A educação infantil e outras possibilidades de educar: pesquisa-intervenção e as discussões de gêneros, sexualidades e infâncias

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cólis, Eduardo Benedito
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/191583
Resumo: Nesta pesquisa foi proposto discutir sobre gêneros, sexualidades e a subjetivação de crianças (4 meses a 5 anos) na educação infantil. Utilizamos a pesquisa-intervenção e análise do discurso como percurso metodológico para agenciar diálogos com as professoras/educadoras de um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI), localizado no interior do Paraná. Através de entrevistas e uma roda-de-conversa, tornou-se possível conhecer as vivências pessoais e profissionais/educacionais das educadoras e a forma como estas se posicionam sobre as discussões de gêneros e sexualidades, refletindo quais situações são consideradas problemas por estas professoras/educadoras, de forma a problematizar as tecnologias de gênero na produção das infâncias normatizadas e normalizadas, percebendo o contexto educacional como agente que põe em ação essa normalização. Foi possível contextualizar parte da história da educação infantil no Brasil e a inserção da Psicologia como atuante nos contextos educacionais. Apresentaremos, também, os efeitos do brincar e a relação do mecanismo sexo/gênero que perpassam as brincadeiras pela mediação dos adultos e os discursos naturalizantes e normalizadores que se engendram no contexto da educação infantil a partir das práticas pedagógicas oferecidas, desdobrando os caminhos (des) afetuosos que possibilitaram a implicabilidade do psicólogo/pesquisador/trabalhador/viado com esta temática. Nesta lógica, foi necessário discutir, também, os retrocessos políticos que vivemos atualmente, pois resultam na inviabilização das discussões sobre gêneros e sexualidades na educação brasileira. Poderemos refletir como as políticas governamentais e parlamentares influenciaram e influenciam diretamente as discussões de gêneros e sexualidades nas políticas educacionais, desde as discussões sobre a implementação do programa “Brasil sem homofobia” (conhecido na mídia de forma pejorativa como “Kit gay”), a anulação das discussões de gêneros e sexualidades nos livros didáticos, por meio de recuos do Ministério da Educação, até os prejuízos e retrocessos que a bancada parlamentar evangélica (religiosa em geral) representam, juntamente, com os discursos do atual Presidente da República.
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Através de entrevistas e uma roda-de-conversa, tornou-se possível conhecer as vivências pessoais e profissionais/educacionais das educadoras e a forma como estas se posicionam sobre as discussões de gêneros e sexualidades, refletindo quais situações são consideradas problemas por estas professoras/educadoras, de forma a problematizar as tecnologias de gênero na produção das infâncias normatizadas e normalizadas, percebendo o contexto educacional como agente que põe em ação essa normalização. Foi possível contextualizar parte da história da educação infantil no Brasil e a inserção da Psicologia como atuante nos contextos educacionais. Apresentaremos, também, os efeitos do brincar e a relação do mecanismo sexo/gênero que perpassam as brincadeiras pela mediação dos adultos e os discursos naturalizantes e normalizadores que se engendram no contexto da educação infantil a partir das práticas pedagógicas oferecidas, desdobrando os caminhos (des) afetuosos que possibilitaram a implicabilidade do psicólogo/pesquisador/trabalhador/viado com esta temática. Nesta lógica, foi necessário discutir, também, os retrocessos políticos que vivemos atualmente, pois resultam na inviabilização das discussões sobre gêneros e sexualidades na educação brasileira. Poderemos refletir como as políticas governamentais e parlamentares influenciaram e influenciam diretamente as discussões de gêneros e sexualidades nas políticas educacionais, desde as discussões sobre a implementação do programa “Brasil sem homofobia” (conhecido na mídia de forma pejorativa como “Kit gay”), a anulação das discussões de gêneros e sexualidades nos livros didáticos, por meio de recuos do Ministério da Educação, até os prejuízos e retrocessos que a bancada parlamentar evangélica (religiosa em geral) representam, juntamente, com os discursos do atual Presidente da República.In this research, it was proposed to discuss genders, sexualities and the subjectivity of children (4 months to 5 years) in early childhood education. We use research-intervention and discourse analysis as a methodological path to organize dialogues with teachers / educators from a Municipal Center for Early Childhood Education (CMEI), situated in the interior of Paraná. Through interviews and a conversation circle, it became possible to know the personal and professional/educational experiences of the educators and the way they position themselves on the discussions of genders and sexualities, reflecting which situations are considered problems by these teachers/educators, in order to discuss gender technologies in the production of standardized and normalized childhoods, realizing the educational context as an agent that sets in motion such normalization. It was possible to contextualize part of the history of early childhood education in Brazil and the insertion of Psychology as active in educational contexts. We will also present the effects of playing and the relation of the sex/gender mechanism that permeates the play through the mediation of adults and the naturalizing and normalizing discourses that are engendered in the context of early childhood education from the pedagogical practices offered, unfolding the paths (des) affectionate that allowed the psychologist/researcher/worker/fag to be involved with this theme. In this logic, it was also necessary to discuss the political regress that we are currently experiencing, as they result in the impossibility of discussions about genders and sexualities in Brazilian education. We will be able to reflect how governmental and parliamentary policies have influenced and directly influence gender and sexuality discussions in educational policies, from discussions on the implementation of the “Brazil without homophobia” program (known in the media pejoratively as “Kit gay”), to annulment of discussions of genders and sexualities in textbooks, through setbacks by the Ministry of Education, until the losses and regress that the evangelical parliamentary group (religious in general) represent, together with the speeches of the current President of the Republic.Universidade Estadual Paulista (Unesp)Souza, Leonardo Lemos de [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Cólis, Eduardo Benedito2020-02-12T14:18:54Z2020-02-12T14:18:54Z2019-12-12info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/19158300092892033004048021P6porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-06-18T13:44:53Zoai:repositorio.unesp.br:11449/191583Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T15:51:36.080137Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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