Ecologia da polinização de Ipomoea asarifolia (Ders.) Roem. & Schult. (Convolvulaceae) na região semi-árida de Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Kiill, Lúcia Helena Piedade
Data de Publicação: 2003
Outros Autores: Ranga, Neusa Taroda [UNESP]
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://dx.doi.org/10.1590/S0102-33062003000300003
http://hdl.handle.net/11449/28804
Resumo: O presente trabalho foi desenvolvido no período de março/1995 a julho/1997, com o objetivo de estudar aspectos da fenologia, polinização e reprodução de Ipomoea asarifolia, na Fazenda Catalunha, Santa Maria da Boa Vista, PE. I. asarifolia é uma liana perene, com hábito exclusivamente rasteiro e floração registrada no período de março a outubro, caracterizada como do tipo cornucópia. As flores estão reunidas em cimeiras, são infundibuliformes, de cor rosa com as mesopétalas magenta, que funcionam como guias de néctar. A antese é diurna (5:30 e 6:00h) e a duração das flores é de aproximadamente seis horas. A quantidade de néctar secretada por flor é inferior a 1µl. Abelhas Megachilidae e Apidae foram os principais visitantes desta Convolvulaceae. Liturge huberi Ducke foi considerada polinizador efetivo e Acamptopoeum prinii Holm. e Diadasina riparia Ducke polinizadores ocasionais. Quanto ao sistema de reprodução, I. asarifolia é autoincompatível, produzindo frutos e sementes viáveis somente após polinização cruzada. Os testes de crescimento de tubo polínico mostraram que, após 10 horas, há tubos polínicos na micrópila de óvulos autopolinizados e daqueles submetidos à polinização cruzada, sugerindo que se trata de um sistema de incompatibilidade tardia. Os testes de germinação mostraram que somente as sementes obtidas em condições naturais (93,3%) e nos experimentos de polinização cruzada (100%) foram viáveis, reforçando os dados obtidos no sistema de reprodução.
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