Efeito de dois anos de pandemia de COVID-19 sobre variáveis antropométricas, hemodinâmicas, funcionais, qualidade de vida e nível de atividade física de mulheres idosas de baixa renda

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fernandes, Bianca
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/244145
Resumo: Introdução: A pandemia de COVID-19 pode ter sido responsável pela redução do nível de atividade física, aumento do comportamento sedentário e piora de índices de saúde e qualidade de vida, inclusive na população idosa. Indivíduos idosos que participavam anteriormente de programas regulares de exercício físico e tiveram suas atividades interrompidas, podem perder ou reduzir os benefícios adquiridos pelo exercício. Objetivo: Investigar o comportamento de variáveis antropométricas, hemodinâmicas, funcionais, qualidade de vida e nível de atividade física de mulheres idosas de baixa renda previamente ativas durante os dois primeiros anos de pandemia de COVID-19. Metodologia: 56 mulheres idosas (73,01 ± 5,4 anos) de baixa renda, que interromperam sua participação em programas de exercício físico comunitário (treinamento intervalado de alta intensidade somado ao treinamento resistido (TI+TR, N = 19); treinamento contínuo de moderada intensidade somado ao treinamento resistido (TC+TR, N = 25); e treinamento resistido isolado (TR, N = 12)) devido às medidas de contenção da pandemia, tiveram a massa corporal, índice de massa corpórea (IMC), circunferência da cintura (CC), pressão arterial (PA), frequência cardíaca (FC), rigidez arterial, flexibilidade (teste de sentar e alcançar), força de preensão palmar (dinamômetro de punho hidráulico), força de membros inferiores (teste de sentar e levantar cinco vezes, TSL), agilidade e equilíbrio (Timed Up and Go, TUG), desempenho aeróbio (teste de caminhada de 6 minutos, TC6), nível de atividade física (IPAQ) e qualidade de vida (WHOQOL bref e old) avaliados antes e após dois anos de pandemia. Resultados: Houve redução da massa corporal (-1,3 kg, P = 0.046), IMC (-0,6 kg/m², P = 0.002) e FC (-4,3 bpm, P = 0.004); aumento da CC (2,6 cm, P = 0.007), da PA sistólica (PAS) (6,9 mmHg, P = 0.018) e rigidez arterial (1,24 m/s, P < 0.001); piora no desempenho do teste de sentar e alcançar (-1,8 cm, P < 0.001), força e preensão palmar (-1,1 kgf, P = 0.009), TSL cinco vezes (1,0 s, P = 0.003) e TC6 (-74,2 m, P < 0.001); aumento da atividade física moderada (77,8 min/sem, P = 0.019) e do tempo sentado aos finais de semana (0,8 hs/sem, P = 0.020) e do tempo total sentado (0,6 hs/sem, P = 0.025), e redução da atividade física vigorosa (-37,8 min/sem, P = 0.001); aumento dos domínios físico (P = 0.029) e psicológico (P = 0.021) em WHOQOL-bref e da faceta intimidade (P = 0.023) em WHOQOL-old ao longo de dois anos de seguimento. Entretanto, a análise por grupos demonstrou que houve redução da massa corporal (-2 cm, P = 0.041), IMC (-0,9 kg/m², P = 0.033) e FC (-7,3 bpm, P = 0.01) apenas no grupo TR; aumento da rigidez arterial (1,8 m/s, P > 0.001) em TC+TR; piora desempenho do teste de sentar e alcançar (-2,5 cm, P < 0.001) em TC+TR, no TSL cinco vezes (1,9 s, P < 0.005) em TR e no TC6 absoluto (-50,4 m, P = 0.002; -97,6 m, P < 0.001; -63,2 m, P = 0.002), inclusive, no predito (-4,3 m, P = 0.003; -5,0 m, P < 0.001; e -4,3 m, P = 0.004) e na porcentagem relativa (-9,7 %, P = 0.003; -19,0 %, P < 0.001; -12,2 %, P = 0.004) em todos os grupos de treinamento (TI+TR, TC+TR e TR, respectivamente); além do aumento do domínio físico (P = 0.01) do WHOQOL-bref em TC+TR. Conclusão: Os dois primeiros anos de pandemia de COVID-19 foram prejudiciais na saúde de mulheres idosas previamente ativas, especificamente na CC, rigidez arterial, PAS e capacidade funcional (flexibilidade e força de preensão palmar e de membros inferiores), principalmente nos grupos TC+TR e TR. O pior declínio encontrado foi no TC6 em todos os grupos, o que demonstra relevante piora da capacidade de caminhada (e cardiorrespiratória) nessa população. Apesar disso, não houve mudanças significativas em outras variáveis do estudo, o que sugere que mulheres idosas previamente ativas podem ter menor efeito deletério do envelhecimento mesmo em períodos mais longos de mudanças drásticas de hábitos e rotina, como exemplo, a pandemia de COVID-19.
