Escolas, professores e caipiras: exercício para um descentramento histórico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Garnica, Antonio Vicente Marafioti [UNESP]
Data de Publicação: 2005
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://dx.doi.org/10.1590/S1517-97022005000100009
http://hdl.handle.net/11449/213021
Resumo: Com a intenção de constituir um cenário histórico para a formação e atuação de professores no interior do estado de São Paulo, este artigo esboça o que chamamos de Educação (Matemática) caipira, aproveitando uma adjetivação já consagrada pela Sociologia. O termo descentramento, emprestado de Hall (2004), serve, aqui, para intensificar uma característica deste estudo, a saber, a pretensão de dissociar-se das abordagens mais freqüentes, tanto na História da Educação quanto na História da Educação Matemática, que tomam como ponto de partida os grandes centros e as instituições formadoras clássicas (como as Faculdades de Filosofia), negligenciando uma pluralidade de aspectos que, segundo cremos, é essencial para se compreender, mais ampla e globalmente, certas práticas educativas. Para efetivar tal intenção, partimos de uma caracterização do sistema educacional rural para, em seguida, situar o movimento de ampliação do ensino secundário, cuja ênfase determinante ocorre na década de 1950 com a construção de escolas e a necessidade de formar professores que nelas atuassem. Embora focando, nesses dois aspectos, a região de Bauru (SP), percebe-se que as compreensões que daí surgem podem caracterizar outros contextos. Finalmente, discutimos a Nova Alta Paulista, região de colonização mais recente, com o que se configura um movimento de intercâmbio entre, de um lado, as regiões mais velhas do estado e suas instituições já bem estabelecidas e, por outro, as regiões novas, com o que uma espécie da ampliação do conceito de colonização, agora aplicada ao contexto educacional, pode ser vislumbrada.
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