Tendências temporais de coeficiente de detecção e prevalência de hanseníase no estado de São Paulo: uma análise tipo joinpoint regression
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/202196 |
Resumo: | Trata-se de um estudo ecológico-social utilizando dados de domínio público, relativos a coeficiente de detecção (CD) e prevalência (CP) de hanseníase no Estado de São Paulo de 2005 a 2018. Foram geradas séries mensais em cada grupo de vigilância epidemiológica (GVE); e conforme a categorização municipal por prioridade, sendo classificados como sem prioridade, e prioridades P1, P1-Ç e P2; e pelo índice paulista de responsabilidade social (IPRS), para serem submetidos a análise de séries temporais utilizando um modelo de regressão por pontos de inflexão (PDI), mediante o software Joinpoint 4.8.0.1. Além disso foi aplicado o teste chi-quadrado para comparar o número de municípios com distintos graus de CP e CD de 2005 e 2018. A tendência temporal do CD e CP do estado de São Paulo apresentou diminuição significativa (p<0,05) de 2005 a 2018. O CD dele teve um PDI (p<0,05) e continuou diminuindo até 2018. Dos GVE do estado, 10,71% tiveram um PDI e o restante 89,29% sem PDI, mas com diminuição do parâmetro. O CD de todos seus municípios apresentou diminuição significativa (p<0,05). A partir do ano 2005 os municípios com CD médio, alto, muito alto e hiperendêmico diminuíram (p<0,05) ao longo do tempo. Os municípios com CD médio não demonstraram PDI, já os de CD alto, muito alto e hiperendêmicos tiveram somente um PDI. Municípios em 2005 classificados como sem casos, com CD alto e muito alto, no ano 2018 foram classificados com CD médio, assim como os municípios com CD médio que se mantiveram com dada classificação. Os municípios com CD baixo no ano 2005, a pesar da sua diminuição, mantiveram a mesma classificação, já os com CD hiperendêmico no 2005, em 2018 atingiram CD alto. Municípios com prioridades P1 e P2 diminuíram o CD (p<0,05) no tempo, já os de prioridade P1-Ç não (p>0,05). De acordo com o IPRS, todos os municípios demonstraram diminuição no CD (p<0,05) no tempo. Com referência ao CP, este demonstrou que não existem municípios hiperendêmicos no estado de São Paulo, e que municípios com CP sem casos, alto e muito alto tiveram dois pontos de inflexão. Municípios em 2005 classificados com CP igual a zero e aqueles de CP baixo e médio, em 2018 demonstraram CP baixo, já os de CP alto e muito alto no 2005, classificaram-se com CP médio em 2018. Municípios com e sem prioridade, com dois PDI, no ano 2005 demonstraram CP médio e em 2018, municípios sem prioridade, assim como os de prioridade P2 e P1 se classificaram com CP baixo. Unicamente os municípios com prioridade P1-Ç, apresentaram CP médio em 2018. De acordo a classificação dos municípios pelo IPRS, em 2005 todos os municípios se classificaram com CP médio, já no ano 2018 demonstraram CP baixo a pesar da diminuição (p<0,05) ao longo do tempo. Pode-se concluir que a presente pesquisa serviu para substanciar o conhecimento sobre a realidade da hanseníase no estado de São Paulo onde, apesar da heterogeneidade observada, pesquisas na temática tempo-espacial ainda são escassas, e poucas as produções regionais sobre o tema que verificam a relação entre os determinantes sociais e coeficientes de detecção e prevalência. |
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Tendências temporais de coeficiente de detecção e prevalência de hanseníase no estado de São Paulo: uma análise tipo joinpoint regressionTemporal trends for detection and prevalence coefficients of hanseniasis in the state of São Paulo - BrazilEpidemiologiaEstudos de séries temporaisDoença de HansenRegressão joinpointEpidemiologyHansen diseaseJoinpoint regressionTime series studiesTrata-se de um estudo ecológico-social utilizando dados de domínio público, relativos a coeficiente de detecção (CD) e prevalência (CP) de hanseníase no Estado de São Paulo de 2005 a 2018. Foram geradas séries mensais em cada grupo de vigilância epidemiológica (GVE); e conforme a categorização municipal por prioridade, sendo classificados como sem prioridade, e prioridades P1, P1-Ç e P2; e pelo índice paulista de responsabilidade social (IPRS), para serem submetidos a análise de séries temporais utilizando um modelo de regressão por pontos de inflexão (PDI), mediante o software Joinpoint 4.8.0.1. Além disso foi aplicado o teste chi-quadrado para comparar o número de municípios com distintos graus de CP e CD de 2005 e 2018. A tendência temporal do CD e CP do estado de São Paulo apresentou diminuição