Aspectos clínico-epidemiológicos da neurocisticercose no Brasil: análise crítica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Agapejev, Svetlana [UNESP]
Data de Publicação: 2003
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://dx.doi.org/10.1590/S0004-282X2003000500022
http://hdl.handle.net/11449/12477
Resumo: Com o objetivo de mostrar as características da neurocisticercose (NCC) no Brasil, realizou-se análise critica da literatura nacional que mostrou incidência de 1,5% nas necropsias e de 3,0% nos estudos clínicos, correspondendo a 0,3% das admissões em hospitais gerais. em estudos soroepidemiológicos, a positividade para cisticercose foi de 2,3%. O paciente brasileiro com NCC pode apresentar um perfil clínico-epidemiológico geral (homem, 31-50 anos, procedência rural, manifestações epilépticas parciais complexas, LCR normal ou hiperproteinorraquia, calcificações ao exame de TC, constituindo a expressão da forma inativa da NCC) e outro de gravidade (mulher, 21-40 anos, procedência urbana, manifestações de cefaléia vascular e HIC, típica síndrome do LCR ou alteração de dois ou mais parâmetros, vesículas associadas ou não a calcificações ao exame de TC, constituindo a expressão da forma ativa da NCC). Os coeficientes de prevalência nacionais são muito subestimados, embora em duas cidades do interior de São Paulo tenham sido verificados os valores de 72:100.000 e 96:100.000/habitantes. Discutem-se aspectos relacionados à subestimação da prevalência desta neuroparasitose no Brasil.
id UNSP_3cddcfa8cbcaa6ce92b8b4e3ff726782
oai_identifier_str oai:repositorio.unesp.br:11449/12477
network_acronym_str UNSP
network_name_str Repositório Institucional da UNESP
repository_id_str 2946
spelling Aspectos clínico-epidemiológicos da neurocisticercose no Brasil: análise críticaClinical and epidemiological aspects of neurocysticercosis in Brazil: a critical approachneurocisticercoseepidemiologiacisticercoseprevalênciaBrasilneurocysticercosisepidemiologycysticercosisprevalenceBrazilCom o objetivo de mostrar as características da neurocisticercose (NCC) no Brasil, realizou-se análise critica da literatura nacional que mostrou incidência de 1,5% nas necropsias e de 3,0% nos estudos clínicos, correspondendo a 0,3% das admissões em hospitais gerais. em estudos soroepidemiológicos, a positividade para cisticercose foi de 2,3%. O paciente brasileiro com NCC pode apresentar um perfil clínico-epidemiológico geral (homem, 31-50 anos, procedência rural, manifestações epilépticas parciais complexas, LCR normal ou hiperproteinorraquia, calcificações ao exame de TC, constituindo a expressão da forma inativa da NCC) e outro de gravidade (mulher, 21-40 anos, procedência urbana, manifestações de cefaléia vascular e HIC, típica síndrome do LCR ou alteração de dois ou mais parâmetros, vesículas associadas ou não a calcificações ao exame de TC, constituindo a expressão da forma ativa da NCC). Os coeficientes de prevalência nacionais são muito subestimados, embora em duas cidades do interior de São Paulo tenham sido verificados os valores de 72:100.000 e 96:100.000/habitantes. Discutem-se aspectos relacionados à subestimação da prevalência desta neuroparasitose no Brasil.With the objective to show the characteristics of neurocysticercosis (NCC) in Brazil, was performed a critical analysis of national literature which showed a frequency of 1.5% in autopsies and 3.0% in clinical studies, corresponding to 0.3% of all admissions in general hospitals. In seroepidemiological studies the positivity of specific reactions was 2.3%. Brazilian patient with NCC presents a general clinical-epidemilogical profile (31-50 years old man, rural origin, complex partial epileptic crisis, increased protein levels or normal CSF, CT showing calcifications, constituting the inactive form of NCC), and a profile of severity (21-40 years old woman, urban origin, vascular headache and intracranial hypertension, typical CSF syndrome of NCC or alteration of two or more CSF parameters, CT showing vesicles and/or calcifications, constituting the active form of NCC). Although two localities from the state of São Paulo have 72:100000 and 96:100000/habitants as prevalence coefficients, regional and national prevalences are very underestimated. Some aspects related to underestimation of NCC prevalence in Brazil are discussed.Universidade Estadual de São Paulo Faculdade de Medicina de Botucatu Departamento de Neurologia e PsiquiatriaAcademia Brasileira de Neurologia (ABNEURO)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Agapejev, Svetlana [UNESP]2014-05-20T13:36:12Z2014-05-20T13:36:12Z2003-09-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/article822-828application/pdfhttp://dx.doi.org/10.1590/S0004-282X2003000500022Arquivos de Neuro-Psiquiatria. Academia Brasileira de Neurologia - ABNEURO, v. 61, n. 3B, p. 822-828, 2003.0004-282Xhttp://hdl.handle.net/11449/1247710.1590/S0004-282X2003000500022S0004-282X2003000500022S0004-282X2003000500022.pdfSciELOreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporArquivos de Neuro-Psiquiatria1.015info:eu-repo/semantics/openAccess2024-08-16T15:45:40Zoai:repositorio.unesp.br:11449/12477Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-16T15:45:40Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
