Perfil do impacto de saúde bucal e bem-estar de crianças pré-escolares

• Autor(a) principal: Silva, Bianca Nubia Souza [UNESP]
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/193197
• topic: Saúde bucal; Criança; Perfil de impacto da doença; Bem-estar da criança; Oral health; Child; Sickness impact profile; Child well being

Objetivos: i. estimar as propriedades psicométricas do Childhood Oral Health Impact Scale (ECOHIS) e do Quality of Life Evaluation Scale (AUQEI) quando aplicados à crianças pré-escolares; ii. estimar o bem-estar e o perfil do impacto de saúde bucal das crianças; iii. verificar o impacto dos indicadores clínicos no perfil de saúde bucal das crianças. Métodos: Participaram do estudo mães e crianças em idade pré-escolar matriculadas em instituições municipais de ensino público do município de Araraquara-SP. As propriedades psicométricas dos instrumentos aplicados à amostra foram analisadas a partir de análise fatorial confirmatória. As validades convergente e discriminante e a confiabilidade foram investigadas. Utilizou-se análise multigrupos para avaliação da invariância fatorial de cada instrumento em amostras independentes. Após ajustamento dos modelos fatoriais dos instrumentos, os escores médios dos fatores dos instrumentos foram calculados e comparados entre subgrupos delimitados pelas características amostrais por meio de análise de variância (ANOVA). Resultados: O modelo fatorial original do ECOHIS apresentou adequado ajustamento aos dados. Atestou-se invariância forte dos instrumentos em amostras independentes. Os indivíduos que apresentaram experiência de cárie e com menor renda familiar apresentaram maior impacto da saúde bucal em suas vidas. O modelo fatorial original do AUQEI não convergiu, apresentou colinearidade entre os fatores e alta correlação entre os itens 2 e 3. Foi sugerido um modelo unifatorial com exclusão de um item que apresentou adequado ajustamento aos dados. Não houve diferença estatística nos escores de bem-estar subjetivo de acordo com o sexo da criança e idade, estado civil, exercício de atividade laboral e estrato econômico das mães e 67,5% das crianças apresentaram percepção de bem-estar positivo. Conclusão: Os dados coletados com o ECOHIS e o AUQEI junto a crianças pré-escolares foram válidos e confiáveis. A maioria das crianças apresentou bem-estar subjetivo positivo sem relação com as características demográficas da criança ou da mãe. As variáveis estrato econômico, experiência de cárie e nível de placa apresentaram influência significativa na percepção do impacto da saúde bucal na vida das crianças.