A lição Viscontiana

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alves, Fabíola Cristina [UNESP]
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/141988
Resumo: No texto Visconti diante das modernas gerações (1950), o crítico Mário Pedrosa sugere que os primeiros artistas modernos brasileiros deveriam ter aprendido a comunicabilidade entre o homem e a natureza com as pinturas de Eliseu Visconti e não apenas ter importado ideias da Europa, pois no Brasil já haviam aprendizados indispensáveis na obra desse artista. Partindo do referido texto de Mário Pedrosa, esta pesquisa desenvolve uma reflexão sobre os contextos que tocam diretamente ou não a trajetória e a produção de Eliseu Visconti, mais especificamente suas pinturas de paisagem. Procuramos compreender as experiências viscontianas que o levaram a desenvolver o ensinamento contido nas suas pinturas de paisagem a partir de uma leitura que se beneficia das contribuições de abordagens históricas, filosóficas e antropológicas, incluindo preocupações estéticas. Os contextos são reconstruídos e discutidos, no intento de melhor entender a relação de Eliseu Visconti com a experiência de ser ou não ser um homem moderno em tempos de múltiplas modernidades. Considerando os conceitos de modernidade, transitoriedade e mundo vivido, repensamos o “lugar” de Eliseu Visconti na nossa memória. Revisamos os modos de conceber a natureza e a paisagem na arte, para no estudo elaborar as noções de pintor inabitante e pintor habitante. Discorremos sobre os modos pelos quais Eliseu Visconti deixa de ser um pintor inabitante para se tornar um pintor habitante ao revelar no conjunto de suas pinturas de paisagem uma lição sobre a comunicabilidade homem e natureza, que estava aberta à fruição dos primeiros artistas modernos e continua atualizada para a apreciação do espectador contemporâneo.
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