significativa (p<0,05) de 2005 a 2018. O CD dele teve um PDI (p<0,05) e continuou diminuindo até 2018. Dos GVE do estado, 10,71% tiveram um PDI e o restante 89,29% sem PDI, mas com diminuição do parâmetro. O CD de todos seus municípios apresentou diminuição significativa (p<0,05). A partir do ano 2005 os municípios com CD médio, alto, muito alto e hiperendêmico diminuíram (p<0,05) ao longo do tempo. Os municípios com CD médio não demonstraram PDI, já os de CD alto, muito alto e hiperendêmicos tiveram somente um PDI. Municípios em 2005 classificados como sem casos, com CD alto e muito alto, no ano 2018 foram classificados com CD médio, assim como os municípios com CD médio que se mantiveram com dada classificação. Os municípios com CD baixo no ano 2005, a pesar da sua diminuição, mantiveram a mesma classificação, já os com CD hiperendêmico no 2005, em 2018 atingiram CD alto. Municípios com prioridades P1 e P2 diminuíram o CD (p<0,05) no tempo, já os de prioridade P1-Ç não (p>0,05). De acordo com o IPRS, todos os municípios demonstraram diminuição no CD (p<0,05) no tempo. Com referência ao CP, este demonstrou que não existem municípios hiperendêmicos no estado de São Paulo, e que municípios com CP sem casos, alto e muito alto tiveram dois pontos de inflexão. Municípios em 2005 classificados com CP igual a zero e aqueles de CP baixo e médio, em 2018 demonstraram CP baixo, já os de CP alto e muito alto no 2005, classificaram-se com CP médio em 2018. Municípios com e sem prioridade, com dois PDI, no ano 2005 demonstraram CP médio e em 2018, municípios sem prioridade, assim como os de prioridade P2 e P1 se classificaram com CP baixo. Unicamente os municípios com prioridade P1-Ç, apresentaram CP médio em 2018. De acordo a classificação dos municípios pelo IPRS, em 2005 todos os municípios se classificaram com CP médio, já no ano 2018 demonstraram CP baixo a pesar da diminuição (p<0,05) ao longo do tempo. Pode-se concluir que a presente pesquisa serviu para substanciar o conhecimento sobre a realidade da hanseníase no estado de São Paulo onde, apesar da heterogeneidade observada, pesquisas na temática tempo-espacial ainda são escassas, e poucas as produções regionais sobre o tema que verificam a relação entre os determinantes sociais e coeficientes de detecção e prevalência.This is an ecological-social study using public domain data, regarding the detection (DR) and prevalence (PR) rates of leprosy in the State of São Paulo - Brazil from 2005 to 2018. Monthly series were generated in each epidemiological surveillance groups (ESG); and according to the municipal categorization by priority and without priority, P1, P1-Ç and P2; and based in São Paulo Social Responsibility Index (SPSRI), to combine an analysis of time series using an inflection point (IP) regression model, the Joinpoint regression analysis software (version 4.8.0.1). In addition, the chi-square test was applied to compare the number of municipalities with different degrees of DR and PR from 2005 and 2018. The temporal trend of the DR and PR of the state of São Paulo decreased (p<0.05) from 2005 to 2018. Its DR had an IP (p <0.05) and continued to decrease until 2018. Of the state's GVE, 10.71% had an IP and the rest 89.29% without IP, but with a decrease in the parameter. The DR of all municipalities showed decrease (p<0.05). From 2005 municipalities with medium, high, very high and hyper-endemic DR decreased (p<0.05) over time. Municipalities with medium DR did not show IP, whereas those with high, very high and hyper-endemic DR had only one IP. Municipalities in 2005 classified as without cases, with high and very high DR, in 2018 were classified with medium DR, as well as municipalities with medium DR that remained with a given classification. The municipalities with low DR in 2005, despite their decrease, maintained the same classification, whereas those with hyper-endemic DR in 2005, in 2018 reached high DR. Municipalities with priorities P1 and P2 decreased the DR (p<0.05) over time, whereas those with priority P1-Ç did not (p>0.05). According to SPSRI, all municipalities showed a decrease in DR (p<0.05) over time. Concerning to the PR, this parameter showed no hyper-endemic municipalities in the state of São Paulo, and municipalities with PR without cases, high and very high, had two IP. Municipalities in 2005 classified with a PR equal to zero and those with low and medium PR, in 2018 showed low PR, while those with high and very high PR in 2005, classified themselves with average PR in 2018. Municipalities with and without