A piedade epicureia e a formação do campo politikós do Jardim

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carvalho, Rafael Virgílio de [UNESP]
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/93401
Resumo: Em finais do século IV a.C., as fronteiras socioculturais do mundo grego já haviam sido abertas por Alexandre Magno, as poleis já não tinham a mesma autonomia que outrora, o demos já não estava mais absorto nos assuntos públicos e a religiosidade conseguia manter a duras penas sua identidade tradicional pátria. O filósofo Epicuro foi fruto desse contexto e, como tal, esforçou-se para suprir a alma humana com princípios que pudessem ainda lhe elevar ao Olimpo. Contudo, mesmo pregando o apolitismo, sendo um espírito humanista e cosmopolita, não se pode dizer que se absteve da prática politiké. Este termo grego é um adjetivo que faz referência à politeía, a “prática da cidadania”, cujo campo, diferentemente da contemporaneidade, abrangia o espaço da política e da religiosidade. O mestre do Jardim, de modo aparentemente contraditório, orientava seus discípulos a exercitarem sua cidadania e, como cidadão de Atenas, anunciava suas participações nos principais festivais públicos da polis. Assim, a proposta desta dissertação lança a análise à compreensão do campo politikós do Jardim a partir dos valores que o estruturaram e sob a problemática da abalada piedade do período. A ruptura de Epicuro com o platonismo, que fez parte de sua formação filosófica juvenil, mostra-se decisiva para o entendimento de sua postura politiké e é esta a hipótese de que parte o estudo.
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