg/kg) + MON (30 mg) durante o período confinamento, com adaptação por 14 dias; e 5) VM (25 mg/kg) + MON (30 mg/kg) durante a adaptação por 14 dias e durante o período de terminação 1 e somente VM (25 mg/kg) durante a terminação 2 (quando a dieta mais energética for fornecida). Em todos os estudos, no início de cada período experimental, e a cada 28 dias todos os animais foram pesados. Foram coletados os dados de ingestão de matéria seca, ganho de peso diário e conversão alimentar, e ainda os animais foram submetidos a avaliações de ultrassonografia no início e no final do período de confinamento, sendo abatidos em frigoríficos comerciais ao final dos dias de alimentação. Amostras do epitélio ruminal e do ceco foram coletadas para avaliações de saúde ruminal e cecal; respectivamente. No primeiro experimento deste estudo não foram observadas (P>0,05) diferenças significativas para a maioria das variáveis de desempenho, com exceção da IMS em kg e em % do peso vivo (P<0,05). Animais adaptados por 9 dias consumindo somente VM apresentaram maior IMS em kg (P=0,02) do que aqueles adaptados por 6 e 14 dias. A suplementação com MON ou MON+VM durante todo o período de confinamento diminuiu a IMS tanto em kg quanto em % do PV, comparado aos que foram adaptados por 14 dias somente com VM. Da mesma forma, a suplementação com MON ou MON+VM melhorou a CA e EA, diminuiu a FLUT% e FLUTKG, quando comparado a suplementação somente com VM quando bovinos foram adaptados por 14 dias (P<0,05), diminuindo o custo do ganho de peso vivo dos animais sob estes tratamentos. A suplementação somente com VM com adaptação por 14 dias melhorou a deposição de gordura no contra-filé diária (ganho de EGS; P=0,03) e na picanha (ganho de gordura na P8; P=0,02), comparado a adaptação por 6 e 9 dias. A combinação de MON+VM diminuiu o rendimento de carcaça em 1,23 pontos percentuais, comparado a adaptação por 14 dias somente com VM como aditivo alimentar, entretanto, os animais do mesmo grupo apresentaram maior marmoreio final (P=0,02). A adaptação por 9 dias somente com VM diminuiu o desenvolvimento do epitélio ruminal, pois animais sob este grupo apresentaram menor NMP (P=0,04), ASA e RPSA% (P<0,01). 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Bovinos que receberam MON ou MON+VM durante todo o período de confinamento apresentaram papilas ruminais com maior área média (cm2) do que o restante dos animais pertencentes aos demais tratamentos, porém os mesmos animais apresentaram rúmen com maior grau de lesões (P=0,05). Com base nestes resultados, recomenda-se adaptar bovinos Nelore quando somente VM é utilizada como aditivo alimentar por 14 dias, pois períodos mais curtos de 6 e 9 dias não melhoraram o desempenho e comprometeu a deposição de gordura na carcaça. Da mesma forma, a retirada de MON da dieta ao fim do período de terminação quando associada a VM, combinada ao aumento da energia da ração melhora a performance de bovinos Nelore em confinamento, pois melhorou o GPD e o PVF, entregando carcaças mais pesadas e mais acabadas, com menor custo em R$ para cada kg de peso ganho durante o período de engorda. |
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