Síndrome de Rubinstein-Taybi: anomalias físicas, manifestações clínicas e avaliação auditiva
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Data de Publicação: | 2003 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://dx.doi.org/10.1590/S0034-72992003000300019 http://hdl.handle.net/11449/29096 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: A Síndrome de Rubinstein-Taybi foi descrita pela primeira vez em 1963, após a observação dos traços físicos semelhantes apresentados por sete crianças com retardo mental, baixa estatura, polegares grandes e largos e anomalias faciais. Mais tarde, novas publicações definiram outras características dessa síndrome, a qual incide em 1 a cada 300.000 nascidos e apresenta etiologia incerta. Sintomas otorrinolaringológicos e fonoaudiológicos são freqüentes, daí a importância de melhor conhecimento dessa síndrome por esses especialistas. RELATO DE CASO: Apresentamos as principais manifestações clínicas, traços físicos e as avaliações auditivas de cinco crianças portadoras da Síndrome de Rubinstein-Taybi, em atendimento na Faculdade de Medicina de Botucatu (UNESP). Para as avaliações auditivas foram realizados exames de audiometria tonal, imitanciometria e potenciais evocados do tronco encefálico (BERA). As principais características observadas foram: retardo mental, baixa estatura, polegares largos, pirâmide nasal alta, palato ogival, má oclusão dentária, atraso no desenvolvimento neuropsicomotor e de linguagem. DISCUSSÃO: Os traços físicos característicos dos portadores dessa síndrome facilitam o diagnóstico, e muitos deles são responsáveis por sintomas otorrinolaringológicos e fonoaudiológicos, como infeções de vias aéreas superiores, obstrução nasal, otites médias, hipertrofia adenoamigdaliana, surdez condutiva, hipotonia perioral e disfagia. O importante comprometimento cognitivo é responsável pelo atraso no desenvolvimento da linguagem e pelo baixo rendimento escolar. CONCLUSÕES: Frente às várias manifestações otorrinolaringológicas e fonoaudiológicas apresentadas pelas crianças portadoras da Síndrome de Rubinstein-Taybi, torna-se necessário que esses especialistas conheçam melhor essa síndrome para que possam fazer o diagnóstico precoce e orientar o tratamento dessas crianças. |
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Síndrome de Rubinstein-Taybi: anomalias físicas, manifestações clínicas e avaliação auditivaRubinstein-Taybi Syndrome: physical anomalies, clinical and audiologic evaluationSíndrome de Rubinstein-Taybiotorrinolaringologiasurdezretardo mentalRubinstein-Taybi Syndromeotorhinolaryngologyhearing lossmental retardationINTRODUÇÃO: A Síndrome de Rubinstein-Taybi foi descrita pela primeira vez em 1963, após a observação dos traços físicos semelhantes apresentados por sete crianças com retardo mental, baixa estatura, polegares grandes e largos e anomalias faciais. Mais tarde, novas publicações definiram outras características dessa síndrome, a qual incide em 1 a cada 300.000 nascidos e apresenta etiologia incerta. Sintomas otorrinolaringológicos e fonoaudiológicos são freqüentes, daí a importância de melhor conhecimento dessa síndrome por esses especialistas. RELATO DE CASO: Apresentamos as principais manifestações clínicas, traços físicos e as avaliações auditivas de cinco crianças portadoras da Síndrome de Rubinstein-Taybi, em atendimento na Faculdade de Medicina de Botucatu (UNESP). Para as avaliações auditivas foram realizados exames de audiometria tonal, imitanciometria e potenciais evocados do tronco encefálico (BERA). As principais características observadas foram: retardo mental, baixa estatura, polegares largos, pirâmide nasal alta, palato ogival, má oclusão dentária, atraso no desenvolvimento neuropsicomotor e de linguagem. DISCUSSÃO: Os traços físicos característicos dos portadores dessa síndrome facilitam o diagnóstico, e muitos deles são responsáveis por sintomas otorrinolaringológicos e fonoaudiológicos, como infeções de vias aéreas superiores, obstrução nasal, otites médias, hipertrofia adenoamigdaliana, surdez condutiva, hipotonia perioral e disfagia. O importante comprometimento cognitivo é responsável pelo atraso no desenvolvimento da linguagem e pelo baixo rendimento escolar. CONCLUSÕES: Frente às várias manifestações otorrinolaringológicas e fonoaudiológicas apresentadas pelas crianças portadoras da Síndrome de Rubinstein-Taybi, torna-se necessário que esses especialistas conheçam melhor essa síndrome para que possam fazer o diagnóstico precoce e orientar o tratamento dessas crianças.INTRODUCTION: The Rubinstein-Taybi Syndrome was first