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spelling Efeito de dois anos de pandemia de COVID-19 sobre variáveis antropométricas, hemodinâmicas, funcionais, qualidade de vida e nível de atividade física de mulheres idosas de baixa rendaEffect of two years of pandemic COVID-19 on anthropometric, hemodynamic, functional variables, quality of life and physical activity level of low-income elderly womenIdosasCovid-19Exercícios FísicosSaúdeQualidade de VidaNível de Atividade FísicaAgingCOVID-19 pandemicArterial stiffnessFunctiontal capacityLevel of physical activityIntrodução: A pandemia de COVID-19 pode ter sido responsável pela redução do nível de atividade física, aumento do comportamento sedentário e piora de índices de saúde e qualidade de vida, inclusive na população idosa. Indivíduos idosos que participavam anteriormente de programas regulares de exercício físico e tiveram suas atividades interrompidas, podem perder ou reduzir os benefícios adquiridos pelo exercício. Objetivo: Investigar o comportamento de variáveis antropométricas, hemodinâmicas, funcionais, qualidade de vida e nível de atividade física de mulheres idosas de baixa renda previamente ativas durante os dois primeiros anos de pandemia de COVID-19. Metodologia: 56 mulheres idosas (73,01 ± 5,4 anos) de baixa renda, que interromperam sua participação em programas de exercício físico comunitário (treinamento intervalado de alta intensidade somado ao treinamento resistido (TI+TR, N = 19); treinamento contínuo de moderada intensidade somado ao treinamento resistido (TC+TR, N = 25); e treinamento resistido isolado (TR, N = 12)) devido às medidas de contenção da pandemia, tiveram a massa corporal, índice de massa corpórea (IMC), circunferência da cintura (CC), pressão arterial (PA), frequência cardíaca (FC), rigidez arterial, flexibilidade (teste de sentar e alcançar), força de preensão palmar (dinamômetro de punho hidráulico), força de membros inferiores (teste de sentar e levantar cinco vezes, TSL), agilidade e equilíbrio (Timed Up and Go, TUG), desempenho aeróbio (teste de caminhada de 6 minutos, TC6), nível de atividade física (IPAQ) e qualidade de vida (WHOQOL bref e old) avaliados antes e após dois anos de pandemia. Resultados: Houve redução da massa corporal (-1,3 kg, P = 0.046), IMC (-0,6 kg/m², P = 0.002) e FC (-4,3 bpm, P = 0.004); aumento da CC (2,6 cm, P = 0.007), da PA sistólica (PAS) (6,9 mmHg, P = 0.018) e rigidez arterial (1,24 m/s, P < 0.001); piora no desempenho do teste de sentar e alcançar (-1,8 cm, P < 0.001), força e preensão palmar (-1,1 kgf, P = 0.009), TSL cinco vezes (1,0 s, P = 0.003) e TC6 (-74,2 m, P < 0.001); aumento da atividade física moderada (77,8 min/sem, P = 0.019) e do tempo sentado aos finais de semana (0,8 hs/sem, P = 0.020) e do tempo total sentado (0,6 hs/sem, P = 0.025), e redução da atividade física vigorosa (-37,8 min/sem, P = 0.001); aumento dos domínios físico (P = 0.029) e psicológico (P = 0.021) em WHOQOL-bref e da faceta intimidade (P = 0.023) em WHOQOL-old ao longo de dois anos de seguimento. Entretanto, a análise por grupos demonstrou que houve redução da massa corporal (-2 cm, P = 0.041), IMC (-0,9 kg/m², P = 0.033) e FC (-7,3 bpm, P = 0.01) apenas no grupo TR; aumento da rigidez arterial (1,8 m/s, P > 0.001) em TC+TR; piora desempenho do teste de sentar e alcançar (-2,5 cm, P < 0.001) em TC+TR, no TSL cinco vezes (1,9 s, P < 0.005) em TR e no TC6 absoluto (-50,4 m, P = 0.002; -97,6 m, P < 0.001; -63,2 m, P = 0.002), inclusive, no predito (-4,3 m, P = 0.003; -5,0 m, P < 0.001; e -4,3 m, P = 0.004) e na porcentagem relativa (-9,7 %, P = 0.003; -19,0 %, P < 0.001; -12,2 %, P = 0.004) em todos os grupos de treinamento (TI+TR, TC+TR e TR, respectivamente); além do aumento do domínio físico (P = 0.01) do WHOQOL-bref em TC+TR. Conclusão: Os dois primeiros anos de pandemia de COVID-19 foram prejudiciais na saúde de mulheres idosas previamente ativas, especificamente na CC, rigidez arterial, PAS e capacidade funcional (flexibilidade e força de preensão palmar e de membros inferiores), principalmente nos grupos TC+TR e TR. O pior declínio encontrado foi no TC6 em todos os grupos, o que demonstra relevante piora da capacidade de caminhada (e cardiorrespiratória) nessa população. Apesar disso, não houve mudanças significativas em outras variáveis do estudo, o que sugere que mulheres idosas previamente ativas podem ter menor efeito deletério do envelhecimento mesmo em períodos mais longos de mudanças