Efeito da via de parto sobre a força muscular do assoalho pélvico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barbosa, Angélica Mércia Pascon [UNESP]
Data de Publicação: 2005
Outros Autores: Carvalho, Lídia Raquel de [UNESP], Martins, Anice Maria Vieira de Camargo [UNESP], Calderon, Iracema de Mattos Paranhos [UNESP], Rudge, Marilza Vieira Cunha [UNESP]
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
DOI: 10.1590/S0100-72032005001100008
Texto Completo: http://dx.doi.org/10.1590/S0100-72032005001100008
http://hdl.handle.net/11449/12093
Resumo: OBJETIVO: analisar a influência da via de parto sobre a força muscular do assoalho pélvico (FM-AP). MÉTODOS: estudo clínico de corte transversal, para avaliar a FM-AP pelo teste da avaliação da força do assoalho pélvico (AFA) e uso do perineômetro em primíparas, entre 20-30 anos de idade, 4-6 meses pós-parto. A contração, medida pelos dois testes, foi classificada em: zero - ausência, um - leve, dois - moderada e três - normal, sustentada por 6 segundos. Avaliaram-se 94 mulheres, entre 20 e 30 anos, divididas em três grupos: pós-parto vaginal (n=32); pós-cesárea (n=32) e nulíparas (n=30). A variável independente foi a via de parto e a dependente, a FM-AP. A comparação entre os graus de contração foi realizada pelo teste de Kruskal-Wallis e o teste de Dunn para comparações múltiplas; a influência da via de parto pelo teste chi2, o risco relativo (RR) para alteração da FM-AP e o coeficiente kappa para avaliar equivalência entre os testes. RESULTADOS: a mediana e 1º e 3º quartil da FM-AP foram menores (p=0,01) pós-parto vaginal (2,0;1-2) e intermediários pós-cesárea (2,0; 2-3) em relação às nulíparas (3,0;2-3), tanto analisadas pelo AFA como pelo perineômetro. Aumentou o RR de exame alterado pós-parto vaginal (RR=2,5; IC 95%: 1,3-5,0; p=0,002); (RR=2,3; IC 95%: 1,2-4,3; p=0,005) e pós-cesárea (RR=1,5; IC 95%: 0,94-2,57; p=0,12); (RR=1,3; IC 95%: 0,85-2,23; p=0,29) pelo PFSE e perineômetro, respectivamente. CONCLUSÕES: o parto vaginal diminuiu a força muscular do AP de primíparas quando comparado com os casos submetidos à cesárea e com as nulíparas.
id UNSP_3686940759698b25e8630780c9edf6b6
oai_identifier_str oai:repositorio.unesp.br:11449/12093
network_acronym_str UNSP
network_name_str Repositório Institucional da UNESP
repository_id_str 2946
spelling Efeito da via de parto sobre a força muscular do assoalho pélvicoThe influence of the delivery route on pelvic floor muscle strengthAssoalho pélvicoParto normalCesáreaPelvic floorNatural childbirthCesarean sectionOBJETIVO: analisar a influência da via de parto sobre a força muscular do assoalho pélvico (FM-AP). MÉTODOS: estudo clínico de corte transversal, para avaliar a FM-AP pelo teste da avaliação da força do assoalho pélvico (AFA) e uso do perineômetro em primíparas, entre 20-30 anos de idade, 4-6 meses pós-parto. A contração, medida pelos dois testes, foi classificada em: zero - ausência, um - leve, dois - moderada e três - normal, sustentada por 6 segundos. Avaliaram-se 94 mulheres, entre 20 e 30 anos, divididas em três grupos: pós-parto vaginal (n=32); pós-cesárea (n=32) e nulíparas (n=30). A variável independente foi a via de parto e a dependente, a FM-AP. A comparação entre os graus de contração foi realizada pelo teste de Kruskal-Wallis e o teste de Dunn para comparações múltiplas; a influência da via de parto pelo teste chi2, o risco relativo (RR) para alteração da FM-AP e o coeficiente kappa para avaliar equivalência entre os testes. RESULTADOS: a mediana e 1º e 3º quartil da FM-AP foram menores (p=0,01) pós-parto vaginal (2,0;1-2) e intermediários pós-cesárea (2,0; 2-3) em relação às nulíparas (3,0;2-3), tanto analisadas pelo AFA como pelo perineômetro. Aumentou o RR de exame alterado pós-parto vaginal (RR=2,5; IC 95%: 1,3-5,0; p=0,002); (RR=2,3; IC 95%: 1,2-4,3; p=0,005) e pós-cesárea (RR=1,5; IC 95%: 0,94-2,57; p=0,12); (RR=1,3; IC 95%: 0,85-2,23; p=0,29) pelo PFSE e perineômetro, respectivamente. CONCLUSÕES: o parto vaginal diminuiu a força muscular do AP de primíparas quando comparado com os casos submetidos à cesárea e com as nulíparas.PURPOSE: to evaluate the influence of the delivery route on pelvic floor (PF) muscle strength. METHODS: a cross-sectional study was