O genocidio do negro no Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/216462 |
Resumo: | A presente produção constitui-se em um trabalho de conclusão de curso, cuja reflexão inscreve-se no debate da desigualdade racial no Brasil resultante do genocídio da população negra mediada pelo racismo estrutural na sociedade. A construção desse trabalho compreendeu o período de maio de 2021 a janeiro de 2022. O objetivo geral consiste em analisar as expressões e consequências do genocídio. Foi utilizado como método o materialismo histórico-dialético por considerar que este proporciona uma análise concreta da realidade. O escravismo colonial introduziu o racismo nas relações sociais, justificando o tratamento desumano direcionado aos escravizados. Nesse sentido foi estabelecido a hierarquia entre as raças resultando na sua materialização cotidiana. Depois de longos três séculos foi instituída a lei Áurea que intencionava abolir a escravidão, porém por interesses econômicos. No entanto, mesmo após esse fim do sistema escravocrata a condição socioeconômica do exescravizado foi marcada pela ausência de medidas que garantissem a mínima condição de sobrevivência. No modo de produção capitalista a força de trabalho negra foi considerada inferior. Por conta disso a população negra foi relegada a empregos informais e moradias precárias. O racismo é o que estrutura a sociedade, não se limitando apenas as ações individuais da relação senhor-escravo, mas se ampliando as dimensões das relações socioeconômica, políticas e culturais que permitem ao racismo se estruturar enquanto mediação das relações sociais. A ideologia dominante utiliza de mecanismo que buscam minimizar o racismo como expressão da questão social e atribuir a responsabilidade da sua condição social e econômica ao próprio indivíduo. O genocídio da população negra é um mecanismo dessa estrutura e se expressa de diversas formas, não apenas nos assassinatos. É uma morte física, cultural e social. Para esta pesquisa, foram utilizadas fontes secundarias que situam o racismo e o genocídio enquanto particularidade da formação social do país e as consequências do seu desenvolvimento para a população negra, que se encontra nos indicadores sociais apontando suas condições de vida subalternizada e seu auto índice de mortes. As fontes secundarias utilizadas nas estatísticas foram retiradas do Atlas da Violência, publicações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e do Ministério da Justiça. |
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O genocidio do negro no BrasilThe genocide of black people in BrazilDesigualdadeRacismo estruturalGenocídioEscravizaçãoCapitalismoA presente produção constitui-se em um trabalho de conclusão de curso, cuja reflexão inscreve-se no debate da desigualdade racial no Brasil resultante do genocídio da população negra mediada pelo racismo estrutural na sociedade. A construção desse trabalho compreendeu o período de maio de 2021 a janeiro de 2022. O objetivo geral consiste em analisar as expressões e consequências do genocídio. Foi utilizado como método o materialismo histórico-dialético por considerar que este proporciona uma análise concreta da realidade. O escravismo colonial introduziu o racismo nas relações sociais, justificando o tratamento desumano direcionado aos escravizados. Nesse sentido foi estabelecido a hierarquia entre as raças resultando na sua materialização cotidiana. Depois de longos três séculos foi instituída a lei Áurea que intencionava abolir a escravidão, porém por interesses econômicos. No entanto, mesmo após esse fim do sistema escravocrata a condição socioeconômica do exescravizado foi marcada pela ausência de medidas que garantissem a mínima condição de sobrevivência. No modo de produção capitalista a força de trabalho negra foi considerada inferior. Por conta disso a população negra foi relegada a empregos informais e moradias precárias. O racismo é o que estrutura a sociedade, não se limitando apenas as ações individuais da relação senhor-escravo, mas se ampliando as dimensões das relações socioeconômica, políticas e culturais que permitem ao racismo se estruturar enquanto mediação das relações sociais. A ideologia dominante utiliza de mecanismo que buscam minimizar o racismo como expressão da questão social e atribuir a responsabilidade da sua condição social e econômica ao próprio indivíduo. O genocídio da população negra é um mecanismo dessa estrutura e se expressa de diversas formas, não apenas nos assassinatos. É uma morte física, cultural e social. Para esta pesquisa, foram utilizadas fontes secundarias que situam o racismo e o genocídio enquanto particularidade da formação social do país e as consequências do seu desenvolvimento para a população negra, que se encontra nos indicadores sociais apontando suas condições de vida subalternizada e seu auto índice de mortes. As fontes secundarias utilizadas nas estatísticas foram retiradas do Atlas da Violência, publicações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e do Ministério da Justiça.Não recebi financiamentoUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Pedroso, Gustavo José de Toledo [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Silva, Gabriele Andrade2022-02-09T16:59:56Z2022-02-09T16:59:56Z2022-01-25info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/216462porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2023-12-10T06:15:33Zoai:repositorio.unesp.br:11449/216462Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T19:53:38.971789Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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