Investigating the role of mud structures in fiddler crabs: do chimneys have a feeding function?

• Autor(a) principal: Ferreira, Tainá Moreira [UNESP]
• Data de Publicação: 2024
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: eng
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: https://hdl.handle.net/11449/256803
• topic: Manguezais; Caranguejo; Fenótipo estendido; Construções sedimentares; Alimentação; Mangrove; Extended phenotype; Sedimentary constructions; Feeding behavior

Construções são observadas em diversos grupos de animais, desempenhando um papel crucial na sobrevivência e no comportamento dos organismos que as produzem. Além disso, essas estruturas podem influenciar processos ecológicos, como o ciclo biogeoquímico de nutrientes e a hidrodinâmica do ambiente. Os caranguejos chama-maré são organismos que constroem estruturas sedimentares, com a função variando de acordo com a espécie, sexo e estágio de vida. O caranguejo-maré Leptuca thayeri constrói estruturas sedimentares em forma de chaminé na entrada de suas tocas, principalmente durante os meses reprodutivos. As chaminés são mais altas nas tocas construídas por fêmeas ovígeras em comparação com fêmeas não ovígeras e machos adultos. O objetivo deste estudo foi avaliar o tempo de forrageamento e o tempo dentro da toca despendido entre machos, fêmeas ovígeras e não ovígeras. Além disso, buscou-se observar se as chaminés poderiam ser usadas como uma estratégia que permitisse as fêmeas obterem alimento durante a incubação dos ovos. Um experimento foi conduzido emcampo para avaliar a diferença no tempo dentro da toca e tempo forrageando entre machos, fêmeas ovígeras e não ovígeras. Chaminés foram coletados para estimar a concentração de fitoplâncton (parte de sua alimentação) em laboratório para comparar se o fitoplâncton dentro da toca é consumido. Medidas dos caranguejos (largura da carapaça) e chaminé (altura, diâmetro de abertura, diâmetro da estrutura) foram realizadas, além da densidade do sedimento, porosidade e conteúdo de água intersticial da toca. Foram observadas diferenças na altura da chaminé, sendo a das fêmeas ovígeras a mais alta, e no tempo de forrageamento entre machos, fêmeas ovígeras e não ovígeras, onde as fêmeas ovígeras não foram observadas forrageando. Não foram observadas diferenças nas características gerais do sedimento da chaminé e nas concentrações de fitoplâncton. Essas investigações contribuíram para a compreensão da construção de estruturas sedimentares em formato de chaminé e o comportamento de forrageamento durante o período reprodutivo, demonstrando que as chaminés não são uma estratégia alimentar alternativa durante a incubação e que as fêmeas não são observadas forrageando na superfície do sedimento.