conducted to evaluate PF muscle strength by the pelvic floor strength evaluation (PFSE) test and perineometer in primiparous patients aged 20 to 30 years 4 to 6 months after delivery. The categorization was: zero lack of muscle contraction; one - weak contraction; two - moderate contraction not sustained for 6 s and three - normal contraction sustained for 6 s. A total of 94 patients were divided into there groups based on prior delivery route. They were: 32 patients with vaginal delivery with singleton cephalic presentation; 32 patients with cesarean delivery, and 30 nulliparous patients as a control group. The independent variable was delivery route and the dependent one was the muscle strength of the PF. Comparison between contraction levels was performed by Kruskal-Wallis and Dunn multiple comparison tests and the influence of delivery method was tested by chi2. Confidence interval of 95% was obtained for relative risk (RR) of Pf muscle strength changes and kappa statistics. RESULTS: the 1st and 3rd quartiles of delivery route regarding PF muscle strength were lower (p=0.01) for vaginal delivery (2.0;1-2) and intermediate for cesarean section (2.0;2-3) compared to the nulliparous (3.0;2-3) by the PFSE test and perineometer. RR of the altered examination was increased after vaginal delivery (RR=2.58; CI 95%: 1.32-5.04, p=0.002); (RR=2.31; CI 95%: 1.24-4.32, p=0.005), and after cesarean section (RR=1.56; CI 95%: 0.94-2.57, p= 0.12); (RR=1.38; CI 95%: 0.85-2.23, p=0.29) by AFA and perineometer, respectively. CONCLUSIONS: vaginal delivery decreased PF muscle strength when compared with cesarean delivery and control groups.UNESP Faculdade de Medicina de BotucatuUNESP Instituto BiologiaUNESP Departamento de Ginecologia e ObstetríciaUNESP Faculdade de Medicina de BotucatuUNESP Instituto BiologiaUNESP Departamento de Ginecologia e ObstetríciaFederação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e ObstetríciaUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Barbosa, Angélica Mércia Pascon [UNESP]Carvalho, Lídia Raquel de [UNESP]Martins, Anice Maria Vieira de Camargo [UNESP]Calderon, Iracema de Mattos Paranhos [UNESP]Rudge, Marilza Vieira Cunha [UNESP]2014-05-20T13:35:12Z2014-05-20T13:35:12Z2005-11-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/article677-682application/pdfhttp://dx.doi.org/10.1590/S0100-72032005001100008Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia, v. 27, n. 11, p. 677-682, 2005.0100-7203http://hdl.handle.net/11449/1209310.1590/S0100-72032005001100008S0100-72032005001100008S0100-72032005001100008.pdf0679387622604743675868038883507865078582038994150000-0002-9227-832XSciELOreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporRevista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia0,292info:eu-repo/semantics/openAccess2024-08-16T14:07:08Zoai:repositorio.unesp.br:11449/12093Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-16T14:07:08Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
dc.title.none.fl_str_mv Efeito da via de parto sobre a força muscular do assoalho pélvico
The influence of the delivery route on pelvic floor muscle strength
title Efeito da via de parto sobre a força muscular do assoalho pélvico
spellingShingle Efeito da via de parto sobre a força muscular do assoalho pélvico
Efeito da via de parto sobre a força muscular do assoalho pélvico
Barbosa, Angélica Mércia Pascon [UNESP]
Assoalho pélvico
Parto normal
Cesárea
Pelvic floor
Natural childbirth
Cesarean section
Barbosa, Angélica Mércia Pascon [UNESP]
Assoalho pélvico
Parto normal
Cesárea
Pelvic floor
Natural childbirth
Cesarean section
title_short Efeito da via de parto sobre a força muscular do assoalho pélvico
title_full Efeito da via de parto sobre a força muscular do assoalho pélvico
title_fullStr Efeito da via de parto sobre a força muscular do assoalho pélvico
Efeito da via de parto sobre a força muscular do assoalho pélvico
title_full_unstemmed Efeito da via de parto sobre a força muscular do assoalho pélvico
Efeito da via de parto sobre a força muscular do assoalho pélvico
title_sort Efeito da via de parto sobre a força muscular do assoalho pélvico
author Barbosa, Angélica Mércia Pascon [UNESP]
author_facet Barbosa, Angélica Mércia Pascon [UNESP]