described in 1963 when the authors presented seven children with mental and growth retardation, broad thumbs and big toes, associated to face anomalies. Years later new publications characterized other physical anomalies. The incidence in the general population is one in 300.000 borns and the aetiology is unknown until now. The purpose of this study was to present the clinical manifestations, physical anomalies and the audiologic evaluation of five children with Rubinstein-Taybi Syndrome. REPORT of CASES: Five children with Rubinstein-Taybi Syndrome were evaluated by main clinical manifestations, physical anomalies and audiologic evaluation. The main clinical and physical manifestations were: mental retardation, short stature, short and broad fingers, beaked nose, high palate, irregular placement of teeth and poor speech development. The auditory acuity was evaluated by tonal audiometry, tympanometry and auditory brainstem response (ABR). DISCUSSION: The physical characteristics presented by the patients with Rubinstein-Taybi Syndrome facilitate the diagnosis and are responsible for otolaryngological and phonoaudiological symptoms, like airway infections, nasal obstruction, otitis media, tonsillar hyperplasia, deafness, perioral hypotonia and dysphagia. The cognitive impairment is responsible to speech delay and learning disabilities. CONCLUSION: The presence of otolaryngologic and phonoaudiologic symptoms in patients with Rubinstein-Taybi Syndrome permit specialists to make early diagnoses and treatment.UNESP Faculdade de Medicina de BotucatuUNESP Faculdade de Medicina de BotucatuABORL-CCF Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-FacialUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Martins, Regina H. G. [UNESP]Bueno, Elaine C. [UNESP]Fioravanti, Marisa P. [UNESP]2014-05-20T15:14:12Z2014-05-20T15:14:12Z2003-06-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/article427-431application/pdfhttp://dx.doi.org/10.1590/S0034-72992003000300019Revista Brasileira de Otorrinolaringologia. ABORL-CCF Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, v. 69, n. 3, p. 427-431, 2003.0034-7299http://hdl.handle.net/11449/2909610.1590/S0034-72992003000300019S0034-72992003000300019S0034-72992003000300019.pdfSciELOreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporRevista Brasileira de Otorrinolaringologiainfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-10-24T06:13:41Zoai:repositorio.unesp.br:11449/29096Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T15:52:02.075549Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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INTRODUÇÃO: A Síndrome de Rubinstein-Taybi foi descrita pela primeira vez em 1963, após a observação dos traços físicos semelhantes apresentados por sete crianças com retardo mental, baixa estatura, polegares grandes e largos e anomalias faciais. Mais tarde, novas publicações definiram outras características dessa síndrome, a qual incide em 1 a cada 300.000 nascidos e apresenta etiologia incerta. Sintomas otorrinolaringológicos e fonoaudiológicos são freqüentes, daí a importância de melhor conhecimento dessa síndrome por esses especialistas. RELATO DE CASO: Apresentamos as principais manifestações clínicas, traços físicos e as avaliações auditivas de cinco crianças portadoras da Síndrome de Rubinstein-Taybi, em atendimento na Faculdade de Medicina de Botucatu (UNESP). Para as avaliações auditivas foram realizados exames de audiometria tonal, imitanciometria e potenciais evocados do tronco encefálico (BERA). As principais características observadas foram: retardo mental, baixa estatura, polegares largos, pirâmide nasal alta, palato ogival, má oclusão dentária, atraso no desenvolvimento neuropsicomotor e de linguagem. DISCUSSÃO: Os traços físicos característicos dos portadores dessa síndrome facilitam o diagnóstico, e muitos deles são responsáveis por sintomas otorrinolaringológicos e fonoaudiológicos, como infeções de vias aéreas superiores, obstrução nasal, otites médias, hipertrofia adenoamigdaliana, surdez condutiva, hipotonia perioral e disfagia. O importante comprometimento cognitivo é responsável pelo atraso no desenvolvimento da linguagem e pelo baixo rendimento escolar. CONCLUSÕES: Frente às várias manifestações otorrinolaringológicas e fonoaudiológicas apresentadas pelas crianças portadoras da Síndrome de Rubinstein-Taybi, torna-se necessário que esses especialistas conheçam melhor essa síndrome para que possam fazer o diagnóstico precoce e orientar o tratamento dessas crianças. |
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