drásticas de hábitos e rotina, como exemplo, a pandemia de COVID-19.Introduction: The COVID-19 pandemic may have been responsible for reducing the level of physical activity, increasing sedentary behavior and worsening health and quality of life indices, including in the elderly population. Elderly individuals who previously participated in regular physical exercise programs and had their activities interrupted, may lose or reduce the benefits acquired by exercise. Objective: To investigate the behavior of anthropometric, hemodynamic, functional variables, quality of life and physical activity level of previously active low-income elderly women during the first two years of the COVID-19 pandemic. Methods: 56 low-income older women (73.01 ± 5.4 years) who discontinued their participation in community physical exercise programs (high-intensity interval training + resistance training (HIIT+RT, N = 19); moderate-intensity continuous training + resistance training (MICT+RT, N = 25); and isolated resistance training (RT, N = 12)) due to pandemic containment measures, body mass, body mass index (BMI), waist circumference (WC), blood pressure (BP), heart rate (HR), arterial stiffness, flexibility (sit and reach test), handgrip strength (hydraulic wrist dynamometer), lower limb strength (five-time sit to stand test, FTSTS), agility and balance (Timed Up and Go, TUG), aerobic performance (6-minute walk test, 6MWT), physical activity level (IPAQ) and quality of life (WHOQOL bref and old ) evaluated before and after two years of the pandemic. Results: There was a reduction in body mass (-1.3 kg, P = 0.046), BMI (-0.6 kg/m², P = 0.002) and HR (-4.3 bpm, P = 0.004); increased WC (2.6 cm, P = 0.007), systolic BP (6.9 mmHg, P = 0.018) and arterial stiffness (1.24 m/s, P < 0.001); worsening performance on the sit and reach test (-1.8 cm, P < 0.001), strength and handgrip (-1.1 kgf, P = 0.009), FTSTS (1.0 s, P = 0.003) and 6MWT (-74.2 m, P < 0.001); increased moderate physical activity (77.8 min/wk, P = 0.019) and sitting time on weekends (0.8 h/wk, P = 0.020) and total sitting time (0.6 h/wk, P = 0.025), and reduced vigorous physical activity (-37.8 min/wk, P = 0.001); increase in the physical (P = 0.029) and psychological (P = 0.021) domains in WHOQOL-bref and the intimacy facet (P = 0.023) in WHOQOL-old over two years of follow-up. However, the analysis by groups showed that there was a reduction in body mass (-2 cm, P = 0.041), BMI (-0.9 kg/m², P = 0.033) and HR (-7.3 bpm, P = 0.01) only in the RT group; increased arterial stiffness (1.8 m/s, P > 0.001) on MICT+RT; worsens performance in the sit and reach test (-2.5 cm, P < 0.001) in MICT+RT, in the FTSTS (1.9 s, P < 0.005) in RT and in the absolute 6MWT (-50.4 m , P = 0.002; -97.6 m, P < 0.001; -63.2 m, P = 0.002), inclusive, not predicted (-4.3 m, P = 0.003; -5.0 m, P < 0.001 ; and -4.3 m, P = 0.004) and in the relative percentage (-9.7 %, P = 0.003; -19.0 %, P < 0.001; -12.2 %, P = 0.004) in all training groups (HIIT+RT, MICT+RT and RT, respectively); in addition to the increase in the physical domain (P = 0.01) of the WHOQOL-bref in MICT+RT. Conclusion: The first two years of the COVID-19 pandemic were detrimental to the health of previously active elderly women, specifically in WC, arterial stiffness, systolic BP and functional capacity (flexibility and handgrip strength and lower limbs), especially in the groups MICT+RT and RT. The worst decline found was in the 6MWT in all groups, which demonstrates a relevant worsening of walking (and cardiorespiratory) capacity in this population. Despite this, there were no significant changes in other study variables, which suggests that previously active elderly women may have less deleterious effect of aging even in longer periods of drastic changes in habits and routine, as an example, the COVID-19 pandemic.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Código de Financiamento 001Universidade Estadual Paulista (Unesp)Ciolac, Emmanuel Gomes [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Fernandes, Bianca2023-06-20T18:22:46Z2023-06-20T18:22:46Z2023-05-05info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/24414533004137062P0porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2023-11-22T06:11:32Zoai:repositorio.unesp.br:11449/244145Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T18:23:39.748735Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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