Avaliação da atividade do óleo da semente de Pentaclethra macroloba (Willd.) Kuntze em relação à citotoxicidade, genotoxicidade e expressão gênica em célula de eucariotos
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/183282 |
Resumo: | Das sementes de Pentaclethra macroloba (Willd.) Kuntze, popularmente conhecida como Pracaxi, é possível a extração de um óleo que vem sendo utilizado no Brasil e em outros países para fins terapêuticos e cosméticos. Este vegetal é endêmico da região amazônica e frequentemente utilizado pela população ribeirinha como agente cicatrizante tópico, aplicado principalmente em parturientes e em picadas de serpentes, devido à sua ação antiofídica. Apesar do uso popular desse óleo, na literatura encontram-se poucos estudos avaliando seu potencial citotóxico e genotóxico. Frente a esta lacuna científica, o objetivo deste estudo foi investigar os efeitos deste óleo em células humanas HepG2/C3A in vitro, sob os aspectos de citotoxicidade, genotoxicidade, influência sobre o ciclo celular, apoptose e expressão de genes do metabolismo de xenobióticos e outras vias de sinalização celulares. Os testes do cometa e do micronúcleo foram utilizados na avaliação da genotoxicidade e mutagênese, citometria de fluxo na avaliação dos efeitos sobre o ciclo celular e apoptose, bem como a avaliação da expressão de alguns genes envolvidos nesses processos. Os resultados obtidos revelaram que o óleo não reduz a viabilidade celular nas concentrações de 31, 125 e 500 µg/mL. Nos ensaios do cometa e do micronúcleo, o óleo não apresentou efeitos genotóxico nas concentrações testadas. Além disso, a citometria de fluxo revelou que o óleo não induz apoptose nas células. A análise da expressão gênica revelou que, de todos os genes testados, os que sofreram estimulação foram os responsáveis pelo metabolismo de xenobióticos (CYPs), proliferação celular (mTOR) e estresse oxidativo (GPX1). Pelos resultados apresentados, sugere-se que o óleo se ligue ao receptor de membrana RTK, ativando a cascata PI3/AKT/mTOR de crescimento e proliferação celular, permitindo a entrada do óleo. Após sua entrada, as CYP1A1, CYP3A4 e CYP 1A2 são ativadas para metabolizarem o óleo, cujos produtos podem ter gerado ROS e desencadeado a expressão de GPX1. |
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Avaliação da atividade do óleo da semente de Pentaclethra macroloba (Willd.) Kuntze em relação à citotoxicidade, genotoxicidade e expressão gênica em célula de eucariotosEvaluation of Pentaclethra macroloba (Willd.) Kuntze seed oil activity in relation to cytotoxicity, genotoxicity and gene expression in eukaryotic cellsÓleo de PracaxiGenotoxicidadeCitotoxicidadeProdutos naturaisCYPmTORGPX1Pracaxi oilgenotoxicitycytotoxicitynatural productsgene expression of CYPDas sementes de Pentaclethra macroloba (Willd.) Kuntze, popularmente conhecida como Pracaxi, é possível a extração de um óleo que vem sendo utilizado no Brasil e em outros países para fins terapêuticos e cosméticos. Este vegetal é endêmico da região amazônica e frequentemente utilizado pela população ribeirinha como agente cicatrizante tópico, aplicado principalmente em parturientes e em picadas de serpentes, devido à sua ação antiofídica. Apesar do uso popular desse óleo, na literatura encontram-se poucos estudos avaliando seu potencial citotóxico e genotóxico. Frente a esta lacuna científica, o objetivo deste estudo foi investigar os efeitos deste óleo em células humanas HepG2/C3A in vitro, sob os aspectos de citotoxicidade, genotoxicidade, influência sobre o ciclo celular, apoptose e expressão de genes do metabolismo de xenobióticos e outras vias de sinalização celulares. Os testes do cometa e do micronúcleo foram utilizados na avaliação da genotoxicidade e mutagênese, citometria de fluxo na avaliação dos efeitos sobre o ciclo celular e apoptose, bem como a avaliação da expressão de alguns genes envolvidos nesses processos. Os resultados obtidos revelaram que o óleo não reduz a viabilidade celular nas concentrações de 31, 125 e 500 µg/mL. Nos ensaios do cometa e do micronúcleo, o óleo não apresentou efeitos genotóxico nas concentrações testadas. Além disso, a citometria de fluxo revelou que o óleo não induz apoptose nas células. A análise da expressão gênica revelou que, de todos os genes testados, os que sofreram estimulação foram os responsáveis pelo metabolismo de xenobióticos (CYPs), proliferação celular (mTOR) e estresse oxidativo (GPX1). Pelos resultados apresentados, sugere-se que o óleo se ligue ao receptor de membrana RTK, ativando a cascata PI3/AKT/mTOR de crescimento e proliferação celular, permitindo a entrada do óleo. Após sua entrada, as CYP1A1, CYP3A4 e CYP 1A2 são