priority, with two IP, in 2005, showed medium PR and in 2018, municipalities without priority, as well as those with priority P2 and P1 were classified with low PR. Only municipalities with priority P1-Ç, average PR transfer in 2018. According to the classification of municipalities by SPRSI, in 2005 all municipalities were classified with average PR, in the year 2018 they showed low PR despite the decrease (p<0.05) over time. In conclusion, the current research served to show the knowledge about the reality of leprosy in the state of São Paulo where, despite the heterogeneity observed, research of the spatial-time theme is still scarce, and few regional productions on the subject that verify the relationship between social determinants and detection and prevalence coefficients.Universidade Estadual Paulista (Unesp)Fortaleza, Carlos Magno Castelo Branco [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Gonçalves, Franciane Duarte2020-12-22T11:39:34Z2020-12-22T11:39:34Z2020-08-28info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/20219633004064078P9porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-09-04T13:10:03Zoai:repositorio.unesp.br:11449/202196Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestrepositoriounesp@unesp.bropendoar:29462024-09-04T13:10:03Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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Trata-se de um estudo ecológico-social utilizando dados de domínio público, relativos a coeficiente de detecção (CD) e prevalência (CP) de hanseníase no Estado de São Paulo de 2005 a 2018. Foram geradas séries mensais em cada grupo de vigilância epidemiológica (GVE); e conforme a categorização municipal por prioridade, sendo classificados como sem prioridade, e prioridades P1, P1-Ç e P2; e pelo índice paulista de responsabilidade social (IPRS), para serem submetidos a análise de séries temporais utilizando um modelo de regressão por pontos de inflexão (PDI), mediante o software Joinpoint 4.8.0.1. Além disso foi aplicado o teste chi-quadrado para comparar o número de municípios com distintos graus de CP e CD de 2005 e 2018. A tendência temporal do CD e CP do estado de São Paulo apresentou diminuição significativa (p<0,05) de 2005 a 2018. O CD dele teve um PDI (p<0,05) e continuou diminuindo até 2018. Dos GVE do estado, 10,71% tiveram um PDI e o restante 89,29% sem PDI, mas com diminuição do parâmetro. O CD de todos seus municípios apresentou diminuição significativa (p<0,05). A partir do ano 2005 os municípios com CD médio, alto, muito alto e hiperendêmico diminuíram (p<0,05) ao longo do tempo. Os municípios com CD médio não demonstraram PDI, já os de CD alto, muito alto e hiperendêmicos tiveram somente um PDI. Municípios em 2005 classificados como sem casos, com CD alto e muito alto, no ano 2018 foram classificados com CD médio, assim como os municípios com CD médio que se mantiveram com dada classificação. Os municípios com CD baixo no ano 2005, a pesar da sua diminuição, mantiveram a mesma classificação, já os com CD hiperendêmico no 2005, em 2018 atingiram CD alto. Municípios com prioridades P1 e P2 diminuíram o CD (p<0,05) no tempo, já os de prioridade P1-Ç não (p>0,05). De acordo com o IPRS, todos os municípios demonstraram diminuição no CD (p<0,05) no tempo. Com referência ao CP, este demonstrou que não existem municípios hiperendêmicos no estado de São Paulo, e que municípios com CP sem casos, alto e muito alto tiveram dois pontos de inflexão. Municípios em 2005 classificados com CP igual a zero e aqueles de CP baixo e médio, em 2018 demonstraram CP baixo, já os de CP alto e muito alto no 2005, classificaram-se com CP médio em 2018. Municípios com e sem prioridade, com dois PDI, no ano 2005 demonstraram CP médio e em 2018, municípios sem prioridade, assim como os de prioridade P2 e P1 se classificaram com CP baixo. Unicamente os municípios com prioridade P1-Ç, apresentaram CP médio em 2018. De acordo a classificação dos municípios pelo IPRS, em 2005 todos os municípios se classificaram com CP médio, já no ano 2018 demonstraram CP baixo a pesar da diminuição (p<0,05) ao longo do tempo. Pode-se concluir que a presente pesquisa serviu para substanciar o conhecimento sobre a realidade da hanseníase no estado de São Paulo onde, apesar da heterogeneidade observada, pesquisas na temática tempo-espacial ainda são escassas, e poucas as produções regionais sobre o tema que verificam a relação entre os determinantes sociais e coeficientes de detecção e prevalência. |
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