Jeronymo Monteiro: um precursor da indústria cultural no Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Marina João Bernardes de
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/158296
Resumo: Os frankfurtianos Theodor Adorno (1903 — 1969) e Max Horkheimer (1895 — 1973) cunharam a expressão “indústria cultural” para designar um importante fenômeno do início do século XX, que foi a transmutação da arte em mercadoria. Ou seja, a produção de construtos estéticos associada ao entretenimento, à lucratividade e ao controle ideológico. Com base nessa linha teórica, esta tese apresenta um estudo sobre a vida de Jeronymo Monteiro (1908 — 1970) e sobre sua produção literária, em virtude desse autor, atualmente, figurar como um desconhecido no meio acadêmico. Isso se deve não só ao fato de suas obras serem raridades bibliográficas, mas também pelos desencontros de informações nos escassos estudos que há sobre sua vida e obra. Partindo de tal problemática e levando em consideração que Monteiro enveredou pelos principais mass media como o jornal, os quadrinhos e o rádio; assim como seu transitar simultâneo pelos gêneros textuais voltados a um público de massa, como os romances de aventura, de ficção científica e policiais, propomos uma reflexão e o reconhecimento da tese de que Jeronymo Monteiro foi um pioneiro na então embrionária indústria cultural brasileira. Para tanto, pretendemos possibilitar a percepção de que, ao se caracterizar como um escritor para a massa, Monteiro lança mão de especificidades em sua narrativa como a reiteração de temas e uma ficção linear de caráter publicista, que se propõe inovadora ao tentar romper determinados estereótipos e ao promover distopias acerca de regimes governamentais, do uso da tecnologia e das problemáticas sociais de sua época. Em síntese, nosso objetivo é apresentar um Jeronymo Monteiro que, já na década de 30, tinha uma significativa atuação na mídia impressa e no rádio, mas é por meio de sua escrita que ele se legitima como um homem cuja obra estava atrelada aos mecanismos da indústria cultural.
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