ativadas para metabolizarem o óleo, cujos produtos podem ter gerado ROS e desencadeado a expressão de GPX1.From the Pentaclethra macroloba (Willd.) Kuntze seeds, popularly known as Pracaxi, it is possible to extract an oil that is being used in Brazil and in other countries for therapeutic and cosmetic purposes. This plant is endemic to the Amazon region and is frequently used by the riverine population as a topical healing agent, applied mainly to parturients and snake bites due to its antiofidic action. Despite the popular use of this oil, there are few studies in the literature evaluating its cytotoxic and genotoxic potential. The objective of this study was to investigate the effects of this oil on human HepG2 / C3A cells in vitro, under the aspects of cytotoxicity, genotoxicity, influence on the cell cycle, apoptosis and expression of xenobiotic and other metabolism genes cellular signaling pathways. The comet and micronucleus tests were used in the evaluation of genotoxicity and mutagenesis, flow cytometry in the evaluation of effects on the cell cycle and apoptosis, as well as the evaluation of the expression of some genes involved in these processes. The results showed that the oil did not reduce cell viability at concentrations of 31, 125 and 500 μg / mL. In the comet and micronucleus tests, the oil had no genotoxic effects at the concentrations tested. In addition, flow cytometry revealed that the oil does not induce apoptosis in cells. Analysis of gene expression revealed that of all genes tested, those that underwent stimulation were responsible for the metabolism of xenobiotics (CYPs), cell proliferation (mTOR) and oxidative stress (GPX1). From the results presented, it is suggested that the oil binds to the RTK membrane receptor, activating the PI3 / AKT / mTOR cascade of cell growth and proliferation, allowing the oil to enter. Upon entry, CYP1A1, CYP3A4 and CYP 1A2 are activated to metabolize the oil, whose products may have generated ROS and triggered the expression of GPX1Universidade Estadual Paulista (Unesp)Maistro, Edson Luis [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Cunha, Camila Lehnhardt Pires2019-08-23T12:54:03Z2019-08-23T12:54:03Z2019-07-12info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/18328200091974933004064080P347875216130383150000-0003-0757-7876porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2023-12-08T06:18:19Zoai:repositorio.unesp.br:11449/183282Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T19:45:32.068004Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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Das sementes de Pentaclethra macroloba (Willd.) Kuntze, popularmente conhecida como Pracaxi, é possível a extração de um óleo que vem sendo utilizado no Brasil e em outros países para fins terapêuticos e cosméticos. Este vegetal é endêmico da região amazônica e frequentemente utilizado pela população ribeirinha como agente cicatrizante tópico, aplicado principalmente em parturientes e em picadas de serpentes, devido à sua ação antiofídica. Apesar do uso popular desse óleo, na literatura encontram-se poucos estudos avaliando seu potencial citotóxico e genotóxico. Frente a esta lacuna científica, o objetivo deste estudo foi investigar os efeitos deste óleo em células humanas HepG2/C3A in vitro, sob os aspectos de citotoxicidade, genotoxicidade, influência sobre o ciclo celular, apoptose e expressão de genes do metabolismo de xenobióticos e outras vias de sinalização celulares. Os testes do cometa e do micronúcleo foram utilizados na avaliação da genotoxicidade e mutagênese, citometria de fluxo na avaliação dos efeitos sobre o ciclo celular e apoptose, bem como a avaliação da expressão de alguns genes envolvidos nesses processos. Os resultados obtidos revelaram que o óleo não reduz a viabilidade celular nas concentrações de 31, 125 e 500 µg/mL. Nos ensaios do cometa e do micronúcleo, o óleo não apresentou efeitos genotóxico nas concentrações testadas. Além disso, a citometria de fluxo revelou que o óleo não induz apoptose nas células. A análise da expressão gênica revelou que, de todos os genes testados, os que sofreram estimulação foram os responsáveis pelo metabolismo de xenobióticos (CYPs), proliferação celular (mTOR) e estresse oxidativo (GPX1). Pelos resultados apresentados, sugere-se que o óleo se ligue ao receptor de membrana RTK, ativando a cascata PI3/AKT/mTOR de crescimento e proliferação celular, permitindo a entrada do óleo. Após sua entrada, as CYP1A1, CYP3A4 e CYP 1A2 são ativadas para metabolizarem o óleo, cujos produtos podem ter gerado ROS e desencadeado a expressão de GPX1. |
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