Mapeamento participativo como metodologia de análise: o caso da Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade em Rio Claro – SP

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Diotto, Marina Gama [UNESP]
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/204690
Resumo: Os diferentes grupos sociais possuem uma relação afetiva com o lugar habitado e, portanto, comunidades que vivem em territórios localizados dentro das unidades de conservação, possuem um modo de vida relacionado àquela localidade, atribuindo valores simbólicos ao território. A Associação “Viva o Horto” localiza-se na Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade, no município de Rio Claro, interior de São Paulo, sendo constituída por antigos trabalhadores da Companhia Paulista de Estradas de Ferro e seus familiares que, há mais de 70 anos vivem numa área conhecida como antigo Horto Florestal de Rio Claro. Desde a década de 1990 a comunidade tem lutado contra as medidas de reintegração de posse por parte do Estado de São Paulo, gerando uma tensão entre os moradores. Neste contexto, a presente pesquisa teve como objetivo fundamental analisar o potencial da metodologia participativa como importante ferramenta para registrar o conhecimento cultural e a identidade dos moradores acerca do território da Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade (FEENA), através do mapeamento participativo. Para tanto, a abordagem metodológica escolhida foi a cartografia participativa, podendo esta ser uma ferramenta para a inserção dos diversos grupos sociais na gestão do território, por permitir a elaboração de mapas a partir da percepção dos usuários, documentando através do mapeamento o conhecimento cultural ou até mesmo os diferentes costumes. Foram realizados trabalhos de campo na área de estudo, reuniões coletivas e entrevistas individuais, que permitiram criar uma relação de confiança entre a pesquisadora e a comunidade. A partir disso, foram discutidas as problemáticas e necessidades da comunidade, assim como seus anseios para a melhoria da qualidade de vida das famílias residentes, resultando na elaboração de um diagnostico participativo. No decorrer das etapas da pesquisa, verificou-se que a comunidade refletiu sobre seu conhecimento cultural e quanto tal conhecimento é importante para a conservação ambiental e histórica da FEENA. Conclui-se que o mapeamento participativo pode auxiliar na gestão pública - destacando na presente pesquisa a gestão ambiental - visto que possibilita a participação dos diversos grupos sociais (incluindo os iletrados), tornando a gestão democrática, onde a comunidade pode interferir nas decisões que os afetam cotidianamente.
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A Associação “Viva o Horto” localiza-se na Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade, no município de Rio Claro, interior de São Paulo, sendo constituída por antigos trabalhadores da Companhia Paulista de Estradas de Ferro e seus familiares que, há mais de 70 anos vivem numa área conhecida como antigo Horto Florestal de Rio Claro. Desde a década de 1990 a comunidade tem lutado contra as medidas de reintegração de posse por parte do Estado de São Paulo, gerando uma tensão entre os moradores. Neste contexto, a presente pesquisa teve como objetivo fundamental analisar o potencial da metodologia participativa como importante ferramenta para registrar o conhecimento cultural e a identidade dos moradores acerca do território da Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade (FEENA), através do mapeamento participativo. Para tanto, a abordagem metodológica escolhida foi a cartografia participativa, podendo esta ser uma ferramenta para a inserção dos diversos grupos sociais na gestão do território, por permitir a elaboração de mapas a partir da percepção dos usuários, documentando através do mapeamento o conhecimento cultural ou até mesmo os diferentes costumes. Foram realizados trabalhos de campo na área de estudo, reuniões coletivas e entrevistas individuais, que permitiram criar uma relação de confiança entre a pesquisadora e a comunidade. A partir disso, foram discutidas as problemáticas e necessidades da comunidade, assim como seus anseios para a melhoria da qualidade de vida das famílias residentes, resultando na elaboração de um diagnostico participativo. No decorrer das etapas da pesquisa, verificou-se que a comunidade refletiu sobre seu conhecimento cultural e quanto tal conhecimento é importante para a conservação ambiental e histórica da FEENA. Conclui-se que o mapeamento participativo pode auxiliar na gestão pública - destacando na presente pesquisa a gestão ambiental - visto que possibilita a participação dos diversos grupos sociais (incluindo os iletrados), tornando a gestão democrática, onde a comunidade pode interferir nas decisões que os afetam cotidianamente.The different social groups have an affective relationship to the inhabited place and, therefore, communities that live in territories within the conservation units, have a way of life related to that place, attributing symbolic values to the territory. The “Viva o Horto” Association located in the Edmundo Navarro de Andrade State Forest, at Rio Claro, São Paulo, being made up of former workers from Companhia Paulista de Estradas de Ferro and their family members who, for more than 70 years, have lived in an area known as the former Horto Florestal de Rio Claro. Since the 1990s, the community has been fighting against the repossession measures by the State of São Paulo, creating tension among residents. In this context, the present research had as fundamental objective to analyze how the participatory methodology can be an important tool to register the cultural knowledge and the identity of the inhabitants about the territory of the Edmundo Navarro de Andrade State Forest (FEENA), through participatory mapping. For this, the methodological approach chosen was participatory cartography, which can be a tool for the insertion of different social groups in the management of the territory, as it allows the elaboration of maps from the perception of users, documenting cultural knowledge or mapping even the different customs. Field work was carried out in the study area, collective meetings and individual interviews, which allowed creating a relationship of trust between the researcher and the community. From this, the problems and needs of the community were discussed, as well as their aspirations to improve the quality of life of resident families, resulting in the development of a participatory diagnosis. During the steps of this research, it was found that the community reflected on its cultural knowledge and how important such knowledge is for FEENA's environmental and historical conservation. It is concluded that participatory mapping can help public management - highlighting environmental management in this research - since it enables the participation of different social groups (including the uneducated), making management democratic, where the community can interfere in the decisions that affect them on a daily basis.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)CAPES: 001Universidade Estadual Paulista (Unesp)Pancher, Andréia Medinilha [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Diotto, Marina Gama [UNESP]2021-05-18T13:38:23Z2021-05-18T13:38:23Z2021-03-17info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/20469033004137004P0porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2023-10-14T06:05:16Zoai:repositorio.unesp.br:11449/204690Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T14:52:44.957553Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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