dc.title.none.fl_str_mv Aspectos clínico-epidemiológicos da neurocisticercose no Brasil: análise crítica
Clinical and epidemiological aspects of neurocysticercosis in Brazil: a critical approach
title Aspectos clínico-epidemiológicos da neurocisticercose no Brasil: análise crítica
spellingShingle Aspectos clínico-epidemiológicos da neurocisticercose no Brasil: análise crítica
Agapejev, Svetlana [UNESP]
neurocisticercose
epidemiologia
cisticercose
prevalência
Brasil
neurocysticercosis
epidemiology
cysticercosis
prevalence
Brazil
title_short Aspectos clínico-epidemiológicos da neurocisticercose no Brasil: análise crítica
title_full Aspectos clínico-epidemiológicos da neurocisticercose no Brasil: análise crítica
title_fullStr Aspectos clínico-epidemiológicos da neurocisticercose no Brasil: análise crítica
title_full_unstemmed Aspectos clínico-epidemiológicos da neurocisticercose no Brasil: análise crítica
title_sort Aspectos clínico-epidemiológicos da neurocisticercose no Brasil: análise crítica
author Agapejev, Svetlana [UNESP]
author_facet Agapejev, Svetlana [UNESP]
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.contributor.author.fl_str_mv Agapejev, Svetlana [UNESP]
dc.subject.por.fl_str_mv neurocisticercose
epidemiologia
cisticercose
prevalência
Brasil
neurocysticercosis
epidemiology
cysticercosis
prevalence
Brazil
topic neurocisticercose
epidemiologia
cisticercose
prevalência
Brasil
neurocysticercosis
epidemiology
cysticercosis
prevalence
Brazil
description Com o objetivo de mostrar as características da neurocisticercose (NCC) no Brasil, realizou-se análise critica da literatura nacional que mostrou incidência de 1,5% nas necropsias e de 3,0% nos estudos clínicos, correspondendo a 0,3% das admissões em hospitais gerais. em estudos soroepidemiológicos, a positividade para cisticercose foi de 2,3%. O paciente brasileiro com NCC pode apresentar um perfil clínico-epidemiológico geral (homem, 31-50 anos, procedência rural, manifestações epilépticas parciais complexas, LCR normal ou hiperproteinorraquia, calcificações ao exame de TC, constituindo a expressão da forma inativa da NCC) e outro de gravidade (mulher, 21-40 anos, procedência urbana, manifestações de cefaléia vascular e HIC, típica síndrome do LCR ou alteração de dois ou mais parâmetros, vesículas associadas ou não a calcificações ao exame de TC, constituindo a expressão da forma ativa da NCC). Os coeficientes de prevalência nacionais são muito subestimados, embora em duas cidades do interior de São Paulo tenham sido verificados os valores de 72:100.000 e 96:100.000/habitantes. Discutem-se aspectos relacionados à subestimação da prevalência desta neuroparasitose no Brasil.
publishDate 2003
dc.date.none.fl_str_mv 2003-09-01
2014-05-20T13:36:12Z
2014-05-20T13:36:12Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://dx.doi.org/10.1590/S0004-282X2003000500022
Arquivos de Neuro-Psiquiatria. Academia Brasileira de Neurologia - ABNEURO, v. 61, n. 3B, p. 822-828, 2003.
0004-282X
http://hdl.handle.net/11449/12477
10.1590/S0004-282X2003000500022
S0004-282X2003000500022
S0004-282X2003000500022.pdf
url http://dx.doi.org/10.1590/S0004-282X2003000500022
http://hdl.handle.net/11449/12477
identifier_str_mv Arquivos de Neuro-Psiquiatria. Academia Brasileira de Neurologia - ABNEURO, v. 61, n. 3B, p. 822-828, 2003.
0004-282X
10.1590/S0004-282X2003000500022
S0004-282X2003000500022
S0004-282X2003000500022.pdf
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv Arquivos de Neuro-Psiquiatria
1.015
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 822-828
application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Academia Brasileira de Neurologia (ABNEURO)
publisher.none.fl_str_mv Academia Brasileira de Neurologia (ABNEURO)
dc.source.none.fl_str_mv SciELO
reponame:Repositório Institucional da UNESP
instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron:UNESP
instname_str Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron_str UNESP
institution UNESP
reponame_str Repositório Institucional da UNESP
collection Repositório Institucional da UNESP
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1808128137382330368