Bioprospecção de isolados de trichoderma no controle da crosta negra em seringueira

• Autor(a) principal: Oliveira, Thaís Lopes de
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/244396
• topic: Trichoderma viride; Trichoderma koningiopsi; Hevea brasiliensis; Cladosporium sp

A crosta negra, tornou-se uma doença preocupante na cultura da seringueira (Hevea brasiliensis), pois ela provoca intensa desfolha e consequentemente a diminuição na produção de látex. Sabendo que não há fungicidas registrados para o controle desta doença o uso do controle biológico mostra-se uma alternativa promissora. Assim, este trabalho teve como objetivo avaliar a capacidade de controle de Cladosporium spp. por meio da utilização de isolados de Trichoderma obtidos a partir de folhas doentes de seringueira que apresentavam o crescimento natural deste fungo. Para isso foram realizados testes in vitro, em mudas de seringueira e em campo. Nos experimentos in vitro, foram aferidas a produção de metabólitos voláteis e não voláteis e a capacidade de antagonismo/parasitismo dos isolados TC1 e AP1. Nos experimentos em casa de vegetação com mudas de seringueira, foram realizados experimentos para a verificação dos efeitos curativo e protetor dos isolados de Trichoderma, com aferição da severidade da doença e das enzimas peroxidase e fenilalanina, que estão ligadas a expressão de resistência da planta. Os isolados TC1 e AP1, também foram testados em árvores no campo, neste caso foi quantificada a severidade da doença, após quatro aplicações destes fungos. Nos testes com os isolados AP1 e TC1 in vitro foi possível verificar que este isolados possuem metabólitos voláteis que inibem o crescimento do patógeno causador da crosta negra em seringueira, além de possuírem capacidade antagônica e parasitária. A aplicação destes fungos em casa de vegetação mostrou-se efetiva, principalmente para os tratamentos curativos, pois os dois isolados controlaram a doença e aumentaram as atividades das enzimas estudas. Nos tratamentos preventivos, somente o isolado TC1 apresentou controle da doença. Já no campo, viu-se a necessidade de maiores testes com estes isolados de Trichoderma, pois apesar de eles terem diminuído a doença, não houve diferença deles em relação a testemunha. Deste modo, apesar dos isolados terem potencial no controle da doença é necessário aferir melhor a efetividade dos Trichodermas testados para o controle da crosta negra no campo.