Análise estratigráfica, sedimentar e paleomagnética do Grupo Iguatu, Ceará, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, André Renan Costa [UNESP]
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/166345
Resumo: O Nordeste Brasileiro apresenta extensa história geológica relacionada a tectonismo divergente e estabelecimento de sequências tipo, responsáveis pela separação dos continentes Sul-americano e Africano durante o Cretáceo. Tais eventos levaram à formação de um conjunto de bacias sedimentares denominadas Bacias Interiores do Nordeste, dentre as quais, o Grupo Iguatu. As bacias abrangem uma área sedimentar rasa de aproximadamente 1135 km2, parcialmente recoberta pelos açudes Orós e Lima Campos e fortemente controladas pela Faixa Cariri-Potiguar e suas zonas de cisalhamento proterozoicas NE-SW. É composto pelas Bacias Iguatu, Malhada Vermelha, Lima Campos e Icó, preenchidas por depósitos fluviais e por sedimentos finos a muito finos de planícies de inundação, além de depósitos de canais distais e de barras cascalhosas distribuídos isoladamente. Indícios de uma interação fluvio-eólica entre períodos chuvosos formadores de elementos arquiteturais fluviais e períodos secos no qual predominam processos de transporte eólico também podem ser observados nos estágios deposicionais finais da evolução das bacias. A Bacia Iguatu, devido ao seu cenário geomorfológico mais favorável, funciona como um bom guia estratigráfico para a aplicação dos estudos. A partir do mapeamento geológico, análise petrográfica, análise de fácies e interpretação de elementos estruturais foram determinadas quatro unidades litoestratigráficas para o Grupo Iguatu: Formação Icó, Malhada Vermelha, Lima Campos e Orós. O método de desmagnetização termal caracterizou as propriedades do campo magnético remanescente em siltitos e argilitos das Formações Malhada Vermelha e Orós. Por meio de colunas magnetoestratigráficas estimou-se uma idade Berriasiana (142,2 a 145,2 Ma) para a Formação Icó, representativa dos estágios finais de preenchimento da Bacia Iguatu.
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