Caracterização audiológica de sujeitos pós-COVID-19

• Autor(a) principal: Pereira, Joao Victor
• Data de Publicação: 2024
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: https://hdl.handle.net/11449/256023
• topic: Audição; SARS-CoV-2; Perda auditiva; Hearing; Hearing loss

Introdução: em 2020, o vírus da COVID-19 acometeu o mundo todo, os principais sinais e sintomas inicialmente estavam relacionados ao sistema respiratório, no entanto com o passar do tempo e a evolução do vírus outros sinais e sintomas apareceram, bem como as sequelas causadas dependendo da gravidade da infecção. Uma das possíveis sequelas descritas foi a perda auditiva. Objetivo: Investigar a influência do vírus SARS-Cov2 no sistema auditivo. Método: este estudo é de natureza transversal e analítica. Foi realizado em um laboratório da Universidade Federal do ABC. A amostra foi composta por 15 indivíduos da comunidade acadêmica, de ambos os sexos, na faixa etária entre 20 e 55 anos, que testaram positivo para SARS-CoV2 no período de maio de 2021 a agosto de 2022. Aplicaram-se os seguintes procedimentos: anamnese audiológica, inspeção visual do meato acústico externo, audiometria tonal liminar, timpanometria e pesquisa do reflexo acústico, modos ipsilateral e contralateral. Os resultados da avaliação foram analisados de forma descritiva. Resultados: A análise dos resultados mostrou que 80% dos indivíduos não apresentavam nenhuma queixa auditiva prévia a infecção por COVID, no entanto após a infecção a queixa mais frequente foi a de hipersensibilidade auditiva (40%), seguida pela plenitude auricular (33,3%) e misofonia (33,3%). Na audiometria tonal liminar todos os indivíduos apresentaram limiares audiométricos compatíveis com os padrões de normalidade em ambas as orelhas. Na imitanciometria, todos os indivíduos apresentaram curva timpanométrica do tipo A, em ambas as orelhas e a maioria apresentou presença de reflexo acústico, modo ipsilateral e contralateral, em níveis normais. Conclusão: Nesta população não se observaram alterações audiométricas, no entanto 40% dos participantes apresentaram níveis de reflexo superiores a 100 dB.