O genocidio do negro no Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Gabriele Andrade
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/216462
Resumo: A presente produção constitui-se em um trabalho de conclusão de curso, cuja reflexão inscreve-se no debate da desigualdade racial no Brasil resultante do genocídio da população negra mediada pelo racismo estrutural na sociedade. A construção desse trabalho compreendeu o período de maio de 2021 a janeiro de 2022. O objetivo geral consiste em analisar as expressões e consequências do genocídio. Foi utilizado como método o materialismo histórico-dialético por considerar que este proporciona uma análise concreta da realidade. O escravismo colonial introduziu o racismo nas relações sociais, justificando o tratamento desumano direcionado aos escravizados. Nesse sentido foi estabelecido a hierarquia entre as raças resultando na sua materialização cotidiana. Depois de longos três séculos foi instituída a lei Áurea que intencionava abolir a escravidão, porém por interesses econômicos. No entanto, mesmo após esse fim do sistema escravocrata a condição socioeconômica do exescravizado foi marcada pela ausência de medidas que garantissem a mínima condição de sobrevivência. No modo de produção capitalista a força de trabalho negra foi considerada inferior. Por conta disso a população negra foi relegada a empregos informais e moradias precárias. O racismo é o que estrutura a sociedade, não se limitando apenas as ações individuais da relação senhor-escravo, mas se ampliando as dimensões das relações socioeconômica, políticas e culturais que permitem ao racismo se estruturar enquanto mediação das relações sociais. A ideologia dominante utiliza de mecanismo que buscam minimizar o racismo como expressão da questão social e atribuir a responsabilidade da sua condição social e econômica ao próprio indivíduo. O genocídio da população negra é um mecanismo dessa estrutura e se expressa de diversas formas, não apenas nos assassinatos. É uma morte física, cultural e social. Para esta pesquisa, foram utilizadas fontes secundarias que situam o racismo e o genocídio enquanto particularidade da formação social do país e as consequências do seu desenvolvimento para a população negra, que se encontra nos indicadores sociais apontando suas condições de vida subalternizada e seu auto índice de mortes. As fontes secundarias utilizadas nas estatísticas foram retiradas do Atlas da Violência, publicações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e do Ministério da Justiça.
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