Barbosa, Angélica Mércia Pascon [UNESP]
Carvalho, Lídia Raquel de [UNESP]
Martins, Anice Maria Vieira de Camargo [UNESP]
Calderon, Iracema de Mattos Paranhos [UNESP]
Rudge, Marilza Vieira Cunha [UNESP]
Carvalho, Lídia Raquel de [UNESP]
Martins, Anice Maria Vieira de Camargo [UNESP]
Calderon, Iracema de Mattos Paranhos [UNESP]
Rudge, Marilza Vieira Cunha [UNESP]
author_role author
author2 Carvalho, Lídia Raquel de [UNESP]
Martins, Anice Maria Vieira de Camargo [UNESP]
Calderon, Iracema de Mattos Paranhos [UNESP]
Rudge, Marilza Vieira Cunha [UNESP]
author2_role author
author
author
author
dc.contributor.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.contributor.author.fl_str_mv Barbosa, Angélica Mércia Pascon [UNESP]
Carvalho, Lídia Raquel de [UNESP]
Martins, Anice Maria Vieira de Camargo [UNESP]
Calderon, Iracema de Mattos Paranhos [UNESP]
Rudge, Marilza Vieira Cunha [UNESP]
dc.subject.por.fl_str_mv Assoalho pélvico
Parto normal
Cesárea
Pelvic floor
Natural childbirth
Cesarean section
topic Assoalho pélvico
Parto normal
Cesárea
Pelvic floor
Natural childbirth
Cesarean section
description OBJETIVO: analisar a influência da via de parto sobre a força muscular do assoalho pélvico (FM-AP). MÉTODOS: estudo clínico de corte transversal, para avaliar a FM-AP pelo teste da avaliação da força do assoalho pélvico (AFA) e uso do perineômetro em primíparas, entre 20-30 anos de idade, 4-6 meses pós-parto. A contração, medida pelos dois testes, foi classificada em: zero - ausência, um - leve, dois - moderada e três - normal, sustentada por 6 segundos. Avaliaram-se 94 mulheres, entre 20 e 30 anos, divididas em três grupos: pós-parto vaginal (n=32); pós-cesárea (n=32) e nulíparas (n=30). A variável independente foi a via de parto e a dependente, a FM-AP. A comparação entre os graus de contração foi realizada pelo teste de Kruskal-Wallis e o teste de Dunn para comparações múltiplas; a influência da via de parto pelo teste chi2, o risco relativo (RR) para alteração da FM-AP e o coeficiente kappa para avaliar equivalência entre os testes. RESULTADOS: a mediana e 1º e 3º quartil da FM-AP foram menores (p=0,01) pós-parto vaginal (2,0;1-2) e intermediários pós-cesárea (2,0; 2-3) em relação às nulíparas (3,0;2-3), tanto analisadas pelo AFA como pelo perineômetro. Aumentou o RR de exame alterado pós-parto vaginal (RR=2,5; IC 95%: 1,3-5,0; p=0,002); (RR=2,3; IC 95%: 1,2-4,3; p=0,005) e pós-cesárea (RR=1,5; IC 95%: 0,94-2,57; p=0,12); (RR=1,3; IC 95%: 0,85-2,23; p=0,29) pelo PFSE e perineômetro, respectivamente. CONCLUSÕES: o parto vaginal diminuiu a força muscular do AP de primíparas quando comparado com os casos submetidos à cesárea e com as nulíparas.
publishDate 2005
dc.date.none.fl_str_mv 2005-11-01
2014-05-20T13:35:12Z
2014-05-20T13:35:12Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://dx.doi.org/10.1590/S0100-72032005001100008
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia, v. 27, n. 11, p. 677-682, 2005.
0100-7203
http://hdl.handle.net/11449/12093
10.1590/S0100-72032005001100008
S0100-72032005001100008
S0100-72032005001100008.pdf
0679387622604743
6758680388835078
6507858203899415
0000-0002-9227-832X
url http://dx.doi.org/10.1590/S0100-72032005001100008
http://hdl.handle.net/11449/12093
identifier_str_mv Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia, v. 27, n. 11, p. 677-682, 2005.
0100-7203
10.1590/S0100-72032005001100008
S0100-72032005001100008
S0100-72032005001100008.pdf
0679387622604743
6758680388835078
6507858203899415
0000-0002-9227-832X
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia
0,292
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 677-682
application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia
publisher.none.fl_str_mv Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia
dc.source.none.fl_str_mv SciELO
reponame:Repositório Institucional da UNESP
instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron:UNESP
instname_str Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron_str UNESP
institution UNESP
reponame_str Repositório Institucional da UNESP
collection Repositório Institucional da UNESP
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1822182451252822016
dc.identifier.doi.none.fl_str_mv 10.1590/S0